Duarte
A história mal contada
Da luta não falada até mesmo nas salas de aula.
Zacimba é o nome dela!
Zacimba Gabá!
A princesa que que então teve que lutar.
Como um raio na escuridão
E uma coragem singular
Os fazendeiros Zacimba não hesitou em enfrentar.
Com açoites foi respondida, e naquela noite amarga e fria
Teve mais uma vez a sua alma ferida.
Mas não se deixou abalar!
A confiança do fazendeiro conseguiu conquistar
E com juros a sua dívida o fazendeiro teve que pagar!
Do reino a senzala, da senzala ao quilombo
da luta ao "mimimi" que hoje tenho que escutar "é drama,
quer chamar atenção".
Imagine nós voltando no tempo da escravidão!
Não sabemos admirar com os olhos.
Não sabemos amar de longe
Seja uma flor
Seja um passarinho
Seja uma mulher!
Você chegou como aquela brisa suave da manhã em um domingo tranquilo;
Trazendo consigo tudo o que há de mais belo na vida, me apresentou um lado do mundo que eu ainda não conhecia.
Mostrou-me poemas, livros — daqueles que cativam e trazem paz à alma.
Trouxe Maria Bethânia, com suas letras apaixonantes, cheias de desejo e euforia;
Chico Buarque, com seu amor lírico e suas críticas tão eloquentes.
Me apresentou à cultura, ao amor — e ao quanto ele pode ser belo.
E, junto com tudo isso, trouxe você: feito de música, poesia, textos e sentimentos.
Entrou no meu coração aos poucos, como quem não quer nada…
E, de repente, se foi.
Deixando para trás apenas tudo de bom que pôde me entregar.