Lembranças de Ana

Nossa história é música, é melodia, é letra diferente, é música bem cantada…

Sabe aqueles filmes de drama em que a mocinha e o mocinho não podem ficar juntos, ou algo os afasta? Foi exatamente assim, teve muito choro, um buraco negro no peito, a falta de ar, teve os dias passando lá fora e tudo parado aqui dentro, teve o excesso de remédios e a má alimentação, eu perdi a fome, eu perdi as expectativas, eu perdi muita coisa, no momento em que você se foi eu senti como se eu estivesse perdendo algo dentro de mim, e sim, eu perdi, algo morreu, e eu não sabia como enterrar, ou para que lado eu deveria olhar, eu estive perdida. Por muitos dias eu estive sem saber como continuar ou até o porquê de continuar, eu tive que me afundar inteira, para me lembrar de que apesar de tudo isso… Eu ainda sabia nadar.

Não se preocupe… Eu conheço minhas dores, por tanto, eu aguento minhas feridas.

As flores que ele te deu morreram, o ursinho a costura se soltou, o colar enferrujou, o anel as pedras caíram e ele se riscou, as fotos sumiram durante um problema em seu celular, as cartas ficaram velhas e acabaram de se rasgar, tudo se foi e você continua nessa procura de motivos para ficar.

Vi uma foto sua hoje, no momento eu disse não me importar, mas as horas passaram e quando me deitei em minha cama, e fechei meus olhos, eu só soube desabar. Você me veio, e eu desabei. De novo.