Vitório
Sabe, às vezes tenho vontade de sumir, evaporar... Pois tenho andado por vários caminhos e agora me vejo perdida sem um para seguir...
Já não sei o que fazer, não sei a quem recorrer!
Talvez o melhor seja apagar o passado e tentar esquecer...
Sinceramente, eu queria esquecer aquela pessoa que me encontrou e que logo por mim se apaixonou. Queria que ele não passasse de uma parte do meu passado, um fragmento de alegria... - Suspirei; E que eu conseguisse viver sem lembrar dele.
Acho que vou agir por impulso
mais uma vez e decepcionar quem
me faz feliz. Acabar mais uma vez
com a alegria de quem amo, por
capricho, desamor.
Lucas 10,25-37 - Parábola do bom samaritano
FAZE TU O MESMO!
Existe uma ligação evidente entre a questão dirigida pelo mestre da Lei a Jesus e a ordem conclusiva do relato. O mestre da Lei queria conhecer os caminhos para se obter a vida eterna, e Jesus ordena-lhe que imite o gesto misericordioso do samaritano.
A preocupação com a vida eterna corresponde a reconhecer os caminhos que conduzem ao Pai, fonte da verdadeira vida. O mestre da Lei estava no bom caminho ao confessar que a via que conduz ao Pai é o caminho do amor. Consciência fenomenal, se levamos em conta a mentalidade legalista, muito difundida na época.
Faltava-lhe apenas refazer sua concepção de próximo. A parábola contada por Jesus não deixa margem para dúvidas: próximo é qualquer pessoa que, encontrada pelos caminhos da vida, carece do nosso amor misericordioso. Diante deste apelo, caem todas as barreiras sociais, culturais, religiosas, étnicas. O próximo carente é a mediação da comunhão com o Pai. Quem tem sensibilidade e é capaz de desfazer-se de seus planos para se mostrar solidário, estará no caminho da vida eterna. Quem, pelo contrário, desvia-se do próximo carente de solidariedade, desvia-se do caminho que conduz ao Pai.
Assim, a vida eterna define-se pela disposição de se tornar servidor do próximo, em quem o Pai é servido. Quem é misericordioso, está no bom caminho.
Após cada refeição, se você deixar uma colher de comida no prato, quantas colheres de comida você jogou no lixo se você viver 100 anos. Pense nisso.
Quando você joga um grão de arroz cozido no lixo, você já parou para pensar e contabilizar quanto trabalho é jogado fora?
Desde o preparado da terra para o plantio, a colheita, os equipamentos utilizados, as pessoas que trabalharam na cadeia produtiva, o transporte, o combustível, o custo dos pneus, o óleo, sal, a panela, o fósforo, gás, fogão, colher, água, tempero, o seu trabalho para conseguir dinheiro para comprá-lo, etc.
Você como ser racional, dotado de inteligência, após a refeição joga fora toda uma cadeia produtiva extensa no lixo. Isto é racional e inteligente? É apenas um grão de arroz cozido que você joga fora? Não! Pense nisso.
A Impunidade é o pai de todos os problemas da Humanidade. Corrupção, Violência, Roubo, Fome, Saúde, Educação, Segurança, Infraestrutura, Miséria, etc.
Quando você termina com alguém e outra pessoa toma o seu lugar é como se a pessoa estivesse fazendo a gentileza de pegar as migalhas que você deixou para trás, para não voltar no caminho que já você percorreu!
- “Hoje as pessoas me magoam com motivos fúteis, não que eu seja fraco demais, é que já estou em pedaços por vários outros motivos.”
- Desabafou o coração.
Sou grata pelo dia, pela vida pelas pessoas e pelo conhecimento que adquiri ao longo de minha vida. Sou grata pelo sorriso verdadeiro, pelo bom dia espontâneo, por me considerar amigo, pelo convite para a festa ou para o velório. Sou grata pelo sol e cada amanhecer. Sou grata por ter emprego e mais grata, se eu fizer diferença no que faço. Gratidão pela vida, gratidão por existir. Sou uma pessoa insegura por natureza. Mas, não se engane, sei exatamente a minha importância na vida das pessoas, tem gente que sorri por pena, tem gente que sorri por interesse, tem gente que sorri de deboche, e tem gente que sorri porque tem carinho por mim. Com um tempo criei uma casca protetora que me protege dos alvos das pessoas que se importam com a minha utilidade e não com a minha existência, se me importo? sim, me importo e muito. Mas, a verdade é que a rejeição é uma constante na minha vida, desde o nascimento até os dias atuais. A quebra de confiança é a única coisa que atualmente me deixa descontrolada. Vou trabalhar a gratidão por receber aquilo que as pessoas acham que mereço, depois de atingir esse nível de sensibilidade e humildade, poderei descansar sossegada. Por enquanto sou grata por andar entre os melhores, entre os seres superiores, os mesmos que me desprezam, eu sou grata por andar pelos mesmos caminhos que eles andam, pior seria, se fosse proibida de andar por onde andam. Gratidão....gratidão…gratidão…se faltar amor…se faltar gratidão…não terei mais motivos para viver. Confesso que estou pensando em desistir de tudo, ando muito cansada de ser como sou. Pensei até acabar com minha vida, ultimamente, mas sou covarde e não consigo resolver os problemas e tão pouco parar para respirar. Por isso, sou grata a mim por ser assim, covarde, não presto nem para acabar com a minha dor. Sou muito infeliz, mas sou grata ao mesmo tempo. Estou esperando a senha como todos, mas é uma luta diária essa minha existência. Convivo com muitos e sinto poucos. Ninguém se importa comigo. Ninguém me pergunta o que me move, o que preciso e o que quero. Sempre estou só na minha dor, sorrio triste para o mundo, poses, caras e bocas, tudo ensaiado na minha mente. O que importa? Quem sou eu? Quem quer saber? O que gosto? Quem se importa? Afinal, sou grata pelas migalhas que a vida me dá, migalhas de atenção e respeito. Sou invisível a maior parte do tempo e não quero pena de ninguém, quero a verdadeira importância que eu penso que posso ter. No final, sou grata por acordar e ter esperança, todos os dias sou grata por acordar e ter esperança. Ter esperança e acordar todos os dias e ser grata.
CidaVitorio
O chamado do vazio é o encontro de almas perdidas.
"Tentar esconder dos problemas é se arrastar pro abismo de uma vida vazia, sentir medo é normal, o que não podemos é preencher o vazio com falsas ilusões."
" Perigo é se encontrar perdido
deixar sem tecido não olhar, não ver
bom mesmo é ter sexto sentido
sair distraído espalhar bem querer."
Chico César.
As nuvens
Quando olho a janela e olho a imensidão
Vejo as nuvens em forma de algodão
Branco, cinza, não importa, sempre me alegra a visão,
Se fixo o olhar, vejo personagens de desenhos, se fecho os olhos, é só imaginação,
Mas gosto da sensação de observar as nuvens, parecem que tem pés, ora aqui, ora acolá,
No mesmo instante que vejo uma menina, um animalzinho,
Teimosa, a nuvem se dissolve e me deixa na mão.
Queria ter asinhas para pular sobre essas criaturinhas fofas,
La de cima gritar para as pessoas deixarem de serem tolas e más,
As nuvens ao longe parece que estão dentro dos prédios, eu não consigo parar de olhar,
Tem dias que passo horas a observar e imagino se Deus fez as nuvens para os anjos morar.
Deus quando criou o dia estava inspirado, pois fez uma cortina de nuvens para que cada dia fosse um espetáculo único, tem dias que tem sol,
Outros, chuva, para todos eles, tem uma nuvem encobrindo a paisagem lá do céu
Para a gente encantar.
Cida vitorio
A paz que não temos, ou um vazio que construirmos?
Quando pequenos temos a inquietude de querer crescer logo. Ao crescermos, nossos objetivos pesam e aí a necessidade de colo, nos faz querer ser novamente criança. E assim, nos tornamos, definitivamente “humanos”.
A verdade sobre a nossa vida é que nunca estamos de fato, satisfeitos, um dia, queremos conhecer alguém e namorar e quem sabe, casar. Outra hora, queremos nunca ter conhecido ninguém e ficarmos sozinhos.
Sonhamos com o príncipe que vai nos arrebatar do calabouço, que vai nos entregar o sapatinho de cristal perdido e um estalo, lá estamos vivendo como rainhas. Como se isso, fosse mesmo possível.
Entramos em conflito com nossas verdades e vontades. Sair da zona de conforto, é poder sair da casa de nossos pais e poder dizer, enfim: livres. Mas, o que não contaram para gente, que ao sair de nossas casas paternas, nos tornamos escravos de nossas vidas rotineiras e tornamos protótipos de nossos pais. Trabalhar, pagar contas, fazer comida, arrumar a casa e se der tempo, cineminha. É uma luta diária, conviver com tantas tarefas e ainda assim, tentar ser feliz.
Somos uma geração que reclama de tudo e de todos. Temos tempo para o amor? Talvez. As relações estão cada vez mais soltas, querer ter um ou dois relacionamentos simultâneos é o bug do século. Casamento aberto, relação promiscua, sonhos divididos, camas repartidas, é uma loucura o que nos tornamos. O casamento não é mais sagrado, as relações não são duráveis e os filhos não respeitam mais as autoridades paternas. Simplesmente, os valores se perderam ao longo dos anos.
A tecnologia abriu o espaço nas vidas das pessoas, não tem mais natais ou comemorações em família, no lugar as vídeos-chamadas, as telas de WhatsApp, e as mais variadas formas de redes sociais.
Os encontros de domingos foram substituídos pelos grupos de whatsapp, as fotos das grandes comemorações em família, ficaram em selfs solitárias em algum lugar instagramavel. Era uma vez uma família feliz? Será que em alguns anos, terão livros de ficção sobre como eram as famílias? Bem possível.
Não podemos negar que ainda tem pessoas que leem livros de papel, vão ao cinema e ainda frequentam parques. São raridades. Somos a ultima geração que curte essas coisas, eu creio.
Tenho que admitir que a minha geração, a que nasceu entre 60 a 80, está mais acostumada com as adaptações do mundo moderno. Conseguimos nos virar com as modernidades deste século.
O que não se pode negar, que a geração atual, menos adaptada ao trabalho e mais adaptada à tecnologia, anseia em encontrar o tal “emprego dos sonhos”, a “vibe perfeita”, a “a onda perfeita”, os “100 milhões de seguidores” e por fim, ficar rica sem trabalhar. Essa geração é a geração “evolução cibernética”.
Se você acha que isso é um julgamento, não está certo e nem errado. A minha geração também é criativa e confusa em se tratando de trabalho. Ajoelha para Deus conseguir um trabalho ou “bico” e quando consegue, faz corpo mole e reclama das condições contratadas, basta passar na experiência que começa a tormenta. Criaram muitas definições sobre a frequência que as pessoas reclamam de suas tarefas, chefes, escritórios e tudo o que envolvem o mundo corporativo. Ao longo de décadas muito se fala em síndromes diversas, criadas devido ao advento de pessoas insatisfeitas e com baixa produtividade, pessoas com ansiedade, com dores diversas na alma e no corpo. Não vou aqui replicar nomes científicos de síndromes, é apenas uma comparação entre querer e conseguir.
O mundo se revoluciona e as pessoas deixam de querer pensar, devido as facilidades que os “APPs”, sites de busca em geral e internet.
As pessoas não têm mais hábitos de ler jornais, revistas e um bom livro. As escolas não incentivam os alunos a querer ler ou discutir as leituras. Não tem mais rodas de discussão sobre os temas dos livros, jograis ou teatros.
As provas são online, as faculdades são EADs. Não tem mais grau de dificuldades nas escolas, passam os alunos sem saber o mínimo. É um estranho modo de viver.
Hoje é possível, você trabalhar sem sair de casa, como se isso fosse de fato possível. Não acredito em trabalho remoto. Sou daqueles que acredita na estranha presença física nos escritórios ou instituições. As entregas por remoto não são de fato conclusivas. Mas, acredito no trabalho “híbrido”, é o equilíbrio do século. As pessoas precisam respirar. Ter esse vão nas atividades presenciais, talvez ajuda no bom desempenho profissional.
As relações humanas estão cada vez mais difíceis, ninguém se compromete com a verdade, tornamos mais egoístas e centrados em nós mesmos. A quantidade de vezes que nós procuramos algo melhor para nós. Exemplo: no meio do exercício fiscal, um colaborador pede conta, no meio de uma temporada de feriados, uma camareira sai. Ninguém tem compromisso com os contratos assinados. Não se importam se seus empregadores também vão ter dificuldades por isso. Não olhar para os lados nos fazem pessoas más? Podemos ser demitidos, e quando somos nós que demitimos as empresas que trabalhamos? Será que estamos sendo corretos? Sair sem avisar, encontrar nova empresa e simplesmente sair sem olhar para trás.
No final, somos perfeitos? Somos seres compreensíveis? A verdade é que nos tornamos seres sem medos e com ambições exacerbadas. Queremos o melhor, e se possível, sem fazer muito esforço.
Verdade seja dita, o mundo mudou. Quando que a geração 60/80, teria coragem de pensar em saúde mental e se desligar de uma empresa assim, sem temer?
Sensacional! A humanidade aprendeu a entender que não somos eternos e que se for para molhar, precisa tomar uma boa chuva, sem guarda-chuvas.
Em compensação, nos tornamos seres sem paz, inquietos, ansiosos, depressivos e nada de fato, nos faz querer desistir do famoso: “primeiro eu, depois eu e eu”. A paz não está em nós, queremos ter o melhor carro que alguém tem, o melhor emprego que alguém um dia poderá ter e a melhor e maior casa que alguém já sonhou e nada está de acordo com seus padrões.
Ficar famoso sem ter feito algo extraordinário, ganhar dinheiro sem trabalhar muito, sem economizar. A maior geração de pessoas que não quer estudas todos os dias, não lê os materiais, não levam lápis e canetas nas escolas ou faculdades. Não estão dispostas a estudar ou ter trabalho de 08h ou mais.
Passam horas na internet ou jogos. Não entendem porque seus pais são pobres, não ajudam em casa, não arrumam suas camas, não trabalham e acordam tarde e o pior, são visitas em sua própria casa e não curtem finais de semana em família. Estão dentro de casa e mesmo assim, não praticam diálogos saudáveis com os pais. Rola conversa pelo Whatsapp, mas pessoalmente são invisíveis e até inimigos.
Medo, é uma palavra que não existe nesta geração. Parece que a formação da 5ª série prevaleceu e se integrou ao nosso mundo atual.
Paz? Ninguém tem uma fé real, brigam por tudo, não aceitam as diferenças sociais. A famosa “inclusão”, não é possível, pois cada um tem uma visão sobre o tema. A inclusão é possível entre seus iguais. Como explicar uma sala de aula de 25 alunos e uma inclusão? Seria humanamente possível que o tratamento de educação seja igualitário?
Em uma empresa, a inclusão tem outros problemas, mesmo que tenham que os tratá-los de forma mais natural possível e não julgar suas limitações profissionais, sempre tem problemas de adaptações, o que causa desconforto.
A vida na terra está cada dia mais estranha, as pessoas não preservam a natureza, escolhem morar nos grandes centros, sujam as cidades com seus acúmulos de lixos diários, invadem propriedades alheias e causam danos, escolhem o crime a uma vida digna, roubam, xingam idosos, maltratam crianças, provocam danos morais e corporais nas mulheres, não respeitam o próximo, não trabalham as horas que foram acordadas, depreciam a natureza, praticam o preconceito, denigrem as imagens por mero prazer em destruir pessoas e seus sonhos, criam imagens mentirosas nas redes sociais, são egoístas, mesquinhas, cruéis e são capazes de enganar para conseguirem o que querem.
Depois de tudo isso, é possível ter paz na terra em que vivemos? Talvez, se pararmos de acreditar somente no que nos faz melhores que os outros, se pudermos ser melhores juntos, talvez a humanidade tenha jeito.
Se os pais pudessem ser mais flexíveis com seus filhos e amá-los como pessoas e não como propriedade, se os filhos amassem seus pais como pessoas e não como caixa bancários, se os chefes amassem seus subordinados como profissionais que estão em busca de uma melhor condição de vida e se os subordinados vissem seus chefes como aliados nesta busca. Se as religiões fossem respeitadas e se pudesse escolher qualquer lugar do mundo para praticá-la, sem medo do terrorismo ou retaliação, se......São tantas dúvidas e medos, que não, não é possível este mundo ter paz.
Primeiro a paz deveria ser algo que partisse de um para o coletivo. Afinal, paz é equilibro, tranquilidade e harmonia. Não pode prevalecer a paz em zona de inveja, ansiedade, conflitos sociais. Não dá para ter paz se acho que sou melhor que o meu próximo. Não dá para ter paz, se ponho fogo no quintal e esqueço que pode ter alguém em outro lugar que pode estar doente, lavado roupa. Ser feliz é não pensar no outro? Se for assim, a paz não nunca existiu, nem mesmo nas grandes igrejas ou templo do mundo. As diferenças religiosas esqueceram o protagonista principal que deveria ser: “Deus”.
Para que o mundo possa ter paz, é preciso redescobrir o amar o próximo. Sem julgamentos, sem preconceitos, sem racismo, sem lutas religiosas, sem hedonismo, sem protagonismos e assim, podemos encontrar um mundo melhor e deixar que as próximas gerações continuem a trilhar um caminho tecnológico, porém com a visão de melhorias para as pessoas, com erradicação das doenças, descobertas de novas vacinas e um mundo onde criança é criança e não trabalha e nem namora. Jovem estuda e acredita no amanhã e adultos tem mais qualidade de vida e saúde.
Eu sou Cida Vitório e acredito em um mundo melhor.
