Sabrina Niehues

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Lembro-me de ter chorado uma vez, como uma criança, em seu colo. Eu nunca havia chorado na frente de ninguém. Eu me senti um pouco ridícula. Mas naquele momento já não importava estar sendo ridícula. O que importava era que naquele momento eu estava esgotada. E ele estava lá. Me dando seu colo, como fazia quando eu era menor. Ele estava sempre lá, mas eu nunca pedia ajuda. Mas ele estava lá. Era só isso o que importava. Ele estava lá.

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Não há palavras que expliquem esse sentimento. Não existe mímica, nem desenho, nem nenhuma outra maneira de explicar o que sinto nesse momento. Não sei dizer se é dor. Se é amor. Se é saudade. Ou se é tudo junto.

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Agora somos eu e a madrugada
Somos nós e o meu quarto
Somos você e eu, também
Somos mais o Jacob Hemphill
Soando na noite quente
Somos também um ventilador
Para espantar o calor
Eu digo que somos nós
Mas ainda assim
Você não está aqui
Você está apenas em minha mente
E em meu coração.

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Falo a verdade sempre
Sinceridade na mente
E no coração da gente.

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Enquanto eu ouvir reggae, eu estarei segura.

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Eu fiz de tudo pra você permanecer
Eu nunca quis te esquecer
Eu não queria te perder
Eu amava amar você.

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Quando digo que está tudo tranquilo, não significa que está tudo bem. A tranquilidade nem sempre significa algo bom. Tem certos tipos de tranquilidade que enlouquecem.

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Festa pra mim é se sentir em paz.

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Apenas a natureza... Nossos pés descalços no gramado... Nossos cabelos ao vento... A noite sobre nós... Nossas mãos dadas... Seus olhos grudados nos meus... Nossos pensamentos interligados...

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Música é vida. Eu acredito que ela pode mudar as pessoas. Porque a música te traz lembranças, às vezes boas, às vezes ruins. E as lembranças, elas podem ser suicidas. Mas também podem ser renovadoras. Elas podem te colocar pra baixo, mas elas também podem te fazer sentir em paz. Podem te fazer sorrir. Podem te fazer feliz. A música renova nossas forças. Desperta sentimentos. E os sentimentos são o que somos. Somos nós. Nós somos a música.

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Vem,
Vamos ouvir a chuva
Sentir o cheiro da poeira
Ver a água cair
E pensar em viver.

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Os anos estão passando diante de meus olhos. Eu consigo olhar para trás e ver meu passado todo lá. Mas quando olho para frente, eu não consigo me ver em um futuro. Os anos passam, e eu estou sempre no mesmo lugar. Nem para frente, nem para trás. Mas, se você parar para pensar, não progredir já é regredir. Os anos estão passando diante de meus olhos mais uma vez, mas eu continuo aqui. Nessa mesma cidade, com os velhos amigos e agora sem nenhum inimigo. Acho que isso é algo bom. Conservar os amigos e esquecer dos inimigos. Eu tenho orgulho em dizer que já não os tenho mais, os meus inimigos. Porque acho que todos temos defeitos e qualidades. E se um dia fiz um inimigo, foi porque eu não soube perdoar seus defeitos, sendo que eu também tenho os meus. Mas os anos ainda estão passando, ainda diante de meus olhos, eu olho para trás e sinto falta de um certo tempo que sei que não voltará mais. Os anos estão escorrendo pelos meus dedos, eu sinto isso. Os anos passam, e eu sinto que estou envelhecendo. Já não sou mais a criança feliz que um dia eu fui. E também ainda não sou a adulta que nem quero ser. Ainda bem. Mas quando olho para frente, vejo que não demorará muito para isso acontecer. Sabe, às vezes o futuro me assombra, mesmo eu não o conhecendo. Acho que o futuro está longe. Mas se eu olhar para a frente, eu consigo ver apenas o que está um pouquinho mais perto. O que está bem diante de meus olhos. E eu vejo que o futuro será cada vez mais difícil. Os anos estão passando, e eu estou envelhecendo nessa velha cidade. Tranquila e pequena cidade. Eu gosto dela. É tão tranquila quanto uma brisa de verão. E é tão pequena quanto eu fui um dia. Eu apenas sinto que estou envelhecendo. Como a areia de uma ampulheta. Estou esvaindo com o tempo. É assim que eu me sinto. Como uma velha senhora de 80 anos. Me sinto cansada por fora e por dentro. Cansada na mente e na alma.

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Tem gente que diz que temos todo tempo do mundo. Outros dizem que não temos tempo á perder. Eu já sou mais a segunda opção. Acho que devemos viver é hoje. E não esperar para viver amanhã. O tempo é precioso. Não sabemos quando ele acaba. Então viva hoje. Mesmo que você tenha todo tempo do mundo, viva hoje. Eu tenho certeza que no final dessa jornada você não terá se arrependido de ter vivido. Mas, se você viver esperando o tempo de amanhã, talvez você acabe se esquecendo de viver. Quando você vê o tempo acabou e você nem viveu.

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Eu vejo gente roubando. Vejo gente matando. Vejo gente morrendo de fome, de sede, de frio. Vejo gente morrendo doente. Porque aqui não tem políticos bons. Mas também não tem um povo honesto. Que vote correto. É por isso que esse país não vai pra frente. Nem esse país, nem aquele continente. Eu vejo muita gente, um continente, morrendo sem ter o que comer e beber. Morrendo doentes. Eu vejo tudo isso e sinto vontade de mudar alguma coisa nesse mundo ruim. Mas eu fico só na vontade. Sou só um pequeno ser humano que não conhece nada desse mundo grande e dessa gente doente. Se eu pudesse mudar algo, mudaria todo esse sofrimento. Eu levaria comida aos rastejantes de fome. Levaria água aos sedentos. Levaria uma casa aos andarilhos. Levaria o calor aos que passam frio. Eu levaria a paz aonde há guerra. Mas o que posso eu, um peixe pequeno e só, fazer no meio de um oceano aberto?

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Vejo gente
Morrendo doente
Esse país não vai pra frente
Nem aquele continente...

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Os rastejantes de fome

Era uma vez, em um continente bem grande e quente, um monte de criancinhas e gente grande que morria de fome e de sede. Nesse continente, as criancinhas rastejavam pela areia do deserto atrás de comida. Às vezes as mães dessas crianças faziam bolinhos de barro para eles comerem. Eles não tinham nada. E ainda tinham os urubus que vinham comer essas criancinhas. E, às vezes, esses urubus nem esperavam as criancinhas morrerem para atacarem. Uma vez um homem presenciou uma cena assim. Esse homem, não suportando toda essa injustiça e sofrimento, tirou a própria vida. Tem coisas nesse mundo que não são dignas de serem vistas. Agora imagine ser vivida. Pode parecer uma historinha bem assustadora. Mas é uma historia real.

Inserida por SabrinaNiehues

Fique a me olhar
Venha me amar
Eu vou estar
Em qualquer lugar
Onde você me procurar

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Todos os dias
Eu vou até a frente de casa
Eu espero você passar
Eu fico á imaginar como seria
Ver você vindo até mim
Sorrir para mim
Ou então
Apenas me olhar

Inserida por SabrinaNiehues

O amor
É como uma flor
Floresce
Dentro de nós, cresce
Às vezes desaparece
Rápido demais
Como aparece.

Inserida por SabrinaNiehues

À ele
Que sempre me defendeu
Sempre me protegeu
Sempre me amou
E por mim morreu.

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Olhos Cor do Céu

CAPÍTULO 1:

Era meio-dia. Minha chegaria em casa a qualquer momento para o almoço. Agora estou sentada à mesa da cozinha apenas esperando ela chegar para almoçarmos. Ela chegou.
- Oi, Pretinhaaaa! – ela se referiu à minha cachorra, que se chama Pretinha e que já estava aos pés dela quando entrou. – Oi, filha, tá pronto o almoço?
- Aham.
- O pai não ligou?
- Não.
Meu pai e meu irmão estão acampando. Esqueci de dizer. Então, minha mãe e eu estamos almoçando sozinhas. Hoje é sexta-feira, e eles saíram hoje cedo de casa. Voltam só domingo.
Bom, hoje é sexta, isso significa que tenho que limpar a casa hoje à tarde e que ainda tenho aula à noite. A notícia boa é que hoje tenho aula de educação física. E sabe por quê isso é bom? Porque verei meu professor lindo e apaixonante.

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Olhos Cor do Céu

CAPÍTULO 2:

São seis e cinquenta e cinco da tarde, agora. Daqui a cinco minutos tenho de estar na escola. Então, tô saindo de casa agora. Já na escola, acabo de ver minha amiga, Amélia. Ela vêm correndo ao meu encontro. Isso só pode significar um assunto: Garotos!
- Amanda, você não vai acreditar.
- Oi pra você também, amiga. Então, qual é o garoto da vez?
- Tá vendo aquele garoto ali, encostado na parede?
- Aham. Mas eu nunca vi esse garoto por aqui. É iniciante, não é?
- Sim. E você não vai acreditar. Essa belezura vai estudar com a gente, tá?
Fiquei perplexa. Esse garoto vai estudar com a gente? Não pode ser. Sabe, não sou muito louca por garotos, mas esse com certeza vai tirar a minha pouca concentração nas aulas.
- Não acredito. Não pode ser. Agora sim eu reprovo de ano.
Nós rimos. Então o sinal bateu.

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Olhos Cor do Céu:

CAPÍTULO 3:

Entramos na sala. A primeira aula era de português. A secretária entrou na sala logo em seguida, acompanhada do tal garoto. Ela disse:
- Boa-noite turma. Então, eu vim aqui apresentar à vocês o novo colega de vocês. O nome dele é Gabriel. Então era isso professora, brigada. Boa-noite, segundo ano.
Então, a professora disse:
- Pode se sentar ali na frente da Amanda, Gabriel.
Santo Deus. Não pode ser. Eu já não era boa em português, agora então...
Todos ficaram me olhando, principalmente as garotas. Então ele disse:
- Legal, mas quem é a Amanda?
Caramba! Todos olhavam para mim. Os olhos das garotas iam de mim para Gabriel. Então, para ser gentil, levantei a mão.
- Eu.
- Ah, legal.
As garotas não paravam de olhar para o Gabriel. Elas o olhavam, riam e cochichavam baixinho. Então a professora perguntou:
- Então, Gabriel, você veio de que escola?
- Eu vim da Escola Ermelinda Ramos.
- Hum. Então você morava em Rio do Sul?
- Aham.
- E quem era a sua professora de português lá?
- Se chamava Jacira Silva.
- Hum, sei. Então, seja bem-vindo aqui, Gabriel.
- Obrigado.
Então a aula começou. E aqueles cabelos pretos bagunçados pelo vento à minha frente.

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Olhos Cor do Céu

CAPÍTULO 4:

A aula acabou e, como eu já havia previsto, não consegui me concentrar em uma única palavra da professora. Nós fomos para o recreio, então a Andiara começou:
- Meu Deus, Amanda! Que sorte a sua, hein? Caramba! Eu queria ser você. Acho que todas as garotas da sala queriam naquele momento. E então? A letra dele é bonita? Ou ele não fez nada a aula toda que nem eu?
- Hahaha. Ele fez sim. E sim, a letra dele é bonita até demais pra um garoto. Me surpreendi.
- Uau. E como foi passar 40 minutos olhando pra ele?
- Eu é que te pergunto. Creio que você e todas aquelas garotas devem ter "secado" ele.
- Ah, sim, todas mesmo. Bom, eu não prestei atenção a nada, como de costume.
Nós duas andamos pela escola durante o intervalo da aula e, como nem se quer esperávamos, encontramos o Gabriel encostado à mesma parede, com um pé apoiado nela. Ele estava lindo, vestido com uma camisa vermelha da escola, com uma bermuda jeans azul clara e com tênis All Star preto. Ele olhava ao redor, observando as pessoas e a escola.
O sinal bateu e nós voltamos às aulas. Tudo continuou como antes. As garotas agora já não estavam mais suspirando tanto quanto antes. Mas ainda o olhavam como se ele fosse feito de ouro.
Bateu o último sinal das aulas, o que quer dizer que todos guardaram o material voando e correram para os ônibus. Eu, como de costume, nem dei muita atenção. Esqueci de avisar, mas eu moro praticamente na frente da escola. A Andi guardou o material correndo, me deu tchau e foi embora. Porque ela não mora na frente da escola, infelizmente.
Eu estava saindo da sala, sem pressa, quando olhei para o lado e vi o Gabriel. Para o horror de meu coração, que disparava forte demais, ele olhou para mim e disse:
- Você não vai de ônibus?
- Ah, não, eu moro aqui perto.
- Ah, que legal. Eu também. Você mora aonde exatamente?
- Sabe a loja de eletrônicos que tem aqui em frente?
- Sei.
- Então, tem uma casa rosa claro do lado. Eu moro ali.
- Não brinca. Então a gente é vizinhos.
Ele disse isso com um sorriso enorme no rosto. Parecia estar sinceramente contente com a novidade. E eu, nem precisei forças sorriso algum.
- Sério? Que legal. Mas você mora aonde?
- Eu moro num apartamento logo acima da loja de eletrônicos. Tem dois ali. Um é da dona, e outro, mais atrás, é onde eu moro. De aluguel, é claro.
- Ah, que legal. Então a gente mora bem perto, mesmo.
- É.
A gente já estava na frente da minha casa. Então eu disse:
- É aqui. Então, boa-noite, Gabriel.
- Boa-noite, Amanda.
Eu entrei em casa, sem olhar para trás.

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Olhos Cor do Céu

CAPÍTULO 5:

Cheguei em casa. Minha mãe estava indo dormir. Eu disse à ela que também ia. Dei boa-noite à ela, entrei no quarto e fechei a porta. Um tanto alegre com a noite de hoje, guardei a mochila, troquei de roupa e liguei o laptop. Na internet, contei as novidades à Andi... Ela ainda não estava online, então resolvi esperar.
Enquanto esperava, fui à janela do quarto. A janela da sala do apê dele ficava bem em frente à do meu quarto. Eu sabia que era a janela da sala porque eu já estive nesse apê antes dele morar ali.
Mas então, quando abri minha janela, levei um susto. Ele me observava da janela da sala. Franzi a testa e abri a janela. A dele já estava aberta. A gente ficou se encarando alguns segundos, então ele disse:
- Então essa é a janela do seu quarto?
- Aham.
- Legal. Essa aqui é da minha sala.
- Eu sei.
- Sabe?
- Aham. Eu já entrei aí nessa apartamento. Antes de ficar pronto, claro.
- Hum, legal.
- É... Então, você costuma dormir que horas?
- Depende. Mas costuma ser tarde.
- E o que você faz na madrugada?
- Eu fico na internet, ou lendo livros, ou fazendo tarefas, ou ouvindo música e...
Ele parou de falar. Não sei por quê. Nem sei de devia perguntar, mas perguntei.
- E...?
- Bom, acho que devo dizer, “escrevendo”.
- Escrevendo?
- É, escrevendo coisas. Mas não quero falar sobre isso.
- Ah, claro, tudo bem. Bom, então acho que vou dormir. Boa-noite.
- Boa-noite.
Fechei a janela. Ele também.

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