John Locke

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Mas sabemos que Deus não tem deixado um homem assim à mercê um do outro, de forma que este possa deixá-lo passar forme se o deseja: Deus, o Senhor e Pai de tudo não deu a nenhum de seus filhos uma tal propriedade em sua porção particular das coisas desse mundo, mas ele tem dado a seu irmão necessitado um direito ao excedente de seus bens; de forma que a seu irmão esse direito não pode ser negado quando sua necessidade urgente demanda: e, portanto, nenhum homem poderia jamais ter um poder justo sobre a vida de outro homem pelo direito de propriedade na terra ou em possessões; uma vez que seria sempre um pecado, para qualquer proprietário, deixar seu irmão perecer por falta de disposição em ajudá-lo por meio de sua fartura. Como a justiça dá a todo homem um título ao produto de seu negócio honesto e à justa aquisição de seus ancestrais que descendeu a ele; assim a caridade dá a todo homem um título à totalidade da fartura do outro que o excluiria da extrema pobreza, em que ele não possui qualquer meio de se subsistir de outra forma: um homem não mais pode justamente fazer uso da carência do outro, forçando-o a tornar seu vassalo, por meio da recusa daquela ajuda — Deus requer que ele provenha à necessidade de seu irmão — do que aquele que tem mais força pode confiscar do mais fraco, forçá-lo a obedecê-lo, e, com um punhal em sua garganta, oferecê-lo a morte ou a escravidão.

É vã, num país, em que o maior patrimônio é a terra, que a arrecadação fiscal recaia sobre qualquer outra coisa. Ali afinal ela terminará. O comerciante, faça o que fizer, não pagará, o trabalhador não poderá pagar, então o latifundiário tem que fazê-lo.

Inserida por andre_levy

Quem cuida pouco da própria salvação dificilmente convencerá o público de que se preocupa de verdade com a dos outros.

Mesmo que se alguém quisesse, não poderia nunca crer por ordem de outra pessoa. É a fé que dá força e eficácia à verdadeira religião que leva à salvação.

Penso que a sociedade é feita para preservar e melhorar os bens civis dos seus participantes. Chamo de bens civis a vida, a liberdade, a saúde física e a libertação da dor, e a posse de coisas como terras, dinheiro, móveis etc.

Não se revolta um povo inteiro a não ser
que a opressão seja geral.

A moda, em geral, nada mais é do que a ostentação da riqueza.

⁠Considerando terem renunciado em favor de um poder arbitrário absoluto e da vontade de um legislador, eles estariam desarmados e o teriam armado se tornando presas fáceis para quando e como ele quissese.

Inserida por Ketteiteki

⁠O mais precioso de todos os bens é o poder sobre nós mesmos.

⁠Liberdade é estar livre de contenção e violência de outros.

⁠Porque um homem vai preferir o que ele pode fazer, mais do que o que não pode; o estado onde ele está, do que a sua ausência ou mudança; embora a necessidade tenha feito ele em si só imutável.

John Locke
Ensaio acerca do entendimento humano (1689).
Inserida por bokugo