Paulo Silva Lamelas

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Às vezes, e são muitas, questiono-me demasiado sobre conceitos indeterminados. Pergunto-me muitas vezes sobre os sentimentos - os dos outros, os meus. Coloco em causa tantas coisas à procura de respostas que acabam por se traduzir numa mão cheia de nada. Que seja tudo, que não desistas de mim.

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Chamar-lhe amor ou não, é um mero esforço linguístico de denominação de sentimentos, de realidade não conceptuais. Mais importante do que uma mera palavra é sentir e agir.

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A persistência de memória é o meu estado de alma constante. Perguntou-me, como ontem, demais; e como ontem, racionalizo o mundo, os outros, a mim próprio, demais.

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Há tudo em não se sentir nada.
O nada é tudo, numa alma descrente,
e o tudo é a abismal naufragada,
da vida, do que deveras sente.

Há tudo em não se ver nada.
A cegueira da alma que eu desejo
e o tudo, para mim, é este nada,
expressado num fingido lacrimejo.

Há tudo em não se ser nada:
o não ser que eu hoje serei,
fugido do corpo, da alma lavada
e do sentimento fugaz que já não terei.

Sou nada mas também serei tudo,
aquando da minha insensibilidade desejada
que espero, anseio, calado ou mudo,
sentado na hora inesperada.

Sei tudo mas não saberei nada,
pois vivo como um humano infiel
à sua natureza outrora criada
e que hoje recuso em papel.

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