Biografia de Joaquim Manuel de Macedo

Joaquim Manuel de Macedo

Joaquim Manuel de Macedo nasceu em Itaboraí, no Rio de Janeiro, no dia 24 de junho de 1820. Formou-se em Medicina, em 1844, pela Faculdade do Rio de Janeiro e, no mesmo ano publicou o livro “A Moreninha”, romance que teve bastante aceitação e se tornou sua obra-prima. A Moreninha deu origem ao romance romântico brasileiro, onde explora o namoro sentimental, cheio de pequenas intrigas, que acaba no feliz casamento.

Dr. Macedinho, como era conhecido, não se dedicou à medicina, mas à literatura, ao magistério e à política. A obra A Moreninha abriu o caminho para a publicação de mais dezessete romances, entre eles, "O Moço Loiro" (1845) e "Os Dois Amores" (1848). Além de professor de História do Colégio Pedro II, foi preceptor dos netos de Imperador D. Pedro II.

É o criador da ficção brasileira – pela forma e pelo estilo. Sua obra mesmo desprovida de grande valor artístico possibilitava ao leitor uma identificação, pois retratava ruas e paisagens conhecidas da sociedade fluminense. Escreveu ainda quinze peças de teatro, dois livros de poemas e sete volumes de variedades.

Embora o tema predileto de Macedo fosse o amor e as aventuras sentimentais, não tinha violência e o amoralismo dos folhetins estrangeiros. São afetos, decorosos, onde fazia o possível para não ferir os leitores com o trágico e o desmedido. Em vez de adultérios, respeitáveis namoros que terminavam em matrimônio. Manuel de Macedo faleceu no Rio de Janeiro, no dia 11 de abril de 1882.

Acervo: 31 frases e pensamentos de Joaquim Manuel de Macedo.

Frases e Pensamentos de Joaquim Manuel de Macedo

Amor?... Amor não é efeito, nem causa, nem princípio, nem fim, e é tudo isso ao mesmo tempo; é uma coisa que... sim... finalmente, para encurtar razões, amor é o diabo.

Beijos por beijos, antes os reais que os sonhados.

O que quiserem... Serei incorrigível, romântica ou velhaca, não digo o que sinto, não sinto o que digo, ou mesmo digo o que não sinto; sou, enfim, má e perigosa, e vocês inocentes e anjinhos. Todavia, eu a ninguém escondo os sentimentos que ainda há pouco mostrei: em toda a parte confesso que sou volúvel, inconstante e incapaz de amar três dias um mesmo objeto; verdade seja que nada há mais fácil do que me ouvirem um "eu vos amo", mas também a nenhum pedi ainda que me desse fé; pelo contrário, digo a todos o como sou; e se, apesar de tal, sua vaidade é tanta que se suponham inesquecíveis, a culpa, certo que não é minha. Eis o que faço. E vós, meus caros amigos, que blasonais de firmeza de rochedo, que jurais amor eterno cem vezes por ano a cem diversas belezas... sois tanto ou ainda mais inconstantes que eu!... Mas entre nós há sempre uma grande diferença; vós enganais e eu desengano; eu digo a verdade e vós, meus senhores, mentis...

Eu vejo uma senhora bela: amo-a, não porque ela é senhora... mas porque é bela; logo, eu amo a beleza. Ora, esse atributo mão foi exclusivamente dado a uma senhora, e quando o encontro em outra, fora injustiça que eu desprezasse nesta aquilo que eu tanto amei na primeira.

O amor é um anzol que, quando se engole, agadanha-se logo no coração da gente, donde, se não é com jeito, o maldito rasga, esburaca e se aprofunda.