Leonardo Marthiniano

Encontrados 17 pensamentos de Leonardo Marthiniano

A mente hesita
Os olhos raiados de breu
O vácuo já habita
Aquela alma que sofreu

Como se pudesse lembrar
Ou pudesse esquecer
Aquele mesmo olhar
Que faz enrijecer

Demônios sob os ombros
Estranhos na cabeça
E em meio aos escombros
Sucumbir até que desvaneça

Seu olhar

Há algumas coisas sobre as quais não falamos
E talvez seja melhor continuarmos sem
Pois, toda vez que nos olhamos
Você com seu olhar incomum me deixa bem

Pude sentir inúmeras vezes seu medo de gostar
Inclusive seu receio em se doar
Nas maneiras mais simplórias de demonstrar
Nem por isso eu deixaria de tentar

Os teus olhos cor âmbar
Me balançam sempre que os olho fixamente
Como se estivesse em alto mar
Ficarão marcados em minha alma eternamente

Inserida por leonardomarthiniano

⁠Aquele que em excesso necessita provar uma verdade, não está convicto com veemência de sua própria ideia.

⁠⁠Uma mudança no tempo, uma gota no Oceano
Eu estava rezando
Para que você e eu
Pudéssemos ficar juntos

É como desejar a chuva
Enquanto eu estou no meio do deserto
Observando as nuvens sozinho
Excessivamente refém do seu carinho

Enquanto as folhas mudam
Em meio a destruição
Tu vieste lá de longe
Pra preencher meu coração

Aquele olhar que me deixa sem ar
Aquele olhar da cor do mar
Aquele olhar que me faz acreditar
Me rendo sem pestanejar

Você é a força
A esperança que me mantém caminhando
Você é a vida para minha alma
Você é meu propósito, você é tudo

Inserida por leonardomarthiniano

⁠A nova definição do viver
A conquista infinita do material
Tudo aquilo que se possa ter
Seria o verdadeiro propósito afinal?

A ânsia de conquistar o inconquistável
A cegueira perniciosa
A perseguição incompreensível
A aniquilação pretensiosa

Guerras e batalhas travadas diariamente
Sempre com a mesma finalidade em mente
Auferir um objeto se tornou habitual
Independentemente se causa mal.

Inserida por leonardomarthiniano

⁠Imaginemos a felicidade e tristeza num plano cartesiano. Sendo o máximo de felicidade no topo do eixo Y, e o contrário disso o máximo de tristeza. Estaríamos nós mais seguros (vivendo deveras) levando uma vida mediana próximo ao ponto onde os eixos se encontram? Fica o questionamento.

Inserida por leonardomarthiniano

⁠Não, a vida não é feita de momentos como imaginei. A vida é feita de escolhas. Viver o momento é prazeroso, mas ao mesmo tempo inconsequente, causando danos irreversíveis ao futuro. Nossas escolhas sempre serão nosso maior escudo, pois mesmo não alcançando o objetivo, obtemos um ponto positivo, o aprendizado.

Inserida por leonardomarthiniano

⁠Durante a vida, em grande parte do nosso tempo dizemos aos outros, e inclusive a nós mesmos: Naquela época tudo era mais fácil. E é compreensível de certa forma, mas não é uma verdade absoluta.
Dizemos isso porque hoje temos mais conhecimento que no passado, e assim é a vida. Hoje somos mais sábios que o ontem, e isso significa que não devemos nos prender ao passado imaginando como tudo aquilo poderia ter sido diferente e asfixiar o presente. Usemos o conhecimento adquirido ao invés de nos prender a um passado inalcançável.

Inserida por leonardomarthiniano

⁠Como podes querer um relacionamento sério sem saberes quem és tu? Conheça-te a ti mesmo primeiramente. Pois, como conseguirás lidar com a transformação de quem ainda não saibas quem é, após entrares com inteireza numa jornada a dois?

Inserida por leonardomarthiniano

⁠"É mais eficaz desmerecer o sucesso alheio ignorando todo o caminho percorrido, que criar a própria trajetória."

Inserida por leonardomarthiniano

⁠Eu não acho que fazer perguntas arbitrárias sobre o passado vá revelar quem a pessoa é. Pôde-se descobrir quem é ela sentado numa cadeira de um bar aleatório servindo-se de um Merlot, ou até numa festa entediante debaixo de sereno num banco excessivamente desconfortável.

Inserida por leonardomarthiniano

⁠Sento-me em meio a desordem
Fito as origens de minhas feridas
Exijo de mim, alguma ordem
Ouvindo minhas faixas preferidas

Sinto de longe a toxicidade
Prevejo possibilidades de vício
Como partes iguais de prazer e dor
Ambiciono que tudo seja fictício

Cego pela afeição
Ignoro atos de desvalorização
Acreditando ser uma exceção
Devendo já ter aprendido a lição

Reflito sobre minha ingenuidade
Analiso os fatos com prudência
Desejo não elevar minha vaidade
Evito assim a incidência
Correndo risco de cair em displicência

Deliro sobre como os seres devem ser
Inseguro sobre quem devo ser
Almejando a cólera se dissipar
Contemplo o amanhecer

Inserida por leonardomarthiniano

⁠Ter personalidade é entender o significado de singularidade,
É valorizar a própria capacidade.
É decidir com convicção,
Respeitando a própria opinião.
Diante de qualquer ocasião,
Firmar os pés no chão.
Ter personalidade é não ceder à projeção,
É amar-se com dedicação,
Tornando isso uma lição diária,
Especialmente numa situação precária.
Ter personalidade é ser genuíno,
É alimentar o próprio sonho,
Para se tornar emblemático,
Superando tudo que seja medonho.
Ter personalidade é resistir ao desejo do outro,
É reconhecer a autonomia sem pedir permissão,
A autopreservação como condição,
Contra qualquer autodestruição.
Portanto, é apreciar a liberdade,
Pois, sendo inteiro,
Consegue-se doar verdadeiramente,
Sem qualquer obrigatoriedade.

Inserida por leonardomarthiniano

⁠Ter personalidade é entender o significado de singularidade,
É valorizar a própria capacidade.
É decidir com convicção,
Respeitando a própria opinião.
Diante de qualquer ocasião,
Firmar os pés no chão.

Ter personalidade é não ceder à projeção,
É amar-se com dedicação,
Tornando isso uma lição diária,
Especialmente numa situação precária.

Ter personalidade é ser genuíno,
É alimentar o próprio sonho,
Para se tornar emblemático,
Superando tudo que seja medonho.

Ter personalidade é resistir ao desejo do outro,
É reconhecer a autonomia sem pedir permissão,
A autopreservação como condição,
Contra qualquer autodestruição.

Portanto, é apreciar a liberdade,
Pois, sendo inteiro,
Consegue-se doar verdadeiramente,
Sem qualquer obrigatoriedade.

Inserida por leonardomarthiniano

⁠"As cicatrizes do passado nos ensinam a reconhecer e valorizar aquilo que é genuinamente bom."

Inserida por leonardomarthiniano

⁠Naquela Noite, Outro Ritmo

Não foi o começo de um novo capítulo
Nem o fim de uma história mal contada
Talvez só uma página que o tempo guardava
Sem pressa, sem rascunho, só esperando o momento certo

De olhos fechados, revivo aquela cena
Você, entre as luzes, parecia parte do lugar
O ar tinha outro ritmo naquela noite
Por um momento, tudo pareceu leve de verdade
Pude tocar sua pele sem nenhuma dificuldade

Algo em você me fez querer desacelerar
Como se o mundo, enfim, pedisse silêncio
E eu começasse, aos poucos, a me autorreparar

Cada gesto teu me fez pensar mais devagar
Como se o tempo sussurrasse lições
Sem pressa, mas com vontade de decifrar

Talvez eu não precise entender o agora
Apenas sentir o ar leve de quem veio sem alarde
Mesmo sem promessas, sem mapa ou direção
Havia cuidado no gesto que não pediu nada

Então sigo… sem garantias, sem direção marcada
Mas com a vontade tranquila de te encontrar novamente
Quem sabe em outra cidade, outro tempo ou ambiente
Ou, com sorte, na mesma sintonia que nos encontrou daquela vez... como NAQUELA NOITE

Inserida por leonardomarthiniano

⁠“Que o tempo me entenda”

Chegar aos trinta não é descobrir respostas.
É aceitar que algumas perguntas só existem para nos acompanhar até o fim.
Já não busco mais o sentido exato das coisas —
me contento com o eco que elas deixam.

Gandhi dizia que, mesmo insignificante, é importante que façamos o que viemos fazer.
Nietzsche me ensinou que o abismo também olha de volta.
Schopenhauer sussurra que a vontade nos consome.
E Shakespeare... bem, ele mostrou que somos feitos da mesma matéria dos sonhos —
mas que esses sonhos também morrem.

Hoje, olho para o mundo e vejo pressa, ruído, vaidade.
As redes gritam, os egos se inflamam, as verdades se fragmentam.
Viver se tornou barulhento demais.
Mas ainda acredito no silêncio das intenções.
Na ternura de uma escolha honesta.
Na coragem de quem permanece sensível.

Talvez a vida não precise fazer sentido.
Talvez ela só precise ser vivida com consciência.
E, se possível, com alguma beleza.
A beleza de um gesto real.
De um olhar que diz: “estou aqui”.

Se algo vai restar de mim,
que seja isso:
alguém que tentou, mesmo no caos,
não esquecer do essencial.

Inserida por leonardomarthiniano