O Sufismo no Ocidente

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O REI E O LOBO

Certo rei decidiu domesticar um lobo e transformá-lo em um cão dócil. Seu desejo baseava-se na ignorância e na ânsia de que os outros aprovassem e admirassem sua atitude, o que é causa freqüente de muitos problemas neste mundo. Fez com que tirassem de uma loba um dos seus filhotes recém-nascidos, e que fosse criado entre cães domésticos.
Quando o filhote de lobo cresceu, foi levado diante do rei e durante vários dias se comportou exatamente como um cão.
As pessoas que viam esse fato assombroso ficavam maravilhadas e pensavam que o rei era extraordinário.
Agindo de acordo com essa crença, fizeram do rei seu conselheiro em todas as coisas e lhe atribuíam grandes poderes. O próprio rei acreditou que o que acontecera era quase um milagre. Um dia, quando estava caçando, o rei ouviu uma matilha de lobos que se aproximava. Quando os animais chegaram perto, o lobo doméstico deu um salto, mostrou as presas e correu para lhes dar as boas vindas.
Em poucos segundos desapareceu, de volta aos seus companheiros naturais.
Esta é a origem do provérbio: "Um filhote de lobo será sempre lobo, ainda que criado entre os filhos do homem".
Durante milhares de anos, as pessoas acreditaram que se podia mudar os homens impondo-lhes padrões por meio de hábitos e exortações, convencidas de que isto produziria neles uma diferença ou uma mudança verdadeira. No entanto, quando certos fatos ocorrem, o "lobismo" se reafirma. As únicas pessoas nas quais isto não acontecerá são aquelas que são tão débeis que podem ser treinadas e aquelas nas quais uma mudança fundamental se realizou.