PhilipeThomsen
Olhas estas flores 
- olhas tu que estão sendo arrancadas 
Olhas as árvores 
- olhas tu, estas sendo desmatadas 
Olhas as águas 
- olhas tu, estas virando esgoto 
Olhas as aves 
- olhas tu, estas caindo 
Olhas o sangue 
- olhas tu, que este escorre 
Olhas o ferro 
- olhas tu o tubo da arma 
Olhas o chumbo 
- olhas tu as balas derramadas 
Olhas o fogo 
- olhas tu o incêndio 
Olhas os seres 
-olhas tu ser imperfeito 
Prostitutas e ladroes 
Que usam o fogo a chumbo 
Que nasce do ferro 
Que mata as árvores, as aves 
Os seres 
Que me mata '
Olhas os teus olhos 
- olhas tu que já estou cego 
Olhas teus ouvidos 
- olhas tu que já não escuto mais 
Olhas a tua boca 
- olhas tu que dela não saem palavras 
Olhas os teus dedos 
- olhas tu que já não os mexo mais 
Olhas tua vida !!
- olhas tu, que Deus me abandonou, olhas que já morri, abra seus olhos, você já está morto
Quero perder de vez sua cabeça
minha cabeça perder teu juízo
quero chorar fumaça de óleo diesel 
Me embriagar até que alguém me esqueça
Ela era bebada, que se arrastava pelas fossas murmurante, dos rios, das enxurradas, e a única coisa que tinha, era material
Me ponham aos olhos 800 réis de 18, e me vistam um terno com um baralho e um isqueiro trabalhado, quando estiver descendo, quero que toque queen mary funeral march a laranja 
Se alguma lágrima cair, ficarei desapontado com você
Não havia coisa mais bela, seu rosto era inocente, a coisa mais linda já vista, fomos apenas crianças, que corriam e caiam, crescíamos juntos, lado a lado, e eu a amava, amava mais que tudo, pois não havia mais nada à amar, mas me magoei chorei inúmeras vezes durante ela, e como qualquer coisa, que não dá certo, eu terminei com ela.
À minha vida
"Este mundo bêbado e torto"
Ah!
Este mundo 
Desses dias em que aqui passei 
Me foi fundido a fogo quente 
O meu pecado 
Não te assustes 
Nasceste ao lado do meu também o seu pecado 
Doce ele era , pequeno e ainda criança, apenas 
Sorria... Sorria... E sorria 
Este sorriso branco, a quem lhe foi concedido 
Tão branco, quanto a pureza de meu ser 
Tão branco... Tão branco... Tão branco 
Mas, o que a de branco, se só existe o pecado ?
Aquele pecado vestido a couro 
Couro, tão sujo quanto ele 
E aquela barba por fazer
Escondendo seu rosto gordo e fedorento...
Basta! Não quero mais viver
Não quero mais viver neste mundo 
Não neste fedorento mundo 
- ah, é?! E o que a de tão fedorento nele ?-
Simplesmente seu hálito 
Que denuncia seu pecado 
Como pode?
Você que era mundo 
Se faz pecado 
Meu pecado 
Seu pecado 
Nosso pecado 
- e o que vai ser, hein?-
Um uísque escocês 
Para afogar as mágoas 
Afogar meu doce pecado 
Engoli-lo sem dor
E para tira-gosto 
Uma porção de amendoim torrado 
Para não sentir mais o gosto, deste tal de pecado
