Marinara Vianna

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Reflexões de uma sexta à noite
É tão interessante como as coisas acontecem, como o tempo passa rápido demais, como a gente diz coisas que na hora fazem muito sentido e depois de alguns anos já não valem de nada, como conhecemos pessoas e nos afastamos de pessoas, como sentimos coisas e esquecemos coisas. É tão interessante olhar as fotos e pensar em quanto tempo já se passou desde aquela foto, comparar uma foto com a outra e ver como você mesmo mudou e não percebeu. É tão esquisito ver as coisas que passaram e que tanto significaram e significam até hoje, ou simplesmente significaram muito e hoje não significa mais nada.
As vezes pensamos em coisas que podem acontecer, em coisas que queremos que aconteçam, mas somos seres muito irracionais para sabermos que tudo o que estamos planejando não vai sair desta forma tão planejada e desejada, que tudo que queremos vai nos chegar da forma diferente como imaginamos. Então o que fazer? Então o que pensar? Simplesmente não pensar seria a resposta, mas que ser que não pensa? Então fazer seria a resposta mais adequada; fazer tudo aquilo que tiver vontade e não se preocupar com o que os outros vão dizer, ou fazer aquilo que se tem vontade preocupando-se com sua imagem, porque isso depende dos princípios de cada um e, sem absolutamente nenhuma crítica, pensando no que vão dizer ou não, fazer o aquilo que te torna feliz, da maneira que se é feliz, com certeza, é a resposta mais adequada.
Mas falar de respostas adequadas não é fácil para uma pessoa de 17 anos, que é metade menina e metade mulher, dependendo de qual metade escolhem ver. Não é fácil por, simplesmente, ainda não ter achado as respostas de que precisava, simplesmente pelo fato de minhas posições na sociedade entrarem em confronto com as minhas vontades e anseios. E são esses confrontos que me trazem perguntas sem respostas, das quais não citarei, mas que me deixam muito confusa em meio ao mundo que vivo. Então porque cometer a hipocrisia de falar sobre respostas adequadas a vida, quando eu mesma não sei quais são, quando eu mesma já fiz o que não quis, já quis o que não fiz. Eis então uma suposta resposta a esta indagação: somos todos, pessoas hipócritas, umas mais intensas que as outras, claro, mas no meu mundo de opiniões e sugestões formadas ou não formadas somos todos hipócritas, nem que seja em 1% do que somos.
Falar do que somos e pensamos também é complicado. O que realmente pensamos e fazemos dentro de nós mesmos e para nós mesmos nos dizem quem somos, mas não dizem aonde iremos. Com certeza porque opiniões são mudadas todos os dias. Então se o que realmente eu sou me faz feliz, estarei bem comigo mesma, porém, isso não quer dizer que o que eu sou é comum para a sociedade, não quer dizer, também, que o que eu sou é um ser humano correto, também não quer dizer que o que eu sou é um exemplo, porque o que sou corresponde a uma menina (ou mulher, como quiser chamar) que ora sabe se portar, ora não sabe nem o que é comportamento, ora é romântica, ora é traiçoeira, ora pensa no que está dizendo, ora é superficial, ora pensa como humanista, ora pensa como capitão, corresponde a apenas mais uma pessoa no mundo, que não faz a diferença nesse grandioso globo, que cismam em chamar de pequeno, mas que talvez um dia faça, ou não. O que sou corresponde, na verdade, a uma pequena partícula de uma grande coisa chamada sociedade, coisa tal que nunca entenderemos, simplesmente pelo fato de sociedade não ser uma e sim, milhares de pessoas e, pessoas são diferentes, completamente, o que não nos permite entender uma sociedade como um todo, mas sim, um a um.
Então falar de dúvidas, com certeza, é uma grande complicação para tal insignificância do meu ser já que, muitas vezes, me sinto como se eu mesma fosse a incerteza. A incerteza, ou a dúvida, é algo que nos confunde por inteiro, pelo simples fato de não sabermos do nosso amanhã, somos pequenos seres que fazem suposições do que vai ou não acontecer após abrirmos os olhos pela manhã e, as vezes, nossas suposições são tão óbvias pelas nossas rotinas, mas sempre há algo em um dia que não houve no outro, sempre há uma nova escolha a ser tomada, e isso não podemos planejar, seja esse algo simples ou não. Então porque planejar? Responder isso não seria provável, já que não faço idéia de como funciona esses seres que chamam de pessoas.
Falar de rotinas seria a coisa mais hipócrita que eu faria. O que eu poderia dizer além dos clichês, que todos já conhecem, como “rotina é um algo chato” ou, também, “ninguém gosta de rotinas”. Apesar de clichês, são verdades. Porém, quem é que não segue uma rotina para sua própria sobrevivência? Até diria que muita gente gosta sim de suas rotinas, mas por esses clichês, e um denominado senso comum, muitas dessas pessoas fazem que não gostam.
Falar de escolhas talvez seja mais comum do que nos parece, mas são elas que nos dizem onde chegaremos, escolhas erradas talvez nos levem a lugares errados, mas existe um talvez. O talvez de no fim tudo dar certo. Talvez escolhas não possam se denominar entre certas e erradas, já que um dia a escolha errada e um caminho errado, possam nos trazer coisas que nos digam verdades e certezas, caminhos errados podem levar aos certos e com isso podem levar a mais um grau de experiência em uma jornada grande, mas que passa sem que haja a nossa percepção. Escolhas fazem, constantemente, parte de nossas vidas, erradas ou não, elas vão nos levar exatamente onde deveríamos ir.
Então, talvez eu tenha escrito só mais um texto com sentido ou não, porque, na verdade eu não sei se eu mesma faço algum sentido. Enfim, talvez seja apenas mais um texto de uma adolescente ou talvez seja superior a isso, apesar de achar que os graus de superioridade e de inferioridade não fazem parte desse mundo em que vivemos.