Janete Galvão
Meu querido e doce Vi, meu primeiro e único amor,
Sinto tua falta de uma maneira que rasga meu peito, uma saudade imensa, dolorosa, que não me deixa em paz. A cada segundo, eu choro, não consigo esconder o meu sofrimento, e eu me vejo perdida nesse vazio que só o teu amor pode preencher.
Oh, Vi! Se eu pudesse agora sentir o calor do teu corpo, o toque das tuas mãos, tão carinhosas e quentes, que falavam mais do que mil palavras. Se eu pudesse ouvir tua voz, suave e cheia de intenções, aquela voz que me fazia tremer de tanto desejo. Como era bom sorrir ao te ver, como era bom expressar, com os olhos, tudo o que meu coração sentia!
Meu Vi, se eu fosse o vento... Eu te sussurraria ao ouvido, só para te lembrar que ainda estou aqui, te esperando. E que, em algum lugar, alguém te amou com a pureza mais linda que já existiu.
Tu me abrigou em teu coração e me aquecia com tanto carinho. Se fosse possível, eu me tatuaria em teu peito, só para ouvir, todos os dias, as batidas apressadas do teu coração. Eu te dedicaria as canções mais lindas que o mundo já ouviu.
Lembra, amor, como me deixavas tímida e, ao mesmo tempo, enlouquecida de desejo? Beijos que não precisavam de boca, apenas o olhar. Toques intensos, teus sussurros quentes, o calor do teu hálito na minha orelha... O arrepio que começava na minha cintura, as tuas mãos, cheias de desejo, percorrendo meu corpo, teu beijo se espalhando em cada centímetro meu...
E tu me dizias, sempre, que nunca havia sentido esse sentimento antes, o que sentias por mim. Que o que estávamos vivendo era único e verdadeiro, algo que não podia ser escondido. Você queria assumir para todos que nós estávamos juntos, falar para todo mundo o que tínhamos, e eu te dizia que sim, eu também queria isso, porque meu coração era teu e nada mais importava. Mas era perigoso, porque eu era muito mais nova que você, tinha apenas 14 anos. E, ainda assim, você queria que todo o mundo soubesse o que somos, o que fomos e o que sempre seremos.
Fecho os olhos e ainda sinto tua presença viva em mim. O cheiro, o toque, o amor que ainda pulsa em minha pele, que ainda mora em meu coração.
E então, eu choro... Choro todos os dias.
Eu sinto sua falta e penso em você todos os dias, e às vezes a tristeza se torna insuportável.
Quando poderemos finalmente ser um do outro por inteiro? Quando poderei te contar que, mesmo distante, o nosso amor, tão intenso e belo, gerou algo ainda mais belo dentro de mim? Vi, o teu amor vive dentro de mim, cresce aqui e espera por ti. Esse nosso pedacinho de amor é fruto de nossas lindas e ofegantes noites de amor que perigosamente vivemos. Oh! Como dói a tua ausência!
Lembro-me quando você me dizia que eu era tua, dos pés à cabeça, que o meu beijo, meu corpo, minha alma, seriam teus para sempre? Eu te digo, de coração aberto: eu quero ser tua, toda tua. Eu sou tua, inteira, sem reservas.
Eu amo você!
Com todo o meu carinho e amor, De sua pequena.
Sinto sua falta, uma insuportável saudade regada com lágrimas todos os segundos de minha vida.
Oh! Se eu pudesse sentir teu calor, teu toque.
Tuas mãos atrevidas, cheias de carinhos, pulsantes de amor...
Se eu pudesse ouvir tua voz cheia de intenções que me causavam arrepios. Apaixonadas.
Sorrir ao te ver, expressar todas as emoções...
Se eu pudesse me fazer presente agora, sentiria o teu cheiro que me deixava atrevidamente louca.
Se eu pudesse ser como o vento e soprasse ao teu ouvido delicadamente.
Fazendo-te lembrar que eu continuo aqui e que um dia, em algum lugar, alguém te amou de forma pura e sem pudor.
Você me abrigou no teu coração e me aquecia com tanto amor.
Se eu pudesse tatuar-me no teu coração, para ouvir todos os dias as batidas aceleradas.
Dedicar-te todas as canções...
Lembra quando você me deixava intimamente tímida?
E maliciosamente enlouquecida?
Beijos puros, que não precisam de boca, bastava um olhar e você mapeava todo o meu corpo.
Teus toques firmes, sussurros, teu hálito quente na região do meu umbigo, tuas mãos preenchidas com meus seios, teu beijo molhado percorrendo todo o meu corpo.
Fecho os olhos... oh! Ainda sinto o teu cheiro em mim, as tuas digitais continuam em minha pele, oh! Tua ausência me consome!
Oh! Choro todos os dias.
Choro!
Quando poderemos ser um do outro por inteiro? Quando poderemos finalmente estar um dentro do outro?
Todas as vezes que eu sentia uma saudade insuportável eu te encontrava em meus pensamentos e te abraçava forte.
"Ah! Se eu pudesse me fazer presente agora, sentir o teu cheiro e ouvir teus sussurros que me deixava atrevidamente louca."
"Teus toques firmes, sussurros, teu hálito quente na região do meu umbigo, tuas mãos preenchidas com meus seios, teu beijo molhado percorrendo todo o meu corpo [...]"
Coisas que Amo
Amo o ar vibrante do airsoft,
onde adrenalina e estratégia dançam lado a lado.
Gosto do silêncio atento do tiro ao alvo,
da liberdade que encontro ao pedalar sem pressa,
e da paz que sinto ao cavalgar, sentindo o vento tocar meu rosto.
Mas nada se compara à magia de ver o pôr do sol na praia —
quando o céu se veste de cores e o mundo parece parar, só por um instante.
— Janete Galvão
“A ti, que foste meu caos mais bonito”
Meu querido, Vi!
Hoje pensei em nós…
E percebi que você foi — e ainda é — a loucura mais deliciosa em que já me deixei perder.
Você chegou como quem não pede licença, e entrou em mim como um vendaval que sopra forte, mas traz perfume no ar. No começo, resisti. Afinal, sempre fui feita de cautelas e certezas. Mas você… você me desmontou com um sorriso e me reconstruiu com o calor de um abraço.
Foi uma insanidade calma, um caos que fazia sentido, uma entrega sem defesas. E mesmo quando tudo em mim gritava para fugir, algo mais forte sussurrava: fica. E eu fiquei. Por você, por nós. Por essa loucura que, ao invés de me perder, me encontrou.
Se amar for loucura, então que me internem para sempre… no abrigo do teu peito.
Com todo o meu sentir,
De sua pequena.
Poema – "A Loucura Mais Doce"
Você foi a loucura mais doce,
um furacão manso que me levou.
Perdi-me em teus olhos sem norte,
mas nunca desejei voltar do que sou.
Foi febre, foi riso, foi chama,
um delírio onde o medo não cabia.
Deixei cair a razão, a trama,
e me vesti da tua melodia.
Teu toque era verso sem rima,
teu silêncio, um grito que me dizia:
amar é perder-se com calma
na insanidade que o amor anuncia.
"Todos os dias, eu me lembro de nós.
Dos beijos famintos, dos toques desinibidos, dos sons ofegantes da nossa respiração.
Eu nunca te quis pela metade.
E você… você me quis inteira. Intensamente." J.R
SUAVES LEMBRANÇAS
Hoje, lembrei de nós.
Dos beijos famintos.
Dos toques sem pudor.
Dos sons ofegantes que marcavam nossa respiração.
Do cheiro do Bvlgari — minha flor favorita — com seus cachos brancos, perfumados e encantadores, deixando o ambiente cheio de aconchego.
Nunca te quis pela metade.
E você… você me quis inteira. Intensamente.
Lembrei dos sonhos que costuramos juntos, acreditando que tudo daria certo.
Do som da tua voz, que me tirava do sério.
Do teu abraço, que me trazia paz e silêncio.
Sinto sua falta todos os dias.
Você foi a loucura mais deliciosa e perigosa que já me tomou por completo.
Um incêndio suave…
Que queimou minhas certezas até que restasse apenas o desejo:
me perder em você, de novo e sempre.
— Janete Galvão
Trecho de um diário:
Era um dia chuvoso — e eu sempre amei a chuva. No final da tarde, preparei um chá, peguei um livro e me sentei no alpendre, nos fundos da minha casa. O livro era Meu Amor é Você, de Rebecca Winters, edição de 1993. Fazia parte da série Sabrina, tão querida por leitores jovens e adultos pelos seus enredos românticos e envolventes.
Folheei algumas páginas, mergulhei por instantes naquela leitura suave... então pensei: ele não vem hoje. Mas me enganei. Pouco depois, ouvi seus passos ao fundo do quintal. Ele se aproximou, e eu sorri instintivamente. Corri em sua direção e pulei em seu colo, enlaçando-o com os braços e as pernas — como fazia todas as vezes em que ele chegava.
Encostei meu rosto no dele, senti seu cheiro e distribuí pequenos beijos, enquanto ele me carregava para dentro de casa.
Alguns momentos são eternos. E esse, para mim, ainda vive aqui dentro do peito.
Era só um instante. Mas era tudo.
_Janete Galvão
Sob a Luz da Lamparina
Era fim de tarde no interior, e o céu tingia o horizonte com tons suaves de dourado. Sentada no velho alpendre dos fundos, ela segurava um livro fechado no colo e deixava os pensamentos correrem soltos como o vento que balançava levemente as folhas do limoeiro. A cadeira de macarrão rangia sob seu peso leve, como se quisesse conversar, contar histórias antigas.
Ela era uma garota simples, dessas que preferem o silêncio das páginas à euforia do mundo. Enquanto tantas meninas se encantavam com festas e vestidos, ela se perdia em histórias, viajando com os personagens, vivendo outras vidas. Lia à luz de lamparinas, por gosto, a luz amarelada da lamparina deixava aquele luga com cheiro de vilarejo antigo. A claridade suave tornava as palavras ainda mais íntimas, e o ambiente mais romântico. Sempre havia uma xícara de chá de hortelã com limão ao seu lado, perfume da infância e do quintal da mãe.
A saudade apertava o peito naquele dia. O pai havia decidido vender a casa. Uma notícia que lhe roubava o chão. Aquele pedaço de mundo era mais que tijolos e madeira: era o cenário das suas lembranças mais doces, dos risos em família, da presença da mãe que partira cedo demais. Ainda era possível sentir o cheiro dela em alguns cantos, principalmente ali, quando o silêncio se tornava mais profundo.
Se sua mãe estivesse ali, estariam preparando o jantar juntas — talvez galinha ou peixe, os pratos preferidos dela. A comida da mãe tinha sabor de abraço. Mas agora tudo era memória. E lágrima. Chorava com frequência, mas não deixava que a dor apagasse o que havia sido belo.
Mas havia um consolo naquela tarde: o amor. Ele estava para chegar. Tinha ido até a cidade comprar um livro para ela — um gesto simples, mas carregado de significado. Eram assim, cúmplices de uma ternura serena, apaixonados por coisas pequenas. O relógio marcava 18 horas e o coração dela batia mais forte, naquela expectativa bonita que só o amor verdadeiro sabe despertar.
Ouviu passos. Levantou-se devagar. Sorriu, mesmo com os olhos marejados. Ele vinha vindo… e com ele, a promessa de um abraço que acolheria tudo.
Ela correu ao encontrou dele. E ali, sob a luz da lamparina, o tempo voltou a ser doce [...]
Janete Galvão
No Silêncio da Lembrança
por Janete Galvão
Há presenças que vivem
no canto mais secreto da alma, onde o tempo não alcança, e o esquecimento não ousa tocar.
São como brisas antigas,
que voltam sem avisar,
num cheiro, numa música,
no jeito do vento passar.
Não precisam estar por perto, nem dizer palavra alguma — basta que a memória sussurre seu nome, e o coração se curva em flor.
É um sorriso que nasce por dentro, como quem encontra abrigo
num gesto invisível,
num toque ausente,
num olhar que já foi.
E nesse instante breve,
entre a saudade e o afeto,
o mundo silencia...
e a alma se aquieta.
Porque há amores que não precisam de presença, para serem eternos.
Eles vivem na lembrança, e florescem em silêncio dentro do peito.
"Há presenças que nem o tempo apaga.
Basta uma lembrança suave,
e o coração — em silêncio — sorri, como quem reencontra abrigo no toque invisível da memória."
Cure-se.
"A cura não é um caminho florido — é um mergulho profundo, por vezes confuso e doloroso. Mas é também um ato de coragem, de entrega honesta e libertadora.
Permita-se curar, todas as vezes que o coração pedir."
"Teu breve infinito em mim"
Era um dia estranho —
triste, assustador —
como se o tempo tivesse esquecido de seguir.
E, ainda assim,
em meio à dor,
havia você.
Tão pequeno,
tão puro,
tão meu…
Você só queria chegar,
fazer parte deste mundo
— do meu mundo —
tocar o céu com os olhos fechados
e me ensinar o amor mais fundo.
Ainda sinto…
as batidas suaves do teu coração,
ritmando esperança dentro do meu peito.
E os chutes na madrugada,
como se dançasse em segredo,
no silêncio sagrado da espera.
Havia luz no meu ventre,
e era você.
Havia sonho nos meus dias,
e era você.
Havia um amor que não cabe em palavras,
e continua sendo… você.
Agora, o tempo te levou para um lugar
onde meus olhos não alcançam,
mas minha alma sim.
E mesmo sem teus braços nos meus,
você será sempre parte de mim.
Pois há coisas que não precisam durar
para serem eternas.
Há vidas que, mesmo tão breves,
nos transformam para sempre.
E você, meu amor,
foi a eternidade mais doce
que já habitou meu coração.
Em memória do amor que floresceu no ventre e vive eternamente na alma.