Fabi Barros
Bom dia, neurose!
Todos os dias é a mesma coisa: ela acordou, pensou em você, te desejou bom dia, quis saber como você está, se fez presente — mesmo ausente. Te desejou!
Desejou teu corpo, teu beijo, teu cheiro, o toque das tuas mãos, a tua respiração. Desejou você sobre ela, teu peito contra o dela. Ela te desejou... Desejou você dentro dela!
Entre poemas, distâncias e realidade é onde mora o desejo dela — e a saudade.
O coração acelera, bate, mas também apanha. Ela é fogo, é arte, é mulher. E por você, ela toda é paixão. Talvez passe... ou talvez não.
Ela faz da tua existência, poesia e inspiração. Escreveria todos os dias, detalhes teus, só com o poder da imaginação. Porque teu sorriso é de um encantador menino — e todo o resto vira entrelinhas, onde ela passearia por dias e dias, lendo por inteiro com a língua, todo o teu corpo nu.
Fazer o longe virar perto, manter o fogo aceso sem o sopro de ar dos pulmões... Ela pede ajuda ao vento e ao tempo, porque ainda precisa esperar: um inverno, um junho, julho... novembro. Mais uma estação, mais um verão!
Ela só espera que você continue sendo a pessoa incrível, inteligente, tranquila, sagaz — e que permaneça sendo esse cara GOSTOSO que, ela de quatro, sinta vontade de olhar para trás.
Você é utopia.
Ela te deseja.
Não por posse, mas por entrega.
Não por controle, mas por rendição.
Quer ser tua.
E, por você, ela sempre vai terminar pelo começo — até que o início desse desejo não esteja mais tão geograficamente distante e não dependa de avião.
Natal, 1º de junho de 2025.