J.O.JORGE

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⁠Há tantas coisas no mundo,
E uma delas sou eu,
Dou um mergulho profundo,
Dentro dos pensamentos meus...
Eles gritam e eu escuto,
Eles estão no breu,
E sinto a escuridão como véu,
Embora saiba que lá no fundo,
Há uma luz que dura segundos.
Eu me encontro e me desencontro,
O meu céu é repleto de adeus,
Eles gritam! Eles gritam!
Eles não são seus,
Eles são meus,
E sei que cada um tem o seu,
O mundo dentro do submundo,
Não consciente, no fundo...
Sombras anseiam por liberdade,
O grito escondido deseja ser ouvido,
Na mesma medida nega-se a verdade,
Quando se nega este grito...
O mundo barulhento silenciado,
Guardado por um terrível soldado,
Que tem como arma quem está do outro lado...
E na escuridão barulhenta
Fica acorrentado, vendado amordaçado...
Gritando em silêncio,
Em cada canto que há naquela sala...
Naquele mundo profundo.

Silêncio Barulhento - J.O.JORGE

⁠Sonhar é tão importante quanto respirar,
Amar é tão fundamental quanto pensar,
Poder é tão necessário quanto ver,
Você é tão essencial quanto viver.
As batidas não podem ser contidas,
A vida não pode deixar de ser querida,
O pensamento é como o vento,
O pranto nem sempre é lamento.
Caminhar não é busca de chegada,
Definhar deixará a sua pegada,
Sorriso não é felicidade,
Por isso tire a máscara e seja verdade.

⁠O início?! talvez seja, ou seja, continuação.
O beijo dado. Carinho recebido,
Os sentimentos a flor da pele o suor das mãos,
Que o amor seja bem vindo.
É um carnaval de sentimentos invadindo-me,
Ritmo perfeito de emoção,
A alegoria escolhida representa o amor sublime...
As batidas, o compasso faz-se samba no coração.
“São as águas de março fechando o verão”, segundo o compositor.
O poeta diz: “A chuva que cai lá fora,
É nossa trilha sonora,
A chuva é sinônimo de amor a qualquer hora”.
Tu és a deusa Vênus, amor.
Nascestes das espumas do mar,
Abriu-se uma concha,
Dela surgiu a pérola que só sei amar.
O véu, o buquê... Os porquês,
O sereno da noite, do quinto...
A pureza no branco, os clichês.
Te querer tornou-se instinto.
Meio dia, meia hora, meio segundo...
Aceleram quando estou ao seu lado,
Qualquer distância é meio mundo,
Quando estamos separados.
Queria tanto ser o imperador de tudo,
Não para governar todas as nações,
E sim para parar cada segundo,
Quando estivessem lado a lado nossos corações.
O infinito, colheita, sucesso ou fracasso.
A dificuldade, cumplicidade, dados lançados.
Sorte?! Aleatoriedade?! Acaso? ...
Não! É amor na verdade.
Na primavera. Em todas as estações,
Entre flores e espinhos,
Nas idas, nas voltas que nossos mundos dão,
Os seus braços são meu único caminho.


DECLARAÇÃO DE AMOR - J.O.JORGE