Paullo Sergyo
A mais reprovável indelicadeza de um homem consiste em suscitar o afeto de uma mulher, sem nutrir a mínima intenção de corresponder a tal sentimento.
Concedo-te plena liberdade para sentires minha ausência, caso acaso eu de fato faça falta. Possuis meu contato, ou melhor, meu coração; assim, se acaso desejar comunicar-se comigo, que sejas tu a procurar-me.
O que somos senão o eco dos nossos próprios pensamentos, refletidos no silêncio das escolhas que fazemos.
A eternidade não reside no tempo, mas na profundidade com que vivemos cada instante — o agora é a única forma palpável do infinito.
Há tormentos que não gritam — apenas sussurram dentro da consciência, travestidos de rotina, enquanto corroem o ser pelas frestas do inconsciente.
Ainda que os sóis fenecessem e o firmamento se rasgasse em penumbra, meu afeto por vós não feneceria; pois jaz em mim como promessa lavrada em pergaminho e selada com o lacre do tempo idoso.
“O tempo não é uma linha reta, mas um espelho que nos obriga a confrontar o que realmente valorizamos na imensidão do universo.
A solidão do espaço não assusta tanto quanto o ônus da escolha entre salvar o mundo e abandonar quem se ama.
Mesmo que os séculos nos separem e os céus nos escondam, meu coração há de reconhecer o teu em qualquer lugar da criação.
Que as eras nos separem e os confins do universo nos ocultem; ainda assim, um coração distante encontrará o eco do seu, rompendo as barreiras do tempo e do espaço em nome de um elo eterno.
De ti, restou-me o inebriante perfume da tua ausência — e as palavras não ditas, que o tempo, implacável, se levou antes que pudessem nascer.
Somos o eco do que escolhemos em silêncio — e o mundo, apenas um espelho que repete nossos abismos.
Às vezes, o que chamamos de 'eu' é só um abrigo improvisado que a mente construiu para suportar o peso de ser.
A essência do ser reside na simplicidade do sentir, onde o tempo é mera ilusão e a plenitude, a única métrica.
O vínculo afetivo construído na mais tenra espontaneidade configura o alicerce para a percepção genuína do eu e do outro.
Juro-te amor eterno, não pelo amanhã incerto, mas pelo instante em que teus olhos me revelaram a melodia de todos os meus dias.
A maestria do poder reside em moldar a percepção, pois a realidade, em sua essência, é aquilo que os outros acreditam que ela seja.
Compreender a fragilidade do ego alheio é a chave para manipular as cordas da obediência, transformando a insegurança em um instrumento de sua vontade.
Com a astúcia de uma cobra e a graça de uma flor venenosa, ela tecia sua teia de influências, conquistando corações e mentes sem jamais revelar a verdadeira extensão de seu domínio