Luduan, 2010.

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Às vezes sentimos saudades de coisas que passaram por nossas vidas. São constantes as recordações de certas momentos que um dia fizeram parte de nossa história. Infelizmente o cérebro do ser humano adquiriu essa capacidade de significar certas coisas que já não precisamos para o nosso presente. Essa é uma das características de nossa memória que aprendemos a cultivar durante a evolução humana. Tudo que pensamos ser bom tendemos a registrar de tal maneira que isso fica impresso em nosso espírito como signo positivo. Mas se formos capazes de compreender nossa própria constituição entenderemos que todos esses significados não possuem nenhuma relação com o “exterior”. Logicamente que somos, a todo o momento, estimulados pela realidade da qual fazemos parte. Não nego aqui a capacidade e a possibilidade da matéria influenciar a consciência. Mas, de um modo prático, para que sejamos sensatos e racionais, podemos compreender que o nosso cérebro não nada mais é do que um “sistema de significações”. Tudo que possa ocorrer que afete o nosso estado emocional se traduz na soma de estímulos ligados às nossas próprias significações. Por que fazemos isso? Adquirimos através do tempo o costume de tornar tudo o que seja bom e prazeroso algo repetitivo e positivo. Nossa tendência é acomodar neste estado, pois assim nos sentimos confortados. Na verdade nada e ninguém possuem a capacidade de nos tornar mais felizes ou infelizes diante da vida, se tudo o que vivemos e sentimos é simplesmente resultado do que nós próprios significamos. A única saída para a superação de tal estado de acomodação hedônica é a busca pelo comprometimento com a mudança. É o estado de bem estar com a crise que nos leva a superar esse vício pelo estável. Os espíritos mais elevados certamente são aqueles que se comprometem com o presente através da consciência e do espírito e consequentemente da habilidade em viver na constante áurea do caos.

Inserida por alines2