Johann Goethe

Consentimos que nos apontem os nossos defeitos, aceitamos as punições que deles decorrem, sofremos pacientemente por causa desses defeitos. Mas perdemos a paciência se nos obrigam a pô-los de lado.

O maior problema de toda arte é produzir, por meio de aparências, a ilusão de uma realidade mais grandiosa.

E pela força da verdade, eu, enquanto vivo, conquistei o universo.

A natureza humana é limitada, ela suporta a alegria, a triteza, a dor... até certo ponto, se o ultrapassa ela irá sucumbir.

Por que os homens não podem falar de uma coisa sem logo declarar: 'Isto é insensato, aquilo é razoável, aqueloutro é bom, isso aí é mau'? De que valem essas palavras?

Se um esforço considerável é uma prova de força, por que um esforço alucinado, febril, seria o contrário?

O homem de bom senso jamais comete uma loucura de pouca importância.

Entro em mim mesmo e aí encontro um mundo!

É certo que não passo de um viajante, um peregrino nesta terra! Mas e vós, sereis mais?

A Margem do Erro
O Ato de Produzir Levado ao Limite

Ao longo da vida, acontece muitas vezes que, em meio das nossas maiores certezas, notamos subitamente que estamos a ser vítimas de um erro e que fomos cativados por pessoas ou por coisas com as quais sonhamos uma relação que não resiste ao olhar atento da vigília. E acontece também que, apesar de tudo, não somos capazes de nos desprender, como se fôssemos retidos por uma força que nos parece inexplicável. Mas por vezes atingimos uma consciência plena destas situações e compreendemos que, tanto quanto uma verdade, um erro pode motivar-nos e conduzir-nos a uma certa atividade.
E, como a ação comporta sempre decisões, um erro posto em ação pode muito bem dar origem a qualquer coisa de bom, se a eficácia desse fazer se estender até ao infinito. O ato de produzir é sem dúvida o que temos de melhor, mas do que fica dito compreende-se que também o ato de destruir não deixa de ter consequências benéficas.

O homem sempre estará cometendo erros, enquanto estiver em busca de alguma coisa.

...A nossa vida física... vida social, os nossos hábitos, costumes, filosofia, religião e até os nossos conhecimentos casuais, estão constantemente proclamando: "... É preciso renunciar!..."

No silêncio forma-se o talento. Mas o caráter, no turbilhão do mundo.

O talento educa-se na calma, o caráter no tumulto da vida.

A alma humana é como a água: ela vem do Céu e volta para o Céu, e depois retorna à Terra, num eterno ir e vir.

O mundo é tão vazio se pensarmos apenas em montanhas, rios e cidades. Mas conhecer alguém aqui e ali que pensa e sente como nós, e que embora distante, está perto em espírito, eis o que faz da terra um jardim habitado.

A vista do Homem é imperfeita, e ele sempre luta em meio a uma neblina de semi-escuridão. Luta e peca durante toda a existência. No entanto, caminha instintivamente para a Luz.

Faz o que for justo. O resto virá por si só.

A melhor maneira de alcançar o autoconhecimento não é pela contemplação, mas pela ação.

A idade não nos torna adultos. Não! Faz de nós crianças de verdade.

Uma pessoa de valor nunca é ingrata.

Só é merecedor da liberdade e da vida quem tem de conquistá-la de novo todos os dias.

Todas as coisas são metáforas.

Coloquei a minha casa sobre o nada, por isso todo o mundo é meu.

Tudo que existe merece desaparecer.