Edgar Morin

Encontrados 21 pensamentos de Edgar Morin

Todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão. A educação do futuro deve enfrentar o problema de dupla fece do erro e da ilusão. O maior erro seria subestimar o problema do erro; a maior ilusão seria subestimar o problema da ilusão. O reconhecimento do erro e da ilusãao é ainda mais difícil, porque o erro e a ilusão não se reconhecem como tal."

...compreender não só aos outros como a si mesmo, a necessidade de se auto-examinar, de analisar a autojustificação, pois o mundo está cada vez mais devastado pela incompreensão, que é o câncer do relacionamento entre seres humanos.

Um trabalho tem sentido para uma pessoa quando ela o acha importante, útil e legítimo.

Temos todos o mesmo destino porque vivemos com os mesmos problemas, medos e tensões. Vivemos os mesmos perigos, e eles são vários: as doenças, as guerras, as tensões religiosas.

A mundialização, a industrialização, atinge a todos, por esses motivos compartilhamos dos mesmos problemas e medos.

Reforma de pensamento significa reforma de educação.

O pensamento político está reduzido à economia, como se tudo pudesse ser calculado.

Esperança não significa uma promessa. Esperança significa um caminho, uma possibilidade, um perigo.

O destino da humanidade é desconhecido, mas sabemos que o processo de existir modifica-se.

A pobreza permite autonomia. A miséria priva-nos dos direitos.

O ato Ético é um ato de religação:
com o outro, com os seus,
com a comunidade, e uma inserção
na religação cósmica.

A política passa
incessantemente pelo conflito
entre realismo e utopia.

O amor é poesia. Um amor nascente inunda o mundo de poesia, um amor duradouro irriga de poesia a vida cotidiana, o fim do amor devolve-nos a prosa

Não há conhecimento que não esteja ameaçado pelo erro e pela ilusão

Todo desenvolvimento verdadeiramente humano significa o desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e do sentimento de pertencer a espécie humana

A compreensão não desculpa nem acusa: pede que se evite a condenação peremptória, irremediável, como se nós mesmos nunca tivéssemos conhecido a fraqueza nem cometido erros. Se soubermos compreender antes de condenar, estaremos no caminho da humanização das relações humanas.

A consciência da complexidade nos faz compreender que não poderemos escapar jamais da incerteza e que jamais poderemos ter um saber total: 'a totalidade é a não verdade'.

É necessário dizer que não é a quantidade de
informações, nem a sofisticação em Matemática que podem dar sozinhas um conhecimento
pertinente, mas sim a capacidade de colocar o conhecimento no contexto.

“O saber não nos torna melhores nem mais felizes.”
Mas a educação pode ajudar a nos tornarmos melhores, se não mais felizes, e nos ensinar a assumir a parte prosaica e viver a parte poética de nossas vidas.
(Extraído do livro em PDF: A CABEÇA BEM-FEITA – Edgar Morin – Página 10 – EDITORA BERTRAND BRASIL LTDA.)

A humanidade deve tomar consciência da incerteza do futuro e de seu destino comum.

Às vezes me sinto esmagado pelo amor à vida. Que beleza, que harmonia, que unidade profunda, que complementariedade e solidariedade entre os seres vivos! Que força criadora para inventar miríades de espécies animais e vegetais singulares! Às vezes me sinto esmagado pela crueldade da vida, pela necessidade de matar para viver, por sua energia destruidora, seus conflitos, sempre com o triunfo da morte. Depois consigo reunir, manter, ligar indissoluvelmente as duas verdades contrárias. A vida é dádiva e fardo, a vida é maravilhosa e terrível.

Edgar Morin
Lições de um século de vida. Rio de Janeiro: Bertrand, 2021.
Inserida por pensador