SLSousa

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Último ato

É complicado as vezes nem eu sei o que estou fazendo de errado.
Vivo dando uma de durona,finjo que estou no controle,mas na real está tudo um caos,tudo indo de mal a pior.
Eu nem ao menos sei como faço pra recomeçar,nem ao menos sei por onde recomeçar.
Eu tenho medo de passar a ser insignificante,medo de ficar sozinha,medo de não encontrar ninguém que me ame de verdade.
Essa mentira de vida era tudo o que eu queria,tudo o que eu precisava,o que eu criei.
Machuquei tantas pessoas tentando não me machucar e nem notei o que estava fazendo.
Ao poucos fui deixando a escuridão entrar e agora tudo que eu sinto é vazio,tudo que sinto é momentâneo,nada é real,nada duradouro,é só uma grande armação,meu mundinho de mentira.
Corri tão depressa pra alcançar a aprovação e o orgulho das pessoas que esqueci de mim,de me agradar e de ter orgulho de mim mesma,eu não sinto orgulho do que me tornei,pq eu não passo de uma boneca,criada e moldada para servir e agradar.
Todas as vezes que abro os olhos,tenho a sensação de obrigação,sou obrigada a levantar,mas não é fácil,tudo me puxa pra baixo,queria dormir pra não ter que acordar mais,eu estou piorando,ansiedade e depressão,mas ninguém sabe,pq eu aprendi a disfarçar muito bem...
Agora já é noite e se encerra mais um ato...
Amanhã,luz,câmera e ação,viva o inferno sem coração.

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Tristeza

Nessa manhã abri os olhos e odiei ter acordado
Nunca foi tão difícil levantar
Havia tempo que não me sentia tão fria
Eu gostaria de voltar
Para o escuro do meu sono
Para o pesadelo meu dono
Apenas dormir e sofrer o dano
Que beleza!
Mas versos sobre a tristeza
A sinto com frequência com toda certeza
A melancolia se toronou adjetivo
Não me sinto vivo
De fato desisto
Pra ser cincero
Não sei por que ainda insisto
Estou para enlouquecer
Estou vendo meu mundo se desfazer
Estou presenciando fracasso
Está tudo dando errado
Pelos destroços coberto
Pela tristeza estou possesso
Dos prazeres me despeço
Sentirei saudades confesso
Mas estou perdido
Frustado
Estou partindo
Pra onde?
Para a minha cova
Onde minha alma chora
Estou indo embora
Já não existe motivos para ficar agora
Vazio e frio
Um grande nada
Uma vida amarga

Inserida por SLSOUSA

Nós

Você estava caindo aos pedaços
Pra te refazer eu me desfiz
Pelo teu bem eu fui infeliz
Você estava fraco
E eu te carreguei
Agora estou cansado
E vejo que errei
Você está forte
E eu precisei
Mas fui pisado e esquecido
Que grande sorte
Agora quero que transborde
Estou indo ao teu encotro
Pois sei que em teus olhos mora o infinito
Quando você cair
Eu vou está ali
Pois independente do que descobri
Eu sempre amarei quem me fez sorri
Estamos tão longe e tão perto
Somos tão errados e tão corretos
Somos tão felizes mas incertos
Parecia só mais um verso
Mas termine a leitura eu peço
Por um tempo estive incompleto
Mas uma coisa eu confesso
Ao te completar fui completo
Ao descobri que te preciso estive perplexo
Ainda não sei como aconteceu
Mas hoje vejo que sou teu
Tenho prazer em te ver
Quero que seja você
Pois me apaixonei pelo teu jeito
Com qualidades e deifeitos
Fica lindo sem jeito
O melhor lugar é em teu peito
Envolvido em teus abraços
Ouvindo teu coração no compasso
Em ritmo de paixão
Ouvindo sem parar
Um eu te amo baixinho que quero gritar
Sem me afastar um segundo que seja
Pois da minha melodia você é a letra
A batita perfeita
Nunca pedi pra ficar
Mas agora me recuso a te deixar

Inserida por SLSOUSA

Reticências

Fomos silenciados pelos gritos em nossas cabeças. Nós nos perdemos e precisamos entender o que aconteceu, estávamos apenas andado de mãos dadas e em um momento a luz se apagou e lhe perdi de mim. Lembro que estava bem ao seu lado quando aconteceu mas ao apagar das luzes não senti mas a sua presença.
Está noite jurei que não pensaria em você e foi em vão, quanto mais tento, mas longe fico, como se estivesse correndo pra você com tudo que tenho, mas, a cada passo que dou fico inda mais longe, você está lá, indo para mais longe. Sinto medo, não entendo e estou ficando desesperada...
Vejo que novamente a luz se ascendeu, mas, já não é o mesmo, você está ao meu lado e agimos como se não existisse uma imensidão em nosso meio. Estamos no automático, perdemos algo, algo importante.
Onde estão as malditas borboletas que eu sentia ao apenas ouvir a tua voz?
Onde estão os calafrios, os arrependimentos após um desentendimento, a graça das piadas bobas, onde está o caloroso “Eu te amo”?
Esse Blecaute nos destruiu, tu acha que eu quero atenção? Está errado. Eu quero você!
Não entende? Lembro bem que antes tudo que precisávamos era alguns passos em linha reta para fluir uma conversa boa sem logica ou preocupação. Não existia tempo ruim, nos dias bons estávamos bem e nos dias mal estávamos ainda melhores. Estávamos VIVOS!
E eu sinto falta do que erámos, sei que as coisas mudam, mas não gosto dessas mudanças. Parece que era mais divertido quando eu estava apenas não querendo estar com você, quando era apenas um passa tempo, quando não tinha mais nada, depois que passei a me importar, passei a amar, tanta coisa mudou. Talvez o erro seja ter passado do “Apenas sexo”. A intimidade nos trouxe acomodação, não nos importamos mais com nada, não nos esforçamos para absolutamente nada. Eu sinto muito, mas acho que devíamos deixar as luzes apagadas e apenas ir...ir para longe.
Eu só sinto falta...

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Vício

É engraçado como o universo conspira,
Se agita, suspira
Em prol de uma inspiração para um dueto
Um romance de Gueto
Uma paixão de becos
É incrível como o universo conspira por versos
Lendo e relendo os trechos e estrofes
Não tinha nem mesmo uma silaba
Quem dirá uma pela historia
Pois me tragam á ultima dose de alegria
Acendam a ultima chama de desejo
Você decide no que quer se viciar
Estou vibrantemente viciada em amar
Louca em teu doce beijo
Sinto –me abraçada por cada parte do teu corpo
Esta noite devo embriagar-me
Estou viciada nesta droga mal dita
Pois a ela devo minha vida
Finalizo a poesia
Pois se não percebes estou caindo
Quero voltar a minha pequena distração
Essa bela maravilha
Minha querida perfeição
Vicio que me excita
Me desmonta e arrepia
Vicio que me aquece
Me estremece
Me alivia

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Ódio

Eu te odiei
Pelo menos eu tentei
Falhei, confesso
Pois é sobre você meu verso
Quis odiar seu beijo
Mas não há outro que desejo
Quis odiar seu abraço
Mas não há outro em que me encaixo
Quis esquecer você
Mas passei a depender
Odeio seu sorriso
Odeio seus olhos
Esse caos castanho
Guarda um amor sem tamanho
Canto sobre suas curvas
Toco tua leveza
Encaixo-me na melodia da rua beleza
Em teu corpo está o que quero
Em tua boca está o que preciso
Clichê, talvez
Mas de ti necessito

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Nossas Notas


Lhe compus uma canção.
Mas não pude escrever
Essa canção que fiz não é apenas para os ouvidos
Essa desperta todos os sentidos


A introdução é meu pulso acelerado,
Meu coração sabe quando você está ao lado.
Dos teus olhos vinha a melodia;
E de teu sorriso, que melhora meu dia.


Ainda havia o calor dos teus braços,
Beleza na orquestra que tocava teus traços.
Os acordes me lembravam nossos passos,
As notas estavam no tom de nossos laços.


Era incrivelmente compatível,
Nossa música era inconfundível.
O ápice da canção estava em teus lábios,
Lembro bem, havia desejo em teu beijo.


Estávamos em uma sintonia aversa a esse mundo,
Os acordes perfeitos ao fundo,
Meu corpo que sobre o teu transpirava,
Ecoando no quarto o suspiro que ali me arrepiava.


Lhe compus uma canção,
A sintonia dos nossos corpos em profusão.




Mas quando dei por mim,
Não passava de um sonho,
Pois lembrei que você não estava ali.

Inserida por SLSOUSA

Jornada


No escuro viemos sozinhos.


Chegamos sem nada,
sem pudor, sem medos, sem malas.
Não temos marcas,
não temos dor,
nada.


Damos o primeiro passo
e conhecemos as cicatrizes:
o que é bom, o que é ruim,
as regras, diretrizes.
Passamos, corremos, lutamos,
caímos e levantamos.
Ambição, temor,
frio e calor.


Encontramos nesse turbilhão de informações
o amor vindo de inúmeras direções.
Com ele, a armadura que se usa
para previnir os danos.


Por fim partimos.
Agora com malas pesadas,
bagagens deixadas apenas como uma memória
para o acalento de quem ficou,
que já não nos pertence como foi outrora.


Agora? Escuro,
um frio cortante,
silencioso e barulhento
com nada mais do que as marcas
das guerras que travamos
Da corrida que inventamos


Partimos,
No escuro, vamos, sozinhos.

Inserida por SLSOUSA