Karen Barbfer
Ah minhas convicções! São tão minhas que ninguém me arranca. Tem gente que diz que isso é ser cabeça dura, mas eu gosto de dizer que só sou convicta. Me convencer do contrário quando estou certa é missão impossível. Sempre tenho argumentações. Mas se eu perder uma discussão abaixo minha cabeça. Não discuto política, nem time ou religião.
Só se tem 19 anos uma vez. Não se é jovem duas vezes. Agora é a hora, o dia é hoje. E eu só tenho duas opções: Ser feliz com o que eu tenho, e viver cada momento da minha vida da melhor forma que puder... Ou reclamar do que me falta, do que é difícil, do que eu queria mas não tenho.
E eu escolho ser feliz.
Nunca gostei do morno. A não ser um banho num dia em que não se está frio nem quente. Fora isso, ou é quente, ou é frio. Eu prefiro o quente. Bege, cinza, marron. Pra mim não. É vermelho, rosa choque, azul anil, verde bandeira.
Não construo laços fracos. Ou você é meu amigo, ou não é: simples assim. Não sou de antipatizar antes de conhecer, mas há quem diga que tenho excesso de crítica comigo e com os outros. Acho que há uma fórmula certa pra me repelir e uma pra me atrair. Só isso.
Ao contrário de muita gente, eu amo literatura, história. Aliás, isso é parte de mim, tanto quanto números não são. Eu não sou exata, por isso me reconheço muito mais em humanas. Porque isso sim eu sou: Humana. Com todas as imperfeições e perfeições que Deus me permitiu ter e construir. Fé: Crer sem ver. Eu tenho fé. Fé na vida, nas pessoas (ainda tenho), nos meus amigos, no amor e principalmente, fé em Deus.
Gosto de música boa, gosto de escrever, de viajar, de conversar. Não sei cozinhar, embora quisesse saber. Sou bem humorada a maior parte do tempo. Não nego sorrisos. Educação então, nem falo. Prefiro um amigo com quem contar do que dez que me digam "não posso" na hora que eu preciso. Qualidade à quantidade. O tempo cura todas as coisas. A vida ensina, pelo amor, ou pela dor. Inteligência me encanta, burrice me dá graça. Talento não é pra todo mundo.
E o que fizer, faça seu melhor. (...)
O que dói mesmo, é o medo do nunca mais. Pensar em nunca mais ver aqueles olhos, sentir aquele cheiro, me apertar naquele abraço. É dilacerante.
Alguém me explica, por favor, por que se perde o que se ama? Alguém me diz o porquê de hoje você não estar aqui, dormindo nos meus braços? Você era pra mim, eu sempre fui pra você. Sempre fui sua. A gente era feliz, nossa risada era feliz, nossos olhos riam junto com a boca, o corpo todo... Nossos abraços eram longos e cheios de sentimentos, eu era sua, você era meu, e isso era tudo que importava. Pelo menos pra mim.
Nem chorar eu consegui, na hora de te dizer "tchau". Meus olhos lacrimejaram, mas a dor se conteve pra dentro de mim. Não quis sair. Quis continuar aqui, me apertando por dentro, deixando meu coração do tamanho de uma cereja.
