Jadson Junior
A sua mentira é como uma anestesia, que relaxa todos os seus erros. Como pode ter a verdade como maior inimiga? Afinal, desde que me conheceu, quantas vezes você me falou a verdade?
Sempre que a vejo sob os galhos desta àrvore
Seca e murcha como um cadáver
A aflição me consome como veneno
Pois, no cinza de teu olhar, vejo algo além de um céu carregado
Posso ver o olho do furacão, elevando sua fúria às auturas
Igualando o oceano ao purgatório.
Mas que aperto! Não basta apenas a agitação do mar
E nem a ira dos ventos,
Sobrevoam nuvens negras como a morte em sua cabeça
Transbordando não água, mas lágrimas,
Devorando o rubi de tua face,
Agora sob uma enchente de dores!
Eu imploro, pare de sangrar
Nesse mar tão linda alma não merece se afogar
E nem sobre uma lápide seu nome estará
Pois em meu barco hei-de te levar
Chore agora, para não se afogar depois.
