Maria Burdignon

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Quatro estações.

Sabe quando os dias acordam mais frios, gélidos. Nem sempre só lá fora, tipo inverno. Mas aqui dentro também. Pensamentos frios. Os músculos e as vontades estão congeladas, como a ponta do nariz num dia frio. Chega a doer o osso. Deixa a preguiça chegar e se instalar.
Sabe quando os dias acordam nublados, nem sempre por algum motivo real. É como se aquela vontade de descobrir o que tem lá fora estivesse cheia de névoa, serração, do tipo que não se consegue enxergar, por que não se quer.
As vezes os dias acordam tão frios que nem um edredon é suficiente. Precisa-se de calor humano, do tipo lareira, que esquenta mesmo, chega a queimar de vez em quando. Calor de amigo, de sinceridade. Calor que faz bem, não prejudica a pele.
E quando os dias nascem nublados, só um limpador de para-brisas para resolver o problema. São indispensáveis as verdades. Reflexão que leva a conclusões. Um jeito pra se enxergar melhor, uma flanela para desembaçar. Conhecer-se além daquilo que já se sabia.
Seria ótimo se os dias amanhecessem sempre como dias de verão. Sol todo dia. Chuva de repente pra esfriar os ânimos. Coragem pra enfrentar a água fria, humor para se arriscar, finalizando cada espetáculo de dia com um por do sol diferente para se admirar. Noites estreladas e lua cheia. Ah! Que bom seria.
Dias de primavera, são diárias de renovação; como o início de um novo começo. Lembrados sempre por seu exclusivo colorido. São novinhos em folha, todo dia. Tudo é novidade. Acabam por deixarem sempre as melhores lembranças.
Dias de outono são transitórios. Te dão a oportunidade de mudança. Estamos preparados. Prontos para evoluir, crescer, avançar. Dar o primeiro passo.
Como cada estação, cada dia nasce diferente. Hoje tá frio. Só quero minha cama, um bom filme, edredom e chocolate quente.
Amanhã quem sabe, seja verão!

Inserida por mburdignon