Edson Luiz

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Morro e Renasço

Eu a amo
E não é segredo
Eu a amo
E morro de medo.

Ela é o sol
Das noites de tempestade.
Ela é a lua
Das manhãs nubladas.

Outras não têm a cor
e a luz que somente ela
Emite sem cessar.

Findo de amor por ela
E renasço a cada vez
Que provo dos seus beijos.

Edson Luiz

Junho de 2016

Inserida por ProfessorEdson

Éden

Quero receber o que de mais puro há em ti:
O Desejo que a faz ser única e sem igual.
Mergulhar em seu ser sem medidas
E aportá-la em mim como um navio no cais.

Perder-me nas mais diversas curvas
E nos mais inusitados detalhes do corpo seu.
Inebriar-me e desorientar-me
Na essência que emite naturalmente.

Expor nossos corpos e querer
Às nossas retinas e a nossa aspiração.
Intensificar o que sempre foi intenso
E ampliar o que o que pode ser imenso.

Mergulhar num mar único
E nos banhar sob um sol particular.
Enamorar imaginando a lua
E imergir em seu Éden.

Inserida por ProfessorEdson

Prece

...Que a noite e a madrugada me acalme o peito.
Que eu adormeça tão logo a saudade castigar.
Se ao amanhecer o sol não se abrir
Que você esteja em meus braços
E que os meus abraços te abrigue
E que o calor que emito te aqueça
E que o calor que você emite
Me baste.

Inserida por ProfessorEdson

Simplicidade

Sobras da geladeira
Serão nosso almoço
A semana inteira
Foi um grande alvoroço.

Para se banhar
Somente água de poço
Leve uma leiteira
Para lavar o corpo.

Após o Jantar
Se aconchegue na rede
Ali fica o filtro de barro
Caso tenha sede.

Aqui a casa é simples
Mas a gentileza é imensa
inversamente proporcional
A minguada Dispensa.

Inserida por ProfessorEdson

"Viver é repartir, Viver é dividir, Viver é juntar, Viver é compartilhar, Viver é multiplicar, Viver é somar e nunca subtrair."

Inserida por ProfessorEdson

Em Tempo de Poeminha

Tamanho nunca foi documento
É chorar nunca foi argumento.
Ganhar no grito é feio
E ser feio não é bonito.

Ciranda nem sempre foi cantiga
Cantigas nem sempre foram de roda
Gato nunca usou bota
E foi-se o tempo do relógio de corda.

Assim como foi o tempo do orelhão
E das fichas de telefone
De crença em Coelho da Páscoa
E medo de Lobisomem.

E quase sempre o tempo
Acaba sendo a cura de tudo.
E quase sempre a cura de tudo
Acaba vindo com o tempo.