Wilson Bucólico

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Chuvas de setembro

O sopro da manhã lambendo minha pele
Um sopro frio depois de uma noite molhada.
O dia ameaçava pancadas de chuva doce.
Choveu agitando o chão de nossos passos e
Fomos perfumados com o cheiro de terra molhada
Pela chuva de setembro.
Tudo isso me lembra aquele dia,
Um "Eu te amo" para casais apaixonados,
Dois gatos miando na noite de Olinda,
O cheiro do mar deixando o ar salgado.
Lembro-me dos teus lábios doce e o contraste que tanto adoras.
Sim;Tudo isso me lembra aquele dia,
Aquela chuva de setembro,
Chuva que caia sobre a cabeça de uma virginiana,
Chuva que nos banhou ao bálssamo do amor.

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Uma vida se passa entre os fios dos teus cabelos
Não sei onde termina meu braço e começa o teu,
Não sei tocar teus lábios sem fechar meus olhos,
Não sei escrever teu nome sem pensar em tuas letras.

Meus olhos puxam tua sombra para me cobrir
Toda vez que é noite de velas.
Faz um buraco na parede da minha casa e olhas o retrato que guardei.
Foi tirado nas margens do rio Capibaribe
E posto em uma moldura lunar.

O silêncio da noite é nosso
Dos grilhos melodicos
Das pedras melodicas
Da lua melodica

Na minha alma repousa teu nome
Teu calor
Tua voz sublime formada com ardor.
Tenho apenas um vazo,mas escrito com tua flor.

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Verde,verde,verde,verde..ate o fim do mundo!

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...Teu cabelo no meu cabelo,
Teus dedos em minha barba
Tudo isso deixaste de Herança
Disseste Adeus
e eu ate amanhã.

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...Talvez se resolveres aparecer
Mais tarde te guardo um pedaço de rosa
Da rosa de ontem...talvez do anoitecer
Do último que passamos

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O mar...o doce salgado dos apaixonados.

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Minha poetisa. Josi

05 de setembro, o que esperar de um dia?
08 a.m, o que esperar de uma hora?
Esperava um poema, vestígio algum.não era a hora certa.
Eu não estava sozinho, nunca estive, a poesia esta por toda parte.
Papel e caneta andam comigo, fieis amigos, e o poema? não era a hora!
Dia melancólico, céu melancólico, nuvens de chuva,
_Sente-se, vamos conversar
Disse o sussurro poético do vento brando, vento padrinho,
e nós conversamos...
Eu jamais imaginaria,e nem poderia, ela me dedicaria um poema de amor
Às 8:30 da manhã do dia 5, esta data se tatuou em mim, e assim
Ela abriu "religiosamente" na metade de minha antologia vivida
E começou com um verso da minha poesia.
A hora se fez certa, o dia se fez certo,
Incerteza se fez amor com você em mim.

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Esse tal de "mas" me mandou futuramente carrergar minha cruz...
Jesus crucificado no "mas" de Deus.
Serei o próximo.

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Seres humanos...
Vou ser humano
Por que ser humano
É ser filho de Deus.

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Tão lindo ver as moscas se amando...

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Tudin,
Pequeninin,
Meu amorzin,
Se fez asim,
Grandin,
Na menininha do cabelin
Bunitin,
Dos meus olhin,
Tornou assim,
Meu coraçãozin,
Uma caixinha,
De sorvetin,
Amorin,
Que de tudin
E todas
Era tudin teu assim,
No teu rostin,
Tava meu rostin
No teu corpin
Tava meu corpin,
E de tudin,
Meu amorzin
É apenas teu,
Cleide.

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Vendedor

-Olha o amor,olha o amor...
-Quanto custa?
-Outro amor.

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Cleide da pele de leite

Cleide da pele de leite,
No meu leito és só tu
E não a Maria vai com as outras.
Pele de leite
Dentes de leite
Deleito na tua boca.
De tanto seres cleide,
Da pele de leite
Virastes o copo
Do meu leite em pó.
Nao morro de azeite!
Mas se um dia eu morresse
Tomando teu leite
Seria de amor.

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..Vida de plástico
Flores de plástico
Corpo de plástico
Coração de papel...
O coração se vai...
O resto fica pra sofrer...

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"Acabou, as bactérias se alimentarão do teu corpo, e aquilo que te tornava diferentes dos outros, desaparecerá para todo o sempre."
Apenas uma palavra...beijas o portão do cemitério sem ao menos saber o gosto da morte...uma palavra te trouxe e uma te leverá.Se eras ateu,acredite apenas no calor que a terra te dará...

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Carta a Bandeira

Meu amigo és poeta!
Menor,maior,te perdou.
Ergues a bandeira do teu nome
Em nome aos poetas
Menor e maior,todos te perdoaram
Manuel Bandeira
Fostes a bandeira do Recife
Do Recife nosso
Nossa casa,
Nossa rua,
Nossa literatura.
Bandeira de pasárgada,
Lá sou teu amigo,
Lá beijas as tranças da mulher mais bela.
Da bandeira do nosso recife,
Da bandeira de pasárgada,
Da bandeira do teu nome
Tão poético.
Um dia vou-me embora pra pasárgada
Encontrar-me contigo.
Poeta menor..
És meu pai.
-Benção a mãe...
-Benção ao Recife.

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O céu é o início do fim.

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Simples,mentes

Simplismente
Mentes para o coração simples.
Não pode o coração,
Com forma de violão cantar a musica simples.
Não podes com petição
Jogar em minhas mãos a rosa mais simples.
Contudo,solenice,minha primeira palavra simples
Foi tua.
Mentes,simples para a mente
Do mau poeta que sou.
Mau e simples,
Mas que meus versos te limpem...
Sou o poeta que simplesmente te amou.

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...Onde nossa tristeza é mais bela,
Onde minhas lagrimas podem sorrir nos braços do redentor,
Onde é Dó maior de Tom.
Todas as letras nessa carta e nada em seus olhos,
Mas no piano e violão o suor de teus dedos.
Tuas mãos choravam ao tocar pra Copacabana,
E eu choro ao te tocar e te ouvir...
Tonzinho...

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...Se não posso te ouvir,solta o verbo com tuas mãos
Solta a musica,a poesia e olha as horas que se passam
Esse relogio te dei
Olha a hora antes que ele pule para outro pulso
E eu me perca de ti.

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O pássaro voa livremente,
E pode ele por os pés no chão.
Tenho tanta pena de não ter penas
E me fazer voar,passar passarinho...
Tenho braços longos para te dar tchau
Assim que cruzas meus olhos,
E de te ver passar me sinto menino
Querendo voar,voar...
Atiro pedras para o alto e elas voltam
Fortes e mortas,
Matando minha esperança de um dia passar,passarinho...
Sou preso ao chão!
Queria conhecer o céu,conhecer as árvores do outro lado dessa terra.
Queria me conhecer,pássaro e homem
Ser pássaro e provar o céu,
Ser homem quando precisar provar da terra,
Mas só posso fazer isso sem sair do meu lugar.

Inserida por WilsomBucolismo

Um dia desses,talvez
Serei um pouco do nada,
Já que fostes nada.

Um dia desses,talvez
Serei metade,
Já que fostes metade.

Um dia desses,talvez
vou lavar tuas roupas,
Já que lavastes as minhas.

Um dia desses,talvez
Serei teu,
Ja que fostes minha.

Um dia desses,talvez
Serei um bebado,
Ja que fostes minha bebida.

Um dia desses,talvez
Serei a porta,
Se pensares em saida.

Um dia desses,talvez
Serei teu nome,
Se não tiveres identidade.

Um dia desses,talvez
Serei tua rua,
Se não tiveres mais cidade.

Um dis desses,talvez
Serei tua morte,
Se um dia morreres de amor.

Inserida por WilsomBucolismo

...Nem madrugada,nem manhã
Me chamas a provar teu chá,
Mas no final da tarde me convidas
A tomar teus olhos crepuscular.

Inserida por WilsomBucolismo

Menina se inclina
Me atiras no rio
Quem te viu?
Depois pedras,
Depois flores,
Depois amores.
Me atiras no rio.

Menina da lama
Me atiras na grama
Quem te viu?
Depois na cama,
Depois teu corpo,
Depois teu todo.
Me atiras na grama.

Menina de amor,
Cachos de flor
Quem te viu?
Deitada na grama,
Molhada no rio...
De tanto qurer-te assim
Minha mão de poeta...
Dormiu...

Inserida por WilsomBucolismo

Onde estais,pretinha?
No teu edredom sozinha?
Essa noite não é minha.
A lua te chama,
Quer teu alaúde.
Preta,pretinha
Eu sei que não és minha
Mas quero que me busques.
A noite que me curve,
Teu suor no alaúde são lagrimas de luar.
Pretinha de noite e de mar
Sai do teu lugar!
Essa noite não é minha...
Por que ficas ai sozinha?
Tens beleza a mostrar.
Teus olhos negros,noite...
Traz a lua pra dançar
Teu corpo de moça nova
Traz beleza em todo lugar.
Traz tuas pernas,lábios e música
Pois no samba é teu lugar.

Inserida por WilsomBucolismo