Luiz Roberto Bodstein

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Exercitar tolerância para com as vaidades humanas é tão somente deixar que acreditem que acreditamos no que querem que acreditemos! Não nos cabe expor ou contestar as imagens projetadas por outrem.

A vida é como um ioiô: às vezes estamos em cima, às vezes estamos em baixo, e em outras estamos enrolados entre ambos!

Sempre que sentir a auto-estima em queda por culpa de quem quer que seja lembre-se disto: a vida não é um diagrama de causa e efeito, que responde de acordo com o que se espera. Até o que temos de melhor a oferecer pode ser justamente o que a outra pessoa não está preparada para receber, e principal causa para que se afaste de nós. Assim, concentre-se sempre no seu melhor, mas não se subestime por não vê-lo valorizado como deveria. A dificuldade pode estar em quem não desenvolveu suficiente capacidade para perceber-lhe o benefício, ou tem seu foco justamente para o oposto, e isso não tem nada a ver com você.

Vivenciamos verdades às vezes tão estarrecedoras que, para termos preservada a sanidade mental, é preferível não conhecê-las, e pegar carona na canoa de boa parte de pastores que disso se aproveita para conduzir suas ovelhas. Bem-aventurados os inocentes, os ingênuos e os ignorantes, pois deles é o reino dos céus!

É possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade, apenas reunindo as partes que interessa sejam ditas. O melhor que se pode fazer nesse sentido é não esquecer que meia verdade, na maior parte das vezes, é uma mentira inteira!

Incompetentes comuns sempre defendem incompetentes célebres para se sentirem justificados na própria incompetência.

Ao longo de minhas experiências como educador me deparei com treinandos que buscavam cursos apenas para obter a confirmação das suas próprias teses, rejeitando tudo o que se lhes insurgisse contrário a elas. Uma atitude mais inteligente seria tomar as antíteses como referências de comparação para se permitirem visualizar as sínteses através de ângulos mais enriquecidos por idéias alheias às que engessaram.

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Ainda estou longe do homem que gostaria de ser, mas gosto do homem que já consegui ser.

Tem aquelas pessoas que amam num dia e odeiam no outro, ou vice-versa, mantendo-se apenas constantes - e portanto previsíveis - na própria inconstância.
Eu já sou daquelas que não passeia pelos extremos, mas que observa e registra, sem muita preocupação ao compartilhá-lo, e sob pena de ser submetido a novos amores e ódios. Assim como a adrenalina direcionada aos músculos impele a superação física, esta que irriga a mente impulsiona a superação do entendimento.

Como educador, é doloroso continuar assistindo ao longo de décadas nossos jovens cometendo verdadeiros "assassinatos" nas expressões verbais mais básicas do cotidiano, sem que evoluamos para um estágio em que adquiram, ao mínimo, consciência de suas necessidades educacionais mais elementares.

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O esperto acha que é mais inteligente do que os outros.
A inteligência, porém, reside em colocá-la a serviço das pessoas, em vez de obter vantagem delas. A compensação é consequência.

Existe gente que só olha sua vida pelo retrovisor: ou se arrependendo das decisões que tomou, ou maldizendo as decisões que outros tomaram.

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Praticar o bem não é uma ação episódica a ser planejada para um momento futuro, mas uma postura permanente a nortear a condução do ser social.

Ser bom pai ou ser bom filho, é obrigação. O mérito está em ser-se bom cidadão. Por bom cidadão, leia-se: consciência do coletivo!

Quando me sinto extremamente fragilizado por um tempo maior do que o razoável para me sentir dessa forma tenho que me questionar se é a vida mesmo que está me batendo muito forte, ou se sou eu que estou me posicionando de forma inadequada frente a ela. Muitas vezes não é o mundo que é tão ruim quanto parece, mas nós é que somos fracos demais para amenizar os impactos que outros rebatem sem maiores dificuldades. Esse entendimento é fundamental para uma decisão que pode fazer toda a diferença: devo concentrar minha energia para mudar o contexto à minha volta ou o que tem que ser mudada é minha postura interior de reação? A solução pode estar na resposta a esta pergunta!

O Poder pode atuar como indicador dos mais seguros para avaliação do caráter de boa parte das pessoas. Muitas, ao longo de um prolongado período de convívio, se mostram afáveis, acessíveis e até elegantes em suas posturas. Coloque-se-lhes, no entanto, uma boa dose de poder nas mãos, e poder-se-á constatar toda a aparente fidalguia transformada em arrogância, aspereza e desprezo às regras mais básicas do trato no cotidiano, o que mostra que na hipocrisia e na falsa humildade do déspota é que muitas vezes se escondem as ambições e recalques dos ditadores mais cruéis.

Cada qual adota o comportamento que é melhor para sua vida, e a escolha é um direito inalienável da pessoa humana. Nosso histórico de perdas e ganhos é que vai nos mostrar qual o melhor modelo, daí porque há de se buscar entender e respeitar as diferenças.

Na impetuosidade da juventude podemos nos permitir aprender por erros e acertos. Mas na maturidade isso é incompreensível, pois que não faz mais sentido não refletir antes das ações para se arrepender em seguida. É quando o Homem Circunstancial precisa ceder lugar ao Homem de Consciência.

Inicie suas histórias de acordo com sua real natureza, e não terá que agredir a natureza de outrem ao corrigir o rumo que deu a elas.

Inserida por bodstein

Somos responsáveis por aquilo que cativamos, e mais ainda pelo que destruimos quando ajudamos a construir imagens do que não somos. (Inspirado em Saint-Exupéry)

Ninguém é culpado por ser diferente de outra pessoa. Mas sempre será culpado quando simula que é igual à outra, pois que tira desta o direito de escolha.

Os vícios de todo tipo - sejam do corpo ou do coração - transformam-nos, de senhores, em escravos da vontade que nos destrói.

Será sempre bem mais complicado lidar com o amoral do que com o imoral, pois que o primeiro nunca se convencerá de que existe um desvio de personalidade a ser corrigido. Nele não existe o mecanismo diferenciador, como a consciência da imoralidade, e praticamente se torna impossível fazer com que se transforme em algo melhor, pois que está inserida a transgressão em sua própria essência de conduta.

Ainda que ache extremamente interessante me surpreender com tão forte identificação com as características do meu signo de nascimento, ao mesmo tempo isso me promove um forte sentimento de frustração, que me leva a dolorosos questionamentos:
Se, ao nascer, tudo o que sou já está determinado por tais características zodiacais, se meu signo me aponta como alguém revestido de ideais nobres - e dotado de uma série de qualidades e defeitos inerentes à combinação astrológica a que pertenço - qual o meu mérito por possuí-los? Qual o valor de meu desejo de crescer? Qual o diferencial de quem simplesmente faz uso das particularidades que já lhe foram atribuidas no momento em que nasceu?
Astrólogos, estudiosos da alma, me ajudem!... porque isso me conduz à total inutilidade de todos os meus esforços para um dia ser melhor do que sou!

É assustadora a crise de valores dos dias atuais, amplamente disseminada entre os mais jovens e cristalizada nos mais velhos de formação desvirtuada. As pessoas confundem conceitos que antes tinham fronteiras bem claras, como amor e desejo, liberdade e libertinagem, e colocam coisas superficiais e essenciais, temporárias e permanentes no mesmo saco. Nunca os estados de ser e de estar estiveram tão misturados nas cabeças e nos sentimentos de tão significativa parcela da população, o que leva os mais conscientes a reavaliar, com cada vez mais freqüência, os próprios referenciais de vida para saber se não estamos perdendo os parâmetros de posicionamento perante tais conceitos.

Inserida por bodstein