Vinicius "Talibã" Reinehr.

276 - 300 do total de 9024 pensamentos de Vinicius "Talibã" Reinehr.

A INSENSATEZ

Ah, insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor o seu amor
Um amor tão delicado

Ah, por que você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração, quem nunca amou
Não merece ser amado

Vai, meu coração, ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade

Vai, meu coração, pede perdão
Perdão apaixonado
Vai, porque quem não pede perdão
Não é nunca perdoado

Tom Jobim e Vinicius de Moraes
Álbum "Toquinho e Vinicius - O poeta e o violão"

Nota: Música composta por Vinicius de Moraes e Tom Jobim

...Mais

Canção Da Eterna Despedida

A noite é linda
inda palpita no mar
a lua cheia a se esvair em luar
Vem, ó minha amada
e fica linda e sem véu
como essa lua no céu

Eu sou o mar
Ó meu amor, diz que sim
E vem pousar o teu luar sobre mim
Vem que todo dia
cada noite tem um fim
só para nos separar

Ai, minha amada
madrugada chegou
e a sua luz me diz que devo partir
Mas meu coração
não compreende a razão
de me arrancarem de ti

É tanta a mágoa
desta separação
que já meu corpo chora a falta do teu
Que esses cantos meus
são como prantos de adeus
por me arrancarem de ti.

Tom Jobim e Vinicius de Moraes
Letra da música "Canção da eterna despedida", composta por Tom Jobim e Vinícius de Moraes.
...Mais

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve, mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar...

Tom Jobim e Vinicius de Moraes

Nota: Letra da música "A Felicidade"

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

ÁRIA PARA ASSOVIO

Inelutavelmente tu
Rosa sobre o passeio
Branca! e a melancolia
Na tarde do seio.

As cássias escorrem
Seu ouro a teus pés
Conheço o soneto
Porém tu quem és?

O madrigal se escreve:
Se é do teu costume
Deixa que eu te leve.

(Sê... mínima e breve
A música do perfume
Não guarda ciúme).

Cerra bem as pétalas do teu corpo imóvel e pede ao silêncio que não vá embora...

Vinicius de Moraes

Nota: Trecho de texto de Vinicius de Moraes.

É curioso, a alegria não é um sentimento nem uma atmosfera de vida nada criadora. Eu só sei criar na dor e na tristeza, mesmo que as coisas que resultem sejam alegres. Não me considero uma pessoa negativa, quer dizer, eu não deprimo o ser humano. É por isso que acho que estou vivendo num movimento de equilibrio infecundo do qual estou tentando me libertar. O paradigma máximo para mim seria: a calma no seio da paixão. Mas realmente não sei se é um ideal humanamente atingível.

Da morte apenas, nascemos imensamente.

E amai, amigos meus! Amai em tempo integral, nunca sacrificando ao exercício de outros deveres, este, sagrado do amor.

Inserida por olivaa

Amar o perdido deixa sem sentido esse coração.

Inserida por amadorcida

Beleza é fundamental.

Vinicius de Moraes

Nota: Trecho da poesia "Receita de Mulher", de Vinicius de Moraes.

Inserida por mgc

Eis a mulher amada! Seja ela o princípio e o fim de todas as coisas.

Inserida por scaleno

E é então que esqueço de tudo e vou olhar nos olhos de minha bem-amada como se nunca tivesse visto antes. É ela, Deus do céu, é ela! Como a encontrei, não sei. Como chegou até aqui, não vi. Mas é ela, eu sei que é ela porque há um rastro de luz quando ela passa; e quando ela me abre os braços eu me crucifico neles banhado em lágrimas de ternura; e sei que mataria friamente quem quer que lhe causasse dano; e gostaria que morrêssemos juntos e fôssemos enterrados de mãos dadas, e nossos olhos indecomponíveis ficassem para sempre abertos mirando muito além das estrelas.

Vinicius de Moraes

Nota: Trecho de "O amor por entre o verde" do livro Para Viver um Grande Amor

Inserida por relendo

Voltou-se e mirou-a como se fosse pela última vez, como quem repete um gesto imemorialmente irremediável. No íntimo, preferia não tê-lo feito; mas ao chegar à porta sentiu que nada poderia evitar a reincidência daquela cena tantas vezes contada na história do amor, que é história do mundo. Ela o olhava com um olhar intenso, onde existia uma incompreensão e um anelo, como a pedir-lhe, ao mesmo tempo, que não fosse e que não deixasse de ir, por isso que era tudo impossível entre eles.
Viu-a assim por um lapso, em sua beleza morena, real mas já se distanciando na penumbra ambiente que era para ele como a luz da memória. Quis emprestar tom natural ao olhar que lhe dava, mas em vão, pois sentia todo o seu ser evaporar-se em direção a ela. Mais tarde lembrar-se-ia não recordar nenhuma cor naquele instante de separação, apesar da lâmpada rosa que sabia estar acesa. Lembrar-se-ia haver-se dito que a ausência de cores é completa em todos os instantes de separação.
Seus olhares fulguraram por um instante um contra o outro, depois se acariciaram ternamente e, finalmente, se disseram que não havia nada a fazer. Disse-lhe adeus com doçura, virou-se e cerrou, de golpe, a porta sobre si mesmo numa tentativa de seccionar aqueles dois mundos que eram ele e ela. Mas o brusco movimento de fechar prendera-lhe entre as folhas de madeira o espesso tecido da vida, e ele ficou retido, sem se poder mover do lugar, sentindo o pranto formar-se muito longe em seu íntimo e subir em busca de espaço, como um rio que nasce.
Fechou os olhos, tentando adiantar-se à agonia do momento, mas o fato de sabê-la ali ao lado, e dele separada por imperativos categóricos de suas vidas, não lhe dava forças para desprender-se dela. Sabia que era aquela a sua amada, por quem esperara desde sempre e que por muitos anos buscara em cada mulher, na mais terrível e dolorosa busca. Sabia, também, que o primeiro passo que desse colocaria em movimento sua máquina de viver e ele teria, mesmo como um autômato, de sair, andar, fazer coisas, distanciar-se dela cada vez mais, cada vez mais. E no entanto ali estava, a poucos passos, sua forma feminina que não era nenhuma outra forma feminina, mas a dela, a mulher amada, aquela que ele abençoara com os seus beijos e agasalhara nos instantes do amor de seus corpos. Tentou imaginá-la em sua dolorosa mudez, já envolta em seu espaço próprio, perdida em suas cogitações próprias - um ser desligado dele pelo limite existente entre todas as coisas criadas.
De súbito, sentindo que ia explodir em lágrimas, correu para a rua e pôs-se a andar sem saber para onde...

Vinicius de Moraes

Nota: Trecho de Separação, Para Viver um Grande Amor

Inserida por relendo

Tudo é expressão.
Neste momento, não importa o que eu te diga
Voa de mim como uma incontenção de alma ou como um afago.
Minhas tristezas, minhas alegrias
Meus desejos são teus, toma, leva-os contigo!
És branca, muito branca
E eu sou quase eterno para o teu carinho.
Não quero dizer nem que te adoro
Nem que tanto me esqueço de ti
Quero dizer-te em outras palavras todos os votos de amor jamais sonhados
Alóvena, ebaente
Puríssima, feita para morrer...

Inserida por ccazi

CÂNTICO

Não, tu não és um sonho, és a existência
Tens carne, tens fadiga e tens pudor
No calmo peito teu. Tu és a estrela
Sem nome, és a morada, és a cantiga
Do amor, és luz, és lírio, namorada!
Tu és todo o esplendor, o último claustro
Da elegia sem fim, anjo! mendiga
Do triste verso meu. Ah, fosses nunca
Minha, fosses a idéia, o sentimento
Em mim, fosses a aurora, o céu da aurora
Ausente, amiga, eu não te perderia!
Amada! onde te deixas, onde vagas
Entre as vagas flores? e por que dormes
Entre os vagos rumores do mar? Tu
Primeira, última, trágica, esquecida
De mim! És linda, és alta! és sorridente
És como o verde do trigal maduro
Teus olhos têm a cor do firmamento
Céu castanho da tarde - são teus olhos!
Teu passo arrasta a doce poesia
Do amor! prende o poema em forma e cor
No espaço; para o astro do poente
És o levante, és o Sol! eu sou o gira
O gira, o girassol. És a soberba
Também, a jovem rosa purpurina
És rápida também, como a andorinha!
Doçura! lisa e murmurante... a água
Que corre no chão morno da montanha
És tu; tens muitas emoções; o pássaro
Do trópico inventou teu meigo nome
Duas vezes, de súbito encantado!
Dona do meu amor! sede constante
Do meu corpo de homem! melodia
Da minha poesia extraordinária!
Por que me arrastas? Por que me fascinas?
Por que me ensinas a morrer? teu sonho
Me leva o verso à sombra e à claridade.
Sou teu irmão, és minha irmã; padeço
De ti, sou teu cantor humilde e terno
Teu silêncio, teu trêmulo sossego
Triste, onde se arrastam nostalgias
Melancólicas, ah, tão melancólicas...
Amiga, entra de súbito, pergunta
Por mim, se eu continuo a amar-te; ri
Esse riso que é tosse de ternura
Carrega-me em teu seio, louca! sinto
A infância em teu amor! cresçamos juntos
Como se fora agora, e sempre; demos
Nomes graves às coisas impossíveis
Recriemos a mágica do sonho
Lânguida! ah, que o destino nada pode
Contra esse teu langor; és o penúltimo
Lirismo! encosta a tua face fresca
Sobre o meu peito nu, ouves? é cedo
Quanto mais tarde for, mais cedo! a calma
É o último suspiro da poesia
O mar é nosso, a rosa tem seu nome
E recende mais pura ao seu chamado.
Julieta! Carlota! Beatriz!
Oh, deixa-me brincar, que te amo tanto
Que se não brinco, choro, e desse pranto
Desse pranto sem dor, que é o único amigo
Das horas más em que não estás comigo.

Inserida por MarcusBraz

Existem muitas palavras para humilhar uma pessoa, mas só o silêncio destrói ela por completo

Eu sou o futuro do incerto
O oposto do talvez
A contradição do contraditório
A luz de jah.
Sou a água em pleno ar
Sou o contrario do que dizem
E o oposto do que pensam
Sou o certo de 2 minutos atrás
E o errado de agora
Sou o confuso do inconfundível
A certeza do impossível
Sou o louco da lucidez
A lucidez de um louco
Um louco como poucos
E um pouco louco
Sou o eu de mim mesmo
O dono das minhas idéias
Sou a palavra do silencio
A visão no meio dos cegos
Sou a ideia da certeza em plena duvida
Sou o contrário do que você pensa
E a certeza de quem sou eu
O equilíbrio do desequilibrado
O surto do descontrolado
Sou o soar do vazio
A voz da minha mente
Sou o cara aí de cima
Sou eu mesmo a falar.

Tudo muda rápido demais. E o pior é que quase nunca é pro bem. Pessoas que costumavam ser o seu porto seguro hoje nem te dizem oi.

Menina do anel, de lua e estrela
Raio de sol, no céu da cidade
Brilho da lua, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade
Manhã chegando, luzes morrendo
Nesse espelho, que é nossa cidade
Quem é você? Qual o seu nome?
Conta pra mim, diz como eu te encontro
Mas deixa o destino, deixa ao acaso
Quem sabe eu te encontro, de noite no baixo
Do brilho da lua, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade

Eu poderia escrever mil canções só pra você
Poderia te falar meus motivos pra gostar tanto de você
Me diz quando a gente vai se ver
Pra eu poder te abraçar
E tentar te explicar
A falta que você me faz
Eu não aguento mais
Ficar tão longe de você

O silêncio nem sempre representa falta de argumentos, mas, na maioria das vezes, fim de conversa.

Todos os dias te toco sem te tocar, todos os dias te beijo sem você me amar, o poder do imaginar é algo que me coloca em profunda tristeza e magoa.

A Vida

Ao ler esse cordel
Eu quero lhe contar
A história de um jovem
Que gosta de estudar.

Todo dia vai a escola
E faz sua lição
Ao terminar o dia
Vai para casa no busão. ( ônibus )

Ele tem objetivos
E deseja conquistar
Um dia no futuro
Quem sabe ele chega lá.

De muita gente na escola
Uma pessoa ele marcou
Para dar confiança
E todo seu amor.

E no fim desse cordel
Eu quero agradecer
A todos que leram
E puderam compreender.

( Me desculpem pelos erros )

E, pensando bem, no final, não perdi nada. Meus sorrisos? Eu os dava só pra você, todos eram por sua causa, você que os tinha posto ali. Aqueles olhares intensos e felizes aconteciam só quando você estava por perto… Então, você só me tirou tudo que me deu. E você? Você eu nunca tive pra poder perder.