Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem
Não sou do tipo saudosista, que gostaria de voltar a viver o que já foi vivido. Prefiro viver coisas novas lembrando do que foi vivido, pois acho que desta forma aprendo com minhas memórias, validando o que precisa ser validado, excluindo o que precisa ser excluído, reparando o que o tempo ainda me permite, pelo menos tentar conseguir reparar.
Neste processo agucei meu sentido de gratidão, consegui validar poucas amizades, deixei partir o que queria que ficasse, tentei excluir “algumas magoas”, e reparar “algumas falhas”, reconheci alguns erros e aceitei que errar faz parte.
Me concentro mais no hoje, pois é super possível viver coisas novas com as mesmas pessoas, assim como é muito bom fazer as mesmas coisas com novas pessoas, porém agora mais velho, um tiquinho mais vivido, enxergo melhor o que não conseguia ver e não me esforço muito para querer ver tudo. Se errar...foi sem querer.
Neste processo me tornei mais eu novamente, por isso ainda sigo preso as minhas memórias, não querendo viver o que já vivi, mas lembrando sempre de tudo o que já foi vivido, além de estar feliz com a maioria das novas memórias que construí, mesmos que as vezes uma dorzinha apareça bem lá no fundo.
Espero que as pessoas olhem para suas lembranças, para refletir sobre o que se deve tentar validar, excluir e reparar, de forma a permitir que seja mais feliz o “Novo que irá construir”.
Sou cachorro,
Sou viola do mato,
Quem é que não se apaixona,
Por mulher de retrato,
Sou perdido,
Mas não deixo de me encontrar,
Pros amigos um beijo,
Por onde quer que está,
No imenso desejo,
De poder te falar,
É que enfim eu vejo,
A beleza do mar,
Tudo isso pra que,
Só pra te demonstrar,
Que a alegria em você,
É o melhor que há,
Nesse dia tão lindo,
Nessa história tão bela,
Quem é que já vai indo,
Se esquecendo dela,
Uma flor tão bonita,
Que tinha comigo,
Então pare e reflita,
Por favor meu amigo,
Que a vida é boa,
Tem que aproveitar,
Pois o tempo voa,
Não tem quem faz parar,
E por isso eu te peço,
No meio desse verso,
Olhe a sua volta,
Pense no seu regresso,
Para depois da vida,
Não se lamentar,
Dessa história querida,
Que vc está a criar,
Viva com muito amor,
Seja só luz e paz,
Te peço por favor,
Não se esqueça jamais,
Que caixão não tem fundo,
Só tem alça,
E tem beira,
Onde o próprio defunto,
Não fede nem cheira,
E reconhece de vez,
Que a vida passou,
Lhe fez só um freguês,
Sabe lá quem gostou,
Da sua proza,
E de suas ações,
Por que, quem chora,
Jamais esquece os palavrões,
A falta de perdão,
Que pode te afundar,
Ouça só meu irmão,
O que vou te falar,
A vida é um simples sopro,
Na eternidade sem fim,
E só sendo louco,
Pra não pensar assim,
Olha nos meus olhos
Abraça-me como se fosse sempre despedida
Diz que me amas
Que sou especial!
Hoje pode ser de verdade, o nosso último encontro
Se não fizeres assim,
Teu remórcio serás maior que esse tal amor por mim.
Sou o ar que respiras,
Sou tua vida em tudo,
Ouço todas suas mentiras,
E também seus absurdos,
Gosto tanto de você,
Que se soubesse entenderia,
Que a verdade é você.
Na sua maior alegria,
Tudo que faz me encanta,
Aonde estás sou tua manta,
Na natureza te vejo vagar,
Fazendo proezas,
Por todo lugar,
Estou tão perto,
Que as vezes te assusto,
Então fica esperto,
Para ser sempre justo,
Pois na luz da criação,
Você ainda é uma criança,
Tem que viver com atenção,
Sem fazer lambança,
Na sua incrível andança,
Fazendo de tudo,
Um pedaço MEU,
Pois somos todos juntos,
Ou você se esqueceu?
Sou tua mãe e teu pai,
Pedaço grande de sua vida,
Até quando você sai,
Achando que é escondido,
Só eu sei dos teus choros,
De seus amores também,
Me encontra nos morros,
Basta olhar mais além,
Sou o infinito,
O grande espaço,
Sou seu grande amigo,
SOU seu cansaço.
Na luta desenfreada,
Atrás do ouro e do saber,
Olhando a lua enluarada,
Você também pode me ver,
No mar profundo estou,
Te disse que tudo sou,
Só quem mergulha pra saber,
O quanto custa seu viver,
Sou a chuva que cai,
O vento e a brisa suave,
Só não me vê no egoísmo,
Até que você se lave,
E entenda que eu existo,
E persisto nas rosas,
E nas flores do jardim,
Ouço suas prozas,
Vou contigo até o fim,
Não importa o que faça,
Fico te esperando,
Você pensa que disfarça,
Mas estou me disfarçando,
E na hora que se ajoelha,
Ali também estou chorando,
Pra que ninguém te veja,
Verifico se estão te olhando,
E quando está em família,
Me anima com bondade,
Pois só quem compartilha,
Me sente na eternidade,
Sou o grande amor,
E até na morte,
Também estou,
Pra sua sorte,
Estou na terra,
Na natureza,
Só quem não erra,
Vê minha beleza,
Sou até sua comida,
Sou também a sua cama,
Pra você ver como é a vida.
Sabe de mim quem se ama,
Atrás de uma alma perdida,
Espero que você vá,
Acho que já tenha entendido,
O que EU quis te provar,
Sou doação,
Sou paciência,
Na oração,
Sente minha essência,
Sou a água na correnteza,
Peixe que nada também sou,
Pra me entender com clareza,
Precisa saber o que é o amor,
Fique sozinho,
Respire fundo,
Vou estar pertinho.
Contigo sempre junto,
E no universo,
Sou sua esperança,
Em um simples verso,
Te peço perseverança,
Fique tranquilo te peço,
Entenda a dança,
Do universo,
Pra você não desistir,
De sempre lutar,
Pois bem ali,
Quando acabar,
O teu martírio,
A tua ruína,
E o grande alívio,
Que te anima,
Vai te encontrar,
E te revelar,
Que sou seu tudo,
Em tudo que há...
Parece que cansa?
Mais só quem espera,
Sem fazer alarde,
Sempre alcança,
Paz e amor,
Na eternidade...
sou mulher
rendada
ou bordada
sou tudo
ou quase nada
sou sereia
ou fada
sou armada
ou blindada
sou pé no chão
ou alada
sou a que briga
e a que agrada
sou a que (se) irrita
ou a pacificada
sou espirituosa
ou desalmada
sou de muita conversa
às vezes calada
sou ativa
e extremamente cansada
sou eu que jogo com a vida
e não dou a última cartada
sou um tanto agitada
e de amor cercada
sou livre
portanto muito cobrada
sou o que sou
e não uma coitada
sou o que quiser
e não obrigada
sou aprendiz
e bem ensinada
sou bem viva
e amanhã
posso ser velada!!!
Você não vê...
As vezes sou sombra
As vezes luz
Sei quem sou
Andarilho do tempo
Perambulando em confins
Por fim com Serafins
Querubins vagalumam
Deslumbrando os saaras
Encontro dos anjos
Sobe, desce, não esmurece
Sou antídoto
Sou apocalíptico
Sou a in'tolerância
Esmagada por muitos
Curvo, enduro, pulo
Salto os abismos
Bera em eira
Eis que estou aqui, acolá
Sou mutante, sou o eremita
Virando luz, deixando meu cajado
Olhar distante que você não vê.
JULGADO E CONDENADO
Meritíssimo,
Seja dito o veredito,
Não mereço ser absolvido!
Sou culpado por ter sido iludido,
Fui partícipe por ter me envolvido,
Declare logo a minha prisão!
Não precisa dar vistas ao processo,
Sou réu confesso,
Não conceda nenhum ato de protelação!
Quero ser julgado e condenado,
Pagar por estar apaixonado,
Um crime que não tem prescrição!
Não me tenha por inocente,
As provas são consistentes,
E demonstram a veracidade dos fatos!
Profira logo a sentença senhor juiz,
Estou ciente da loucura que fiz,
E quero pagar pelos meus atos!
Mas antes de ser preso, faço um último pedido,
Não permita a visita de nenhum indivíduo,
Quero ficar sozinho, sem direito a apelação!
Recolhido numa cela,mergulhado na solidão,
Enganado por aquela, que não teve compaixão
Quero ser o exemplo dos que confiam no coração
Rodivaldo Brito em 20.02.2019
Je 17:9
o espelho da minha alma
reflete em dias tensos, a calma
em dias calmos a intensidade
do que sou
ou deixo de ser
fico sem saber
o que é pra ser feito
quando tenho o direito
de ser feliz
há muito não entendo
que a vida
me passa diante do nariz
busco o conhecimento
dentro do meu sentimento
e terei a razão
que muito me diz
é tudo com meu consentimento
não tem ninguém que apaga
a minha vontade de seguir
o caminho da luz
e ainda levo comigo
uma flor de liz
feita de giz
estampada no meu coracao!!!
sou viciada
em cheiro de flor
em cheiro de amor
e quem me dera
meu único vício
fosse o próprio amor
queria amar até cair
em mim
me desabar
me reconstruir
e se sofrer
que eu não sinta dor
exalo o perfume
junto ao calor
do meu suor frio
que percorre a espinha
aquele que me faz
sentir o gosto doce do fel
e o amargo do mel
que me confunde
e me faz trocar as pernas
cruzando-as
aquele que me faz
perder o rumo da estrada
aquele que me deixa em transe(a)
aquele que me leva da loucura
à sanidade
aquele que me destempera
que me faz sentir o gosto do beijo
e me faz cair o queixo
aquele que me viciou e abandonou
e jogada fiquei em meus prazeres incitantes
e em meus pensamentos vorazes
que me devoram por dentro
e com quem um dia farei as pazes!!!
cara & coroa
...Cara e/ou careta é apenas uma face da mesma moeda...
...sou "cara" quando sou querida, amada e amiga
se faço tudo o que me pedem ou querem...
...sou "cara" quando dou a cara tapa
assumo a responsabilidade
não me entrego de mão beijada
a alma e o coracao também precisam de afeto...
...sou "cara" quando me dou o devido valor
mantenho minha auto-estima em voga
meu auto-amor transborda
minha auto-confiança exagera na dose...
...sou "cara" quando transparece na minha face
além da maquiagem toda borrada, a indignação
ou a gratidão em forma de sorriso...
...sou "cara" quando a minha cara de pau entra em ação
quando me atrevo a escrever e expor
a falar e gritar, se necessário
mesmo que não seja o melhor recurso...
...sou "cara" quando a cara fica amarrada
e fico de pés e mãos atados, sem poder fazer nada
mesmo querendo, e se o mau-humor impera
dai só um chocolate resolve, e a cara desemburra...
...sou "cara" quando me veem e enxergam também meu coracao
porque o ditado diz: "quem vê cara , não vê coracao"
e quando me olham nos olhos, este olhar se estende
ao meu digno coracao, que pulsa amor e escorre alegrias
em forma de lágrimas...
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...Coroa simplesmente é a face mais linda desta mesma moeda...
...sou "coroa quando sou a mais bela e linda rainha
do meu mundo (des)encantado, surreal e idealizado
porém nem um pouco realizado...
...sou "coroa" quando tenho cabelos grisalhos, prateados, brilhantes
devida a ação do tempo que se mostra sábio, e assim adquiro sabedoria...
...sou "coroa" quando as tenho nos dentes que vão aos poucos caindo
talvez de tanto falar (abobrinhas) ou até mesmo de comê-las...
...sou "coroa" quando elas estão em forma de espinhos em minha
cabeça dura e me crucificam, apenas por ser quem eu sou...
...sou "coroa" quando as recebo no leito da partida
pelo menos parto desta pra outra vida
deitada com uma linda coroa de flores em minha cabeça (dura)
essa será a última, a derradeira e espero que seja de flor-de-laranjeira
igual ao perfume que ficava na penteadeira da minha vó, que um dia já foi a coroa mais linda desta terra!!!
Ultimamente,quando vejo os cristãos agirem no dia a dia, me sinto grata de ser quem sou, uma reles pecadora destinada ao inferno, segundo o olhar deles é claro. Continuarei no caminho oposto a tanta santidade.
Só por que: não ando, não vejo, não mexo, não tenho, não ouço, sou mudo.
Sou subjugado, por seres "perfeitos", "inteiros", que rondam o mundo.
Sejam eles mulatos, índios, loiros, negros, morenos, brancos, novos, velhos e ruivos.
Procuro por esperança, na luz que irradia no fim desse túnel.
Quem tem "deficiência" a sua sentença é a chacota de muitos?
Vejo a dó que reflete tais espelhos, quando mostramos que podemos tudo.
Da cota:
O money(salário) de mer.., quase não tem na passarela, difícil ver na novela.
Conto o tempo, sigo exemplos, de quem quer nossa tutela.
Uma eficiência nas mesas(trabalho), que representa alguns porcentos em algumas empresas.
Algo que clareia, que uni, não multa e impuni.
Na rua:
Por medo, algo escondo e não quero que vejo. No caminho de longe percebo, os apontares de dedo.
Com o tempo isso passa, não ligo para o que pensam, faço o que eu quero e vivo feliz.
Tenho alegria que encontra-se fincada desde a raiz.
Trata-se de uma situação que representa uma condição, não quero que fatos fiquem marcados esperando por solução.
Considerar uma pessoa como diferente por ser deficiente representa uma distorção, a respeito do que significa ter alguma limitação.
Trata-se de um problema visivel a nível mundial, onde somos julgados por algo: físico, intelectual e sensorial.
Por fim somos chamados que tal tachados de "Especial".
Sou luz do sol,
Sou energia,
Entendo sua alegria,
Me escondo em tudo,
Entendo seu murmúrio,
Tudo isso é,
Incontestável saber,
Que a sua fé.
Pode me entender,
Te vi criança,
Me esqueceu,
E a esperança,
Te perdeu,
Virou adulto,
Entendeu,
Que o labuto,
Te revelou,
O absurdo,
Que hoje sou.
Achou-se astuto,
Morreu seu vizinho,
Se pôs em luto,
Chorando sozinho,
A chuva cai,
Com carinho,
E você sai,
Para se encher,
Comprar algo,
Pra me entender,
Também sou objeto,
Em tua vida,
Meio incerto,
Vive perdido,
Se enche de coisas,
Nessa corrida,
Tudo em vão,
Nada me substitui,
Sem Consolação,
Na solidão,
Dos pensamentos,
Um turbilhão,
De tormentos,
Que te assolam,
Nos juramentos,
Me implora,
Por perdão,
Só agora,
Me entende,
Sou sua paz,
Sou sua calma,
Em fim aprende,
O segredo,
De minha alma,
Em seus medos,
Me procura,
Observo de perto,
Na sua loucura,
Mas quieto,
Tenha paciência,
Vai sentir,
Uma essência,
A te envolver,
Não resista,
Sinta o ser,
Dentro de você,
Se entregue,
Sou EU que vê.
O silêncio é meu saber,
Tento falar,
Tudo pra quê?
Só pra te provar,
Que a vida,
Vai passar,
E tua vinda,
vou te mostrar,
Pra você ver,
Olhe pro ar,
A te envolver,
Sinta o frio,
E o querer,
Sou o vazio,
Dentro de você.
(...) Não sou escravo dos "padrões sociais" tão pouco senhor das minhas paixões, o que me interessa da vida é apenas viver de forma intensa de janeiro a janeiro...