Rayron Oliveira

Encontrados 7 pensamentos de Rayron Oliveira

Minha alma se encontrava aflita, gélida, úmida, vagando por imensos vazios. Cansada de abrigar-se em meio ao nada. Onde só lhe sobrara dor e más lembranças. Onde cuspiram e fizeram de sua passagem árdua, sofrida e perigosa para sua evolução. Onde quase lhe puseram no inferno rodeada de tudo, menos de amor, como lhe fora prometida.

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Eu velejava em você! Mas acabei afundando.

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Talvez o problema não esteja na semente que tu vieras ter plantado, mas sim no solo que tu escolhestes para florir. É preciso saber as procedências da terra antes de semear. O amor pode ser como uma semente, e o coração como um solo. Não adianta regar amor em um coração que não é fértil.

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Eu sempre te amei, só que calado, de longe. E procurava nos outros todos os seus gostos, jeitos e trejeitos; mas não teve jeito, não era você.

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Suas mentiras sufocaram meus sentimentos e pisaram no amor que fluía, que crescia e insistia em nós dois. Porém,mentiras acabam! E se não acabam, eu as ponho um fim.
- foi assim que sepultei meu amor.

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Ele se embrenhava na mata a procura de si mesmo. Sozinho. Sempre sozinho! E a única presença que existia a sua volta, eram as árvores e folhas secas no chão. Fora isso, apenas ele e o vazio que existia na mata e dentro de si.

Ele não sabia se a mata encontrava-se deserta ou o deserto encontrava-se nele. Ou se ele encontrava-se na mata deserta, ou a mata deserta encontrava-se nele e como ele, deserto.

E na medida em que adentrava aquela vasta e vazia mata, menos o reconhecia e, assim, se perdia nas folhas e sem si.

Era tudo muito confuso, cheio de nada! Vasto, verde, vazio e confuso.

O único momento que parecia ter se encontrado, foi quando viu pela primeira vez um redemoinho passando a sua esquerda, arrancando árvores e espalhando poeira.

Galhos quebrados e bichos desabrigados.

Tudo se tornava oco. Ele era oco. E a cada minuto um buraco enorme crescia e lhe diminuía, transformando-o em nada.

Desesperado para saber quem realmente era, correu até um lago e tentou olhar seu reflexo através da água. Apenas as rochas no fundo do lago e o céu refletido na água que corria límpida e cristalina.

Sua boca seca e amargurada não dizia palavra. Nada, nenhum som. Sufocado por mãos que não lhe tocavam, porque não havia ninguém alí; a não ser ele e o nada ( que era tudo a mesma coisa, inclusive nada ) carregou a si mesmo até um penhasco, fechou os olhos e se jogou.

De oco e vazio; de desespero e solidão, (...) ele intensificou seu nada. Findou. Antes de saltar do penhasco e desfazer-se lentamente na escuridão de seu 'eu', ele procurava a si, que era o nada, e, no entanto, já era alguma coisa. Mas de tanto procurar e não se contentar, acabou encontrando o nada, o fim, ou nem isso.

Quando abriu seus olhos, na parede de seu quarto o relógio marcava 06:30; ele sabia que estava extremamente atrasado, como sempre esteve, mas não se assustou. Fazia décadas que não sentia emoção alguma, a não ser quando estava a dormir.

Do lado de fora, uma tempestade enorme caia e alagava as ruas de seu bairro. Tudo aquilo que acontecera não passava de um sonho. Ou seja: mais um não realizado.

E apesar de estar muito atrasado, recusou levantar-se da cama. Na verdade não conseguia.

- É que o peso da existência torna-se cada vez mais denso as 06 da manhã.

E vazio, cheio de nada, ele seguia.

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⁠Para além dos corpos eu quero sentimento.

Minha boca tem sede da tua.
Meus olhos pedem tua alma nua.
Meu olfato sente teu cheiro se derramando entre minhas pernas, trêmulas.
Mas o meu tato, aah... Meu tato vagueia por entre os corpos sem alma, sem calma, só por um momento.
Pois, para além dos corpos, eu quero sentimento.

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