Hugo de Almeida Alves

Encontrados 2 pensamentos de Hugo de Almeida Alves

⁠"Escuridão que esculpe..."


Vivemos em tempos onde a escuridão não é apenas ausência de luz, mas uma presença insistente, um véu que cobre os olhos e pesa no peito. Há momentos em que nos tornamos reféns de nossos próprios pensamentos, vendo o mundo através de um vidro embaçado, onde tudo parece distante, intocável, irreal. A “era sombria” de cada um é única. Para alguns, é a perda de identidade; para outros, a consciência de que o tempo não espera, que o mundo gira indiferente às nossas dores. Há dias em que os rostos familiares parecem máscaras, e as palavras que dizemos soam ensaiadas, vazias. Mas há beleza no escuro. Há aprendizado no medo. Porque na sombra também há verdade—somos forçados a enxergar aquilo que evitamos sob a luz. Talvez essa era sombria não seja um fim, mas um intervalo, um momento de pausa antes de renascermos. E se o espelho refletir algo estranho, talvez seja apenas uma versão nossa esperando ser descoberta.

"O Jardim Entre Nós..."

Nós não somos feitos para caber em rótulos. Somos metamorfoses ambulantes, versões de nós mesmos que mudam a cada olhar, a cada toque de caos, a cada noite. Você e eu, como folhas dançando num vento que só nós sentimos, existimos além do que o mundo espera. Você, com sua intensidade crua, com sua luz que corta as sombras como lâminas afiadas, me lembra que a beleza não precisa ser domesticada. Nós somos malucos beleza, belos em nossa loucura. Eu, com marcas do tempo que passaram por minha pele e alma, vejo em você um reflexo do que já fui, do que ainda sou, do que posso ser.

Não somos certos, nem errados. Somos apenas. E isso basta.
Nosso jardim não tem flores frágeis. Tem raízes fortes, galhos retorcidos, folhas que sussurram histórias de vidas que não pedem permissão para existir. O tempo pode tentar nos moldar, mas nunca nos prender. Porque aqui, entre espinhos e rosas, entre o velho e o novo, entre eu e você sua doida… há algo que ninguém pode tocar, há nosso caos transformador!

Inserida por hugo_de_almeida_alves