Marcel Franco
O ponto de vista dos outros e o silêncio
me dão noção dos momentos
transgredientes à minha própria consciência.
Por mais estranho que pareça, o silêncio é o único que sempre tem algo a dizer, porque é ele que dá significado às reticências das palavras.
Considero o imediatismo uma patologia do mundo contemporâneo que não consegue ver nada além do horizonte.
A poesia é uma atitude diante da vida, uma forma de ver o mundo que transcende as fronteiras de qualquer gênero literário.
O olhar do outro me define, me limita, me transforma em objeto. Minha liberdade se esvai, subjugada à expectativa alheia. Será que sou eu quem vivo, ou a imagem que o outro vê em mim?