Preta Gil
Não é fácil passar pelo que passei e continuar sorrindo, sendo positiva.
Desde o início da minha luta contra o câncer, (...) fico buscando o propósito de estar passando por isso tudo. Entendi bem cedo que um dos propósitos era levar informação e, com a minha história, fazer diferença na vida de outras pessoas.
Um riso pra esquecer
Um gol pra se gritar
O sol já vai nascer
Mil ondas pra pular
Um voo de beija-flor
Flutuando no ar
O tempo me contou
Que tudo vai passar
Envelhecer é inevitável, então que seja com dignidade, com aprendizado e com gratidão.
A vida me deu a chance de enfrentar um câncer, de terminar relações que não me enriqueciam e de começar outras.
Eu sinto medo. Mas também tenho muita coragem. É uma dualidade que pode parecer estranha. E, por mais que eu me amedronte, tenho um impulso que me faz ir para frente. Aos 50 anos, acho que metade do meu caminho foi trilhado. E eu sou quem eu quiser ser.
Ter medo não é o problema. O problema é quando o medo te paralisa, é quando o medo não te dá outra oportunidade, é quando o medo não te deixa enxergar aquela porta aberta.
Eu tenho uma fé enorme. Eu me apego a ela em momentos difíceis.
Hoje o corpo que eu tenho é esse, eu não tenho outro, eu não fiz outras escolhas. Esta sou eu e meu corpo carrega tudo o que vivi, tudo o que fiz, e tenho muito orgulho de ser quem eu sou.