Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem
Ouço o sussurro do rebojo,
Danço a música do vento,
Assim distraio a tua falta,
Não perco a minh' alma.
Rabisco o meu caderno,
Escrevo o nosso enredo,
Respeito o valor do tempo
Resistindo a dor e o medo.
Nunca mais me distanciarei,
Rejeitarei os oceanos,
Sigo os teus passos ciganos,
Confesso, eu me apaixonei!
Como divindade, escrevo,
Nestas linhas não me nego,
Para todas elas, eu me entrego,
O amor é realmente cego...
Amo-te imensamente,
Confesso, és desconhecido,
... admito! Grito!
Viver livre de ti, eu não consigo!
Lembre-se de mim, assim:
como margarida vestida de sol.
Lembre-se de mim, assim:
como um sorriso sem fim.
Recorda-te que passei,
e que o amor um dia foi lei.
Agora, tudo mudou:
o tempo - implacável - passou.
Contente-se com a lembrança
Que não dissipou, e não passou,
Recorda-te da borboleta mansa,
- repousada na tua mão
Eu que fui verso e virei canção
Para sempre no país do teu coração;
Serei a tua razão,
- inesquecível -
Lembre-se de mim assim:
como o teu amor celestial
E de todos o mais incrível.
Libertei-me do ninho,
Sou o amor que voa sozinho,
Libertei-te para não voltar,
Viver para me amar
É tua responsabilidade;
Deixe-me no meu destino,
Sou o curso do rio de volta
Para a vida e para o mar,
Assim na poesia estrelar...
Escrevo porque sinto,
Ouço você vivendo,
Bem aqui (dentro).
Assim ainda te vejo,
Indo rumo (adentro),
Com todo o sentimento.
Escrevo porque sei,
Que não estou só,
Tenho você que me (tem),
Eu sou o teu maior bem.
Porque tudo requer:
carinho e (manha)
Um dia tudo se ajeita,
E virás com amável sanha...
Escrevo pétala por (pétala),
Em sílabas com bons tons,
Melodias próprias das cítaras,
Harmonias das mil canções,
Do solstício do inverno,
Revelando para as emoções.
Ainda nos desejo,
Assim nos (creio),
Nada em mim é passageiro:
tudo é repleto, concreto e inteiro.
Assim procuro escrever
Curvo-me ao teu mistério,
Jamais desistirei de nós
Eu te encontrarei no alto hemisfério.
Floração poética,
Mais amor do que emoção,
Rosa imortal em esplendor,
Assim sutil me apresento,
Cubro-te com o meu amor,
- o maior sentimento
Pinto a nossa constelação,
- íntima e luminosa
Descoberta e estrelada,
- autêntica
Floração em movimento,
Uma contemplação mútua,
- ao extremo
Do pico do amor tremendo.
Floração extremada,
- externada
Consentida, indiscreta
E assanhada...
Floração perfumada,
- e apaixonada
Por causa dessa paixão
Secreta que tenho por você.
O barco no exato lugar
Desse jeito a navegar,
Tudo é poesia,
- Até o teu olhar
Assim é o amor:
um suave navegar.
Com encaixar,
Balançar,
E embalar;
Assim é o amor
A nos encantar...
Aqui em Balneário
Guarda algo secreto,
Doçura, poesia,
Generosidade,
A História de um amor,
O nosso particular universo.
A leveza dum suspiro
A saudade em flor
Assim vou vivendo
Escrevendo a saudade
Que tenho do teu amor
Nunca te deixei
Foi o vento que me levou
Porque tenho as asas leves
Como as asas do beija-flor
U’a ternura entregue
A saudade permanece
Assim vou te amando
Crendo que os arcanos
Por nós estão conspirando
Nunca te abandonei
Foi o destino que nos afastou
Desconfio que o meu amor era só
E só ele não te bastou
U’a história que não perece
A saudade não fenece
Assim ela vai vivendo
Certa que ela não fenece
Um sacrifício de amor, ela te pede.
Festa e luz interior,
Iluminando o exterior,
Assim é o Rio de Janeiro,
Soberano como um poema de amor,
Belo e sempre em pleno esplendor.
Em busca do teu olhar penetrante,
Olho para o céu só para te encontrar,
- grande é o amor que tenho para dar
Da ternura boa para plantar,
- todas as veras faces reveladas pelo amor
Ipês floridos a coreografar,
Balançando e soltando flores pelo ar,
Para o nosso caminho de amor enfeitar.
Festa do Sol, verão estrelar,
Assim é o Rio de Janeiro,
Brilhando sem parar,
Sambando no salto da cabrocha,
Explosão sensual que te fez apaixonar.
Em busca de desvendar ousadamente,
Olho para a tua constelação solar,
Para melhor nos entrosar,
Escrevo para fazer a fazer engrenar,
Para você não esquecer, e sempre lembrar,
Que não existe limite para o amor amar,
E nada que seja impossível que o amor
in natura não possa contagiar...
A minha poesia é assim:
ela nunca vai atrás.
É você que sente quanta
a falta que só ela faz.
É grande a nossa alegria,
- doce e particular
Nela não cabe nostalgia,
É lira de amor a tocar...
Eu não preciso sair por
aí para te procurar;
- o teu amor sempre te traz.
Fonte que não seca jamais.
Porque tudo em nós é
escrito à quatro mãos,
Nossos suspiros vertidos
do nosso céu são bênçãos...
Não existe cortesia maior
Do que o sol
Cumprimentando o mar,
Assim é você perto ou longe,
Mas nunca deixando de me amar,
Não há o que explicar.
O amor é assim: ele surge como o
Amanhecer abrindo carinhosamente
O céu do coração - e a percepção.
A Paraíba e Santa Catarina formam
Rima para fazer letra de música para
Animar um forró de uma maneira que
Até o Bom Deus duvida... é a vida!...
A poesia é assim, ela capaz de chamar
Para brincar de roda o Rio Grande do
Sul, Santa Catarina e o Paraná com
A pequena joia que se chama Paraíba.
Joia rara e pequenina capaz de seduzir
Arrebatadoramente o coração e fazer
O Brasil inteiro cantar a sua canção.
Por isso saúdo Luiz Gonzaga que a
Eternizou em versos e ritmo de paixão.
A Paraíba é uma joia que é para guardar,
Apreciar e poemizar para fazê-la notada
Porque ela tem mística - é terra encantada,
Quem sabe levarei o meu amor
Para a Praia de Tambaú?
Para todos apreciarem o mar
E uma das mais belas nuances da alvorada?
A poesia não se entrega assim,
Traze para mim o teu coração,
Entrega-o todo para mim,
Sem cerimônia, e com emoção;
Não desistirei da nossa paixão,
Entregue-se todo e sem fim.
O amor plantado em versos,
Às vezes comete excessos,
Estou uma lira doce enfim,
Pronta para ser bem tocada;
Especialmente para ser amada,
Coisa de alma apaixonada.
A minha veia poética forte,
Não precisa levar versos,
Eles são incensos frescos,
Que seguem em nuances
E atingem a doces toques;
A poesia consegue criar raízes.
A procura pelo amor às vezes
deixa marcas (cicatrizes),
Mas sempre há uma coragem
que faz com que não (desistas);
A poesia que tem os seus apelos
e amorosamente dá (pistas).
Talvez o teu divino ciúme não seja
tão divino assim,
Ele afasta o perfume que só sai
do nosso jardim,
Não faça assim,
Volte para mim,
Eu nasci para você,
E você nasceu para mim.
Esse teu ciúme nunca me entristeceu,
Neste pequeno bloco de sonetos,
Registro cada pedaço meu e teu,
Talvez você não se deu conta,
Que esse meu coração é somente teu,
Venha cá, meu dengo,
Ocupa esse teu lugar é todinho teu,
Juntos cuidaremos do nosso amor,
sublime amor que sempre nos pertenceu.
Até o teu olhar disperso,
Perdoo porque sei que no amor
é preciso ousadia - e abandono,
Estarei sempre pronta,
Para voltares e tomares conta,
Vem, amor! Ainda não é passada a hora,
Porque quando menos imaginas o
amor sempre estará de volta no raiar da aurora.
Encontrado nas nossas grandiloquências,
- assim é o nosso tácito consentimento
Desfazendo-nos desse mundo em gris
- colorindo-nos nas cores mais sutis,
És o sublime amor que eu sempre quis.
Nesse mundo em desvario,
O amor é uma profecia celestina,
Vou protegendo o nosso canteiro de flores
Com os meus carinhos de menina
Aprecio a tua segurança masculina.
Cada gesto teu, ilumina.
Cada carinho teu, fascina.
Cada palavra de admiração,
Desfaço-me de mim
Para ser inteiramente tua - 'vestida',
Simplesmente pela luz da Lua.
Não me perco de nós porque estamos
Perto, perto...
Perto como o coração que bate no peito
- usufruindo -
Desse amor vadio amor - a saudade existe,
Mas o contentamento é perfeito.
Na nossa performance
Não cabe o preconceito
- não fazemos amor -
O quê fazemos é arte; e muita arte...
Porque para amar não há conceito,
O amor é afeito à melhor parte...
No mar, na montanha, aqui,
E bem pertinho daí, iremos juntos ousar...
Escrevo essas linhas
Para você Se deliciar,
[maliciar]
- e por todas as minhas curvas
o teu desejo redobrar.
O peito se agita,
Estou assim
Por causa da
tua breve ausência,
Ele se agita
Por uma vontade
amorosamente vadia,
É uma vontade
imperiosa de reunir
As tuas saudades
com as minhas,
Escrever para nós
dois é uma ode
à bem querência
longe de ser vazia.
O peito não
sabe como mensurar
Essa doce
alegria de penar,
Ele se agita
por uma vontade amorosa
De mergulhar
no teu corpo,
É uma vontade imperiosa
De reunir o teu
sabor com o meu,
Escrever para nós dois
é uma ode à liberdade
- longe de não nos libertar.
O peito não sabe
como mensurar
O tamanho da graciosidade
versada sobre nós,
Ele se agita
por uma vontade amorosa
E vagarosa por cada
pedacinho teu,
Essa vontade imperiosa
De reunir o teu
amor com o meu,
Escrever para nós dois
é uma ode à descomplicação
- longe de não desejar
desatar os nós.
O peito se agita,
estou assim por causa
da tua breve ausência,
Ele se agita por uma vontade
amorosa de ser tua,
É uma vontade imperiosa de faiscar
com os arrepios da tua alma,
Escrever para nós
dois é uma ode à paz
que há de te trazer
de volta - e desejoso
da minha calma.
Na cadência de meus versos, Registro a batida do meu coração, Assim vou dando ritmo a nossa paixão - nós somos pura sedução.
Somos sincronicidade, Assim é o nosso amor, Versos, doçuras e cumplicidade - um pedaço de céu e outro de felicidade.
Do que o amor é capaz, sempre se descobre um pouco mais, É enorme o bem que você me faz, É assim o nosso gostinho de quero mais...
A poesia surge para fazer companhia, Já que a noite ainda não te trouxe, Assim é a maravilha de te amar, Amar é como preparar um doce.
Surge o cio poético em meio ao véu das estrelas, assim se faz bela a noite, O brilho da tua alma tomou conta, Sonho com o teu beijo, belo açoite.
Preste atenção em mim...! Não faz assim, Não vamos perder mais tempo, Vamos viver de amor, doçuras e contentamento...
Eu resolvi fazer de tudo para chamar a sua atenção, Vi que o que fiz acabei por perder até o seu perdão, E você ficou com o meu coração...
Deixa a chuva passar, O coração acalmar, E a vida nos encontrar...
Eu nem sei mais como me aproximar, O meu coração não para de te desejar, Chega mais perto, Vem aqui me abraçar...
Agora tenha a certeza de que as indiretas são diretas seguindo em linha reta.
Lanço versos intimistas no Universo, Só para ser por ti enxergada, E para ver se o teu amor floresce, E o teu coração me busque indiscreto...
Escuta, escuta, escuta... Assim bate o meu coração, Ele te busca em cada raio de Lua,E faz uma linda canção...
Não adianta fugir, Não adianta resistir, Dos meus versos você não vai se livrar, E o teu coração não irá parar de me desejar...
Entre nós não há segredo, Há uma liberdade e um universo, Não tememos a tempestade, Nadamos em mar aberto.
Seguem quatro rodas pela imensidão, É a carroça cigana desenhando o chão, Mesmo que a mente tente esquecer, Sempre relembra o seu coração.
