Nicholas Carr

Encontrados 8 pensamentos de Nicholas Carr

O número ao menos dos que leem livros sérios vem caindo há um bom tempo, mas haverá pessoas lendo livros por muito tempo no futuro. Meu argumento é que essa prática está se mudando do centro da cultura para a periferia, e as pessoas começam a usar a tela como sua ferramenta principal de leitura, não a página impressa. Acho também que, à medida que mudamos para dispositivos como Kindle ou iPad para ler livros, mudamos nossa maneira de ler, perdemos algumas das qualidades de imersão da leitura.

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O Kindle se sai bastante bem na tarefa de reproduzir a página impressa. [...] A questão é saber se os leitores eletrônicos, ao competir, vão manter a competência da página impressa, ou se vão começar a incorporar novas funções baseadas na internet, redes sociais, sistemas de mensagens e outras ferramentas. [...] Infelizmente, o efeito das novas funções será acrescentar mais distrações à experiência de ler.

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Mesmo que a desconexão se torne mais e mais difícil, pois a expectativa de que permaneçamos conectados está embutida na nossa vida profissional e cada vez mais na vida social, a maneira de manter o modo mais contemplativo de pensamento é desconectar-se por um tempo substancial, reduzindo nossa dependência em relação às tecnologias de tela e exercendo nossa capacidade de prestar atenção profundamente em uma única coisa.

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Certamente os computadores e a internet têm um papel importante a desempenhar na educação, e as crianças precisam aprender competências computacionais, a usar a internet de maneira eficaz. Mas as escolas precisam perceber que essa é uma maneira de pensar diferente de ler um livro. É preciso dar tempo e ênfase, no ensino, para desenvolver a capacidade de prestar atenção em uma única coisa, em vez de mover sua atenção entre diversas coisas. Isso é essencial para certos tipos de pensamento crítico e conceitual.

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Acho que esses serviços [Facebook e Twitter], mesmo que sejam obviamente úteis para as pessoas, são também os que mais distraem, constantemente nos interrompendo com pequenas mensagens. Foi aí que eu tracei a fronteira, mesmo que eu perca algo por não estar no Facebook ou Twitter. As interrupções são um preço alto demais a pagar.

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Há indicações de que as tecnologias que as crianças usam, de videogames a Facebook, possam contribuir para TDAH. É algo que precisa ser mais estudado. Para os pais que estejam preocupados com a capacidade de seus filhos de manter a atenção, poderia ser apropriado restringir as tecnologias.

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Meu temor é que, na medida em que empurramos celulares, smartphones e computadores para as crianças em idades cada vez mais precoces, elas não venham a desenvolver as habilidades mentais mais contemplativas e atentas. Isso seria uma grande perda para a cultura, pois a expressão artística requer reflexão mais calma, tranquila, introspectiva. Se as crianças perderem isso, veremos uma diminuição nas realizações culturais e artísticas.

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A internet, sendo um sistema multimídia baseado em mensagens e interrupções, tem uma ética intelectual que valoriza certos tipos de pensamento utilitários, voltados para a solução de problemas, que encoraja as multitarefas e a rápida transmissão ou recepção de migalhas de informação.