Aviao sem Asa Fogueira sem Brasa sou eu assim sem

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CONTO
E quanto ao teu olhar e o teu carinho,
Meu ninho e meu encanto
Eu canto, eu conto,
Eu sei que nem existo
Meu verso é corvo louco
Perdido no deserto
E longe eu não sou nada
E perto eu me desfaço
Em miragens que me cercam
Curiós e odaliscas,
Lagos e horizontes
Tudo como o último beijo
No penúltimo sonho
E quanto a você,
Uma visão é tão pouco
Fica o encontro marcado
Para o próximo sono
E eu me abandono
Ao abandono
Surgindo numa esquina,
Quando a alma se declina
Eu vagabundo
Me dou conta
Que nada conta
Que nada tem sentido...

Inserida por tadeumemoria

OUTROS SONHOS
Enquanto a aranha tece sua teia
No porão, eu penso a caminhar
Sobre as campinas,
Passando por cima da minha emoção,
Voltando ao passado,
Derrubando edíficios,
Que agora cercam a minha visão,
Operários bem equipados,
Bem aparelhados,
Erguem torres e coberturas,
Improvisam um elevador,
E a igrejinha do meu casamento,
Onde com tanto srntimento,
Jurei meu amor,
Sua única torre ameaçada por um guindaste,
Enquadrada por andaimes,
Badala seu sino,
Agora abafado por tantas paredes,

E nos campos, onde floresciam meus sonhos,
E eram verdes como as campinas,
Embalados por passarinhos,
Que emigraram para outros campos,
Para compor outros sonhos...

Inserida por tadeumemoria

meus cabelos pratearam
mas minha paixão se arrasta
feito criança
e o tempo que eu tenho
é o que me resta de esperança...

Inserida por tadeumemoria

ALGO QUE PULSE
Às vezes você me olha
E eu penso que nada é exatamente nada
Até que que se explique, se desfaça, se dissolva
Ou se resgate algo que pulse

Às vezes você me olha,
E eu não disponho de algo que aborde
Aceite ou pelo menos caiba tanta emoção
Sem agredir o que resiste do que é quase morto em mim

Ás vezes você me olha
E a minha transparência , suposta capacidade que me atribui
A tua proximidade, de mostrar o outro lado
Ou de transpor o translúcido
Para atingir o espírito, sem molestar a matéria
Para mostrar que apenas as vezes você me olha...

Inserida por tadeumemoria

O que eu tenho de melhor é saber nada ter...

Inserida por tadeumemoria

CIO

sabe como olhar,
como andar,
quando olhar,
caminha na minha frente
como se eu fosse santo,
fala comigo como se eu fosse o seu amo,
se abaixa como se eu fosse cego,
senta na minha frente
como se eu fosse de ferro,
eu também sei sonhar,
eu tenho um coração e um tênis,
não aguento mais maracujina,
pra essa febre só novalgina,
sorri pra mim como se eu fosse um beato,
me toca como se eu fosse Buda
esquece o decote,
o perfume que exala,
minh’alma se perdendo,
minha língua pedindo...
não percebe o desejo consumindo,
chega tão perto que eu farejo o cio...

Inserida por tadeumemoria

A primeira vez que vi o mar
aos quatro anos, na ilha do governador,
Eu não podia entender tanta imensidão...
A segunda vez, eu já sabia o que era paixão...
Agora eu vejo o mar e o mar me ver
E eu sei o que é o amor...

Inserida por tadeumemoria

AS SEGUNDAS

As segundas são longas,
As noites são tensas,
Os anjos fenecem nas esquinas,
Eu faço um poema,
Porque eu sou a poesia,
Porque não sei cantar,
Eu escrevo porque não quero esquecer
As rimas perfeitas que surgem
Assim repentinas...
Eu caminho tão triste,
Eu caminho tão só,
Eu caminho
Porque caminhar é o caminho...
Não sei se amo porque sou poeta
Ou sou poeta porque amo...
Mas amo tanto, que de mim me esqueço
E esquecido assim, no meu mundo
Menos poeta e mais vagabundo
Eu amo tanto e nem te mereço...

Inserida por tadeumemoria

A NÉVOA
Às vezes libertam-me da camisa de força
E eu esqueço a forca,
Esqueço a corda pendurada,
Escrevo as emoções
Que certamente não são só minhas ...
Rufino comeu a empregada...
Rufino comeu a empregada...
Rufino comeu a empregada...
Então chegam os azuizinhos com a injeção,
Chamam de sossega leão...
Rufino comeu... Rufino comeu... Rufino comeu...
Vem a névoa, uma sonolência...
Deus ostenta um estetoscópio
Todos lhe obedecem,
Não vejo Santíssima Maria...
Pela manhã a algazarra,
Alguém “caiu”da escada,
Alguém não acordará nunca mais...
Meu caderno ainda está sob o colchão,
Meu coração está em transição...
Tenho uma certa taquicardia ,
Mas sem a camisa eu escrevo...
Sempre soube que era um pouco louco,
Mas, filósofos dizem que o louco
Sabe de tudo, só não sabe disso.
Às vezes temo nunca mais acordar...
Às vezes temo Rufino...
Rufino comeu a empregada...
Rufino comeu a empregada...
Não suportava mais sopas de legumes.

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EPÍSTOLA APOCALÍPTICA SOBRE ESSA BOLHA DE OCEANOS


Não fosse eu um corpo etéreo, um alien grafite,
Na nebulosa; labirinto intracelular cósmico,
Um vírus, um bacilo no azul marinho gasoso
Da inviável via láctea, efêmera vaidade,
Desfilando colar de constelações
E jogando poeira de estrelas nos nossos bolsos...
O terror cósmico dessa solidão intergalática,
Trazendo auroras boreais
De tempestades solar apocalípticas...
Rebelde sagitário se dilui na acidez sideral
E júpiter se avoluma em gases, aqui no meu quintal...
Atormenta-me a fobia de te ver na esquina,
pefil frágil e andrógino,
Túnica lilás, bastão incandescente e cabelos de ouro,
Cantando “chuva púrpura” profetizando um armagedom,
Fazendo-me imaginar,
Praga, New York e Belford Roxo, roxas de melancolia
Solidão e medo da alcaida,
E possíveis ataques norte-coreanos...
Mas não é isso que me leva a consultar
O zodíaco e previsões climáticas,
Que me fazem supor catástrofes e cataclismas
Sobre a caatinga esparsa e escaldante
De Jericoacoara e quixeramobim...
Se eu não fosse essa lua de insegurança,
E assimilasse ensinamentos de epístolas, salmos
E o sermão da montanha...
Mas sou apenas um cervo feérico, numa floresta primitiva,
Contemplando estrelas sob a noite eterna
Há mil anos luz de um dinossauro,
Tentando entender a ternura débil e insana de um t-rex
Estudando a sua caça e farejando sangue
Percebo que o que me sustenta sobre esta esfera,
Sobre esta bolha de oceanos,
Que viaja trágica e inconsequente,
Entre meteoros, meteoritos e cometas reluzentes,
Na harmonia do sistema planetário
E no descompasso de moléculas de hidrogênio e oxigênio
Realizando o milagre da vida...
Ainda é essa eterna e inexplicável força estranha...

Inserida por tadeumemoria

Quando eu quis acreditar no amor...
já não era manhã...
já não tinha o sabor de hortelã,
os desejos já tinham dormido...

Inserida por tadeumemoria

Amar-te-ei tanto
que estaremos sempre juntos
e mesmo quando eu for defunto
haverá esse encanto...

Inserida por tadeumemoria

Silenciosamente eu canto, eu toco um violino, e a harpa... uma harpa angelical me acompanha.

Inserida por tadeumemoria

Não tenho medo de grandes estrelas
De uma forma ou de outra
Eu ajudo a construir o céu e o inferno
Sou passageiro como um cometa
E como as desilusões sou eterno

Inserida por tadeumemoria

Sob a chuva e o clarão dos relâmpagos,
na alma, no âmago, o desalento de qualquer pagão,
eu tento entender a noite e suas dores,
quanto mais amores mais dor no coração...

Inserida por tadeumemoria

Eu quero entender, eu sempre quis entender
mas antes, o encanto de tudo dourava a manhã seguinte...
o gosto de hortelã, a fantasia de um beijo quase impossível...
era fácil esquecer qualquer pecado,
mas o tempo dizima qualquer fascínio
e fica só o desejo de revanche
ainda percebo um certo glamour
algo que ficou guardado como uma espécie de souvenir...
algo que, sem o encanto, sorrisos e palavras não podem mudar...
então, depois de tudo, pagamos pelos pecados do passado
com uma overdose letal de indiferença...
que nos deixa a pensar que foi tudo uma ilusão; não foi.
Não entendo como, sei que não foi...
quero entender, sempre quis entender,
mas antes o encanto de tudo dourava a manhã seguinte...

Inserida por tadeumemoria

O que eu não sei de Deus...?

Inserida por tadeumemoria

pescaria
enquanto eu tento entender
o que eu não percebo
enquanto eu tento
ouvir o que é gritado
os peixes saltam na lagoa
querendo ser pescados
palavras são peixes,
poesia é pescaria
meu barco está abarrotado...

Inserida por tadeumemoria

DELEITE
À noite me empenho
ao que eu não tenho da tua alma
convém que eu diga amém
a tudo teu que silencie este encanto
e mudo permaneço,
não mereço tudo, deveria te esquecer
mas esqueço tudo ...
eu sou assim,
a tarde vem e vai...
percebo universos em verbos,
em proverbios
e faço versos,
é o meu jeito,
eu sou isso, assim de descompor
até desexistir neste compor
a essência do amor,
mas ante tua presença
silencio é sinfonia
e eu me deleito...

Inserida por tadeumemoria

eu acredito no amor

Inserida por tadeumemoria

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