Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem

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Eu sinto vento batendo em meus cabelos e é como se Deus estivesse me fazendo um cafuné e dizendo: Eu estou contigo filha.

E na verdade, eu tenho muito medo de dizer que estou feliz. Vai que tudo desmorona de novo?

E se eu tivesse feito outras escolhas, onde eu estaria?

Eu odeio a ausência quando o que eu preciso é da presença.

E quando eu estou prestes a dizer, minhas palavras tendem a sumir.

Eu posso rir da minha desgraça, porque ela é minha. Você não.

Falta eu aprender a não desculpar certas pessoas, mas primeiro, falta eu aprender a dizer não.

Eu poderia ouvir a melodia mais doce existente, mas nenhuma canção sequer poderia ser comparada à beleza de ouvir sua voz. Não que ele fosse o garoto mais bonito da escola ou o mais popular, era só que… era ele. E ele sabia tão bem ser ele.

Meses e meses se passaram. E eu quase esqueci seu rosto. Até que eles tocaram aquela canção. Aquela que nós ‘odiávamos’.

Quando reparo no comportamento das garotas, me pergunto: “Elas são muito atiradas, ou eu é que sou tapada demais?”.

Eu não gosto mais dele, mas a ideia de ele não gostar mais de mim assusta.

Dê-me uma alavanca longa o suficiente e um suporte forte o suficiente que eu poderei sozinho movimentar do mundo.

Por que garota de calendário? Não sei.Talvez porque os rapazes não consigam assoviar quando eu passo.

Eu oro, Pai, neste momento, para que o Senhor,
com a força do Espírito Santo, venha tocar,
neste irmão, nesta irmã, que está triste,
e que de tão amargurado, não se aceita,
e por não se aceitar, não consegue se amar,
e já não se cuida mais, por sentir-se só e
desamparado...

Pai querido, toca na alma
ferida, no trauma mais profundo naquele
lugar que só o Senhor sabe onde dói mais,
remove essa "casca" que recobre a ferida mais
dolorosa, e seca de vez essa marca que
ainda sangra.

Toca, Pai, toca no coração ressecado,
angustiado, de quem já não acredita mais
em si mesmo. Que perdeu as forças de tanto
chorar, que foi abandonado(a) sem motivos,
que foi vítima de injustiça, que não sabe
a quem recorrer.

Tu, Senhor, é juiz soberano, julga essa causa então,
devolve a esse irmão, a essa irmã, a alegria,
a esperança, o ressurgir do desejo de cuidar-se.
A capacidade de admirar-se e perceber,
que dentro de cada um de nós,
brilha uma chama maior que qualquer dor,
a chama da tua mão, a chama da criação,
a chama do amor.

Então, eu oro agora, pelos que querem te
encontrar, pelos que te buscam e não acham,
pelos que tateiam no escuro da mágoa,
os que vagam de hospital em hospital,
sem achar a doença que os consome,
inunda-os agora com o Teu Santo remédio,
o teu poderoso amor.

Assim, saia curado neste dia, todo aquele,
que mesmo não vendo, perceba,
que mesmo não se achando merecedor, sinta,
que a Tua maior grandeza está em reconhecer,
em cada um de nós, mesmo os maiores devedores,
uma chama única, um brilho,
que somos amados como o único filho.

Eu oro, então, para que agora, o elo seja refeito,
a ligação restabelecida, e em cada um, brilhe a tua luz,
refletindo na face, o doce sorriso do amado Jesus.

Amor? Ah, aquilo que sinto por tudo o que me faz bem... sim, eu sei o que é!

Desejo que você não esmoreça, porque é tão bom estar de “bom jeito”. Acho que eu devia abandonar minha “tragédia” em um ato...

Clarice Lispector
Montero, Teresa (org.). Correspondências. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

Nota: Trecho de carta para Fernando Sabino, escrita em 13 de outubro de 1946.

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Ele me confundia. Num dia era um príncipe, no outro virava um sapo e eu nunca entendi, mas eu ainda gostava.

Por que as pessoas se perdem? Eu sempre disse: se não for pra acrescentar alguma coisa, por favor, não bagunça a minha vida. Gosto de quem soma. E a gente somou, você somou, eu somei.

A você eu amo, raramente me engano.

Eu sempre tive duas vidas. A que eu vivo e a que só existe nos meus sonhos. E eu não sei até que ponto é bom. Me alimentar de pequenos momentos que nunca acontecem, de pessoas imaginárias, coisas superficiais. Talvez sejam apenas coisas que ninguém pode me dar.