padilha
" Um dia, não me lembro qual, criei minha oração favorita; simplesmente repito: “Que seja feita Tua Vontade; só me mantenha de pé” "
"(...) acreditava que ele não entendia o mundo e a vida de verdade. Onde o sobrevivia quem tivesse mais influência. E o dinheiro sempre sobrevivia"
A Mão, Rafael Padilha
"O dinheiro, por mais que o acumulasse e que continuasse a servir pra afrontar a morte, nunca poderia comprar a razão certa para viver"
A Mão, Rafael Padilha
"Quando o homem vive no estado de natureza e é regido pelos apetites, não existe nesse momento nenhuma imoralidade. Só que não vivemos mais ali. Quando o leopardo devora uma presa, ou mesmo quando uma leoa come seus filhotes, eles o fazem por natureza, não é imoral nem moral. Quando a tempestade, com sua força destrói, não há injustiça mesmo que destrua cidades inteiras. Quando o homem, na selva, age regido pelos seus apetites, mata para comer, ataca para copular, segundo Hobbes, não há nisso nenhuma imoralidade, é a mais estrita naturalidade animal. Acontece que o ser humano é um predador que nunca teve pretensão de viver em sociedade de forma pacífica. Quer saciar seus apetites na sociedade como o faria na mata se ainda não tivesse descido das árvores. E para se tornar um ser social era preciso que aceitasse um acordo tácito entre os homens, abdicando de parte da sua liberdade para não viver em um mundo de total selvageria. Uma selvageria que ainda assim sobrevivia sempre à espreita, mesmo sob suposto controle das leis"
A Mão, Rafael Padilha
"E sabia que neste ponto o tempo havia sido justo. Porque havia lhe forçado a entender que a vaidade não valia de nada. Nunca"
A Mão, Rafael Padilha
"Enquanto eu estiver de pé eu não vou parar de lutar, enquanto eu tiver braços eu não vou parar de abraçar e enquanto eu viver eu nunca vou DESISTIR"
É preciso torna-se fênix para renascer integrado a natureza e fazer parte de si mesmo para começar a formar um novo tempo. Precisamos viver e respirar para entender que não devemosseguir a vida como o tolo Coelho da Alice.
Quando eu morrer, não quero choro nem velas; Quando eu morrer quero flores amarela, shot de Tequila, e piadas que eu não entendería.
Quando eu morrer quero em minha lapide " viajou muito, é agora fez sua última parada".
*O INDECISO*
Não sei se vou
Não sei se fico
Se eu fui
É porque não fiquei
Se eu fiquei
É porque não fui...
Amor cafajeste
Amor!
Olhares, desejos, promessas de paraíso...
depois risos, depois flores, depois beijos.
Depois...
Depois amor?
Depois nada.
Nota mental: fotografar mais as pessoas e menos as coisas. Porque daqui ha alguns anos você vai querer lembrar daquela ruguinha do seu pai quando ele sorria, do cabelo da sua melhor amiga, quando ela pintou de ruivo ou de como você e seu esposo se abraçam no inverno. E ai qndo estiver procurando essas fotos pra ajudar sua memoria e afagar seu coraçao, voce só vai encontrar fotos de comidas, sapatos, lugares e coisas. Coisas que sem as pessoas que voce ama, sao só coisas. Que sempre estarao lá. E as pessoas?
DESEJOS E PENSAMENTOS
O desejo toma meu ser!
Ser em busca de vida nova,
florescência contida pelos vícios
que ainda veste de andrajo
um ser desejoso de perfeição
Tempo de desejar,
nova vida que desponta
de pensamentos e inícios.
Às vezes, no meio da vida, entre correrias e pausas, nós nos detemos. Vemos a vida, a nossa, a dos outros. Observamos, meditamos, fazemos silêncio.
Sempre fico confuso diante da pergunta que a vida nos faz: “Como vai você?”. É como se a pergunta fosse uma armadilha ou viesse já com a resposta inclusa; como se, em cada instante, tivéssemos de responder que estamos bem, que as coisas estão andando, que somos felizes.
Mas talvez não seja assim. Porque a felicidade não é este estado permanente de paz infinita que nunca alcançamos. A felicidade se compõe de momentos, de lutas, de sonhos, de fracassos, de tentativas, de esperas, de descansos, de encontros, de surpresas.
Às vezes, podemos pensar que nossa vida é cinza. Então é hora de lembrar do relato de Giovanni Papini, que escrevia sobre seu velho relógio parado às sete horas. Esse relógio, duas vezes ao dia, se unia a todos os relógios que, em sua louca correria da vida, paravam por um momento nesse ponto. No resto do tempo, ele permanecia imóvel, inútil, inservível. Mas havia momentos nos quais tudo encaixava e fazia sentido.
O escritor sabia que a vida está composta por momentos nos quais nos sentimos plenos, descobrimos um sentido, curtimos e sonhamos: “Também eu estou parado em um tempo. Também eu me sinto preso e imóvel. Também eu sou, de alguma maneira, um enfeito inútil em uma parede vazia. Mas desfruto de fugazes momentos em que, misteriosamente, chega a minha hora”.
E continua: “Durante esse tempo, sinto que estou vivo. Tudo fica claro e o mundo se torna maravilhoso. Posso criar, sonhar, voar, dizer e sentir mais coisas nesses instantes do que em todo o resto do tempo. Estas conjunções harmônicas se dão e se repetem uma e outra vez, como uma sequência inexorável”.
Porém, junto a estes momentos de luz, de plenitude, há muitos momentos de silêncio, de espera, de anseio. A vida é assim.
E quando pretendemos viver tudo com a mesma intensidade, quando pedimos à vida o que ela não pode nos dar, quando nos desesperamos ao ver que não temos essa felicidade da qual tanto falamos, então, ao ver que, em muitos momentos do dia, nossa hora não coincide com a hora da vida, podemos acabar ficando tristes e sem esperança.
A vida tem muitos momentos de luz. Ah, se tivéssemos pelo menos dois momentos no dia como os desse relógio parado! Seriam muitos. O importante é pensar que Deus também está presente nesses outros momentos de cansaço, de rotina, de esquecimento, de neblina.
Sim, Ele continua aí, sustentando a sua vida. Abraçando os seus silêncios. Alegrando a sua espera. Sim, aí, quando ninguém parece enxergá-lo, você o vê, sorri e se alegra na espera. E sonha forte. E anseia intensamente. E talvez deseje que lhe perguntem: “Como vai você?”, para responder que está ótimo.
Agradeça pela vida. Ainda que às vezes você não a entenda. Ainda que às vezes você caminhe sem respostas. Construa com suas palavras. Sustente vidas estremecidas. Levante-se e alegre-se. Contemple em silêncio. Você tem luzes e sombras. Noites e dias. Chuva e sol. Como a própria vida.
E o relógio nos recorda que fomos feitos para o eterno. E que, na vida, vislumbramos tenuamente o que seremos.