Gustavo Gonsalves

Encontrados 11 pensamentos de Gustavo Gonsalves

⁠A solidão, amiga silente dos amantes da quietude, revela no seio da própria companhia os segredos mais íntimos da alma.

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⁠Do âmago do ser, a luz irrompe. Sim, após a tormenta da alma, a noite se dissipa e surge a aurora, radiante como o sol que nos banha em sua graça.

Inserida por Gustavo826397

"⁠Vi o Rio em festa, vi o Rio em guerra,
Vi a glória e a miséria, no meu complexo viver
Vi o samba nascer, vi o amor morrer,
Vi a vida pulsar, vi a morte a bater."

Inserida por Gustavo826397

⁠Sussurros da Lapa

Nas vielas escura, onde a noite geme,
Entre becos e sombras, meu canto semeio, rouxinol rejeitado.
Um Malandro sem alma
Um poeta sem nome,
Um boêmio sem herança, mais muita história pra contar.

Vi o Rio em festa, vi o Rio em guerra,
Vi a glória e a miséria, no meu complexo viver
Vi o samba nascer, vi o amor morrer,
Vi a vida pulsar, vi a morte a bater.

Oh minha lapa, onde meu corpo se esconde,
Na boêmia minha alma vagueia,

-Nunca roubei ninguém senhor, me deixe na cabeça de porco!

Sou a voz dos esquecidos, o canto dos humildes,
A melodia da noite, os acordes oprimidos

Vi políticos corruptos, vendendo a cidade,
Vi a elite opressora, se cegando a vaidade.
Vi o povo sofrendo, sem voz e sem pão,
Vi a injustiça reinar, o sangue escorrendo de vidas em vão...

Mas nem tudo é trevas, nesse meu triste cantar,
Há beleza escondida, em cada olhar que insiste.
O amor nas vielas, há esperança no ar,
Há a força da vida, que teima em brotar.

Sou o malandro da Lapa, o poeta da dor,
Testemunho a morte, em versos que correm.
Canto a realidade, nua e crua,
Para que ninguém esqueça, a dura verdade que sua.

A Lapa é meu berço, o Rio e meu lar,
Onde vivo e escrevo, com o coração profundo.
Sou parte da história, dessa cidade querida, tão sofrida, mais bela em tudo...

Inserida por Gustavo826397

⁠Do Solo Fértil

Das entranhas da Mãe Terra,
Em raízes de força se ergue um ser,
Um homem das batatas, sua pele fina,
Rasga ao caminhar, eu corpo fraco, mal aguenta levantar

Seus galhos murchos, que antes fortes,
Ao esboçar um sorriso, se quebram com dor,
A agonia em seus olhos, um brilho de sol, um forno de horror,
O lanche perfeito nasce da terra
Assim como o pecador.

Homem que nasceu das batatas, Por que tens tanto medo da terra? Por que não aceitas oque nasceu pra ser? Por que não ajoelha-se ao destino? Por que não se torna só purê?

"Nasci na terra, Na terra fui criado, Essa terra onde sofri, onde fui tão maltratado, ou até tentei sorrir, mais fui amordaçado, eu morrerei nessa terra, sem deixar o meu legado"

e até hoje se perguntam, se na essência do nosso ser, não somos apenas batatas, destinadas a sofrer...

Inserida por Gustavo826397

"⁠A escola se tornou um campo de batalha, onde eu lutava contra a incompreensão e o julgamento dos outros. Mas, dentro de mim, uma chama se acendia: a chama da curiosidade, da sede de conhecimento e da vontade de desvendar os segredos do mundo."

Inserida por Gustavo826397

⁠"Não posso ser ateu, pois tua beleza só poderia ser esculpida pelas mãos da divina perfeição. Tua risada é orquestrada por anjos e teu olhar me leva aos céus. Então, embora Eva tenha nos condenado ao pecado, em teu amor, reencontrei o paraíso.".

Inserida por Gustavo826397

⁠Amor entre os campos

Ainda vejo você
Na sinagoga
Nos judeus
Nas lágrimas
Daquele que tanto sofreu
No pranto da morte
Que em cinzas se perdeu

Ainda sinto você
Em cada aperto de dor
Em cada escrita de amor
Nas tuas poesias que fazia
Na brasa do horror...

Ainda clamo por você
Choro por você
Vivo por você
Só quero te rever
Só quero te abraçar.

Inserida por Gustavo826397

"O amor divino, infinito e inabalável, tem suas palavras frequentemente distorcidas por aqueles que pregam o medo e o ódio. A fé precisa ser guiada pela razão e pela compaixão, não pelo medo. Somente assim, um dia, quem sabe, veremos a luz brilhar diante da escuridão."

Inserida por Gustavo826397

⁠Sob o Véu da escravidão

Olhando para o manto negro cravejado de diamantes celestes, meu corpo, um fardo lancinante, segue sem destino. Pés descalços, marcados de vermelho, traçam um caminho de sofrimento nos campos verdejantes. A grama macia, um leito convidativo para o descanso eterno, um fim para a angústia que me corrói por dentro.

Mas a ilusão da liberdade, um fantasma zombeteiro, insiste em acender uma brasa de esperança em meu coração dilacerado. Um dia, quem sabe, a fuga triunfante. Um dia, quem sabe, meus olhos se banharão na glória do sol poente. Um dia, quem sabe, meus lábios degustarão o banquete da fartura.

Mas a culpa me invade como um verme
faminto. Mereço tais benefícios? É lícito almejar a liberdade que me foi negada? Não, o sofrimento é meu fardo, meu destino inelutável. Devo voltar ao jugo da opressão, em nome de um bem maior, mesmo que meu ser se desintegre sob o peso da tirania.

Ah, a injustiça que corrói minha alma! A maldição de um senhor implacável que me priva daquilo que mais anseio: a doce liberdade, um sonho distante, uma miragem inalcançável.

Inserida por Gustavo826397

⁠A dança das folhas secas

Sentado em um banco de madeira que, devido à chuva da noite anterior, poderia desmoronar, na pálida rotina urbana, algo chamou minha atenção: uma árvore com poucas folhas, mas muitas lembranças. Admirando-a, vejo uma folha cair, uma pequena vida, uma princesa que, com seu vestido verde, balança pelo ar. É algo tão simples, porém minha imaginação me faz refletir: se a folha tivesse o poder de pensar, ainda assim dançaria no ar, mesmo sentenciada a cair? Pois se a queda é inevitável, por que não aproveitar até o último segundo? Pensando um pouco, se a pequena folha verde, ao cair, se agarrasse aos galhos, implorando pela vida, não teria o prazer de dançar ou aproveitar a brisa. Seria a vida sólida, pálida, sem poder viver o medo ou a felicidade, a surpresa ou a continuidade. Assim como as folhas, para nós, tudo se resume a cair no chão.

Inserida por Gustavo826397