Dietrich von Hildebrand

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"O verdadeiro amante compreende que a união física é algo misterioso e profundo, mediante o qual, de modo exclusivo, revela seu segredo à pessoa amada, e esta lhe revela o seu. É um fato muito significativo e profundo que a Bíblia fale desta união física como 'conhecimento' -- conhecer uma mulher. Este termo expressa intimidade e profundidade da revelação do segredo da pessoa, a autodoação que esta união corporifica."

Tão logo experimenta um amor verdadeiro, real, uma aventura feliz como é todo e qualquer amor, vê-se que se liberta das malhas do egoísmo, que se torna generoso, que supera a sua própria insignificância. Com efeito, não é senão no amor que se vive verdadeiramente.

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Por conseguinte, a idéia de que a pessoa que ama vê o outro como um meio para a sua própria felicidade constitui o mais radical equívoco a respeito do amor.
A resposta que damos à preciosidade e beleza do ente amado manifesta-se no desejo de união com ele, a 'intentio unionis', e no interesse pela sua felicidade ou bem-estar, a 'intentio benevolentiae'.

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"Desejamos a união com o seu verdadeiro ser; desejamos uma vida em comum com ele, e a retribuição do nosso amor assume importância incomparável. Por um caráter essencialmente extático, que se designa por 'estar apaixonado', o amor conjugal difere de todas as outras categorias de amor. Estar apaixonado — este estar encantado, estar fascinado, estar capturado por algo maior que o que somos — é geralmente observado com um sorriso, e se considera uma excitação ou uma paixão louca, uma espécie de extravagância juvenil. Isso é um grandíssimo erro. Em verdade, o autêntico estar apaixonado é uma feliz e desperta condição da alma. Torna-nos mais atentos para o mundo inteiro dos valores; vive-se então em estado mais autêntico, como admiravelmente escreveu Platão, em Fedro. Por certo, como em toda a parte, há aqui a diferença entre um profundo, verdadeiro estar apaixonado, que constitui o ápice de um intenso amor conjugal, e uma paixão superficial, um falso estar apaixonado. Em toda a parte, essa diferença existe. Há um verdadeiro gênio artístico e um falso gênio; há um verdadeiro filósofo, como Platão, e um falso filósofo, como Sartre. Mas tal possibilidade de impostura não afeta o valor da arte ou da filosofia, nem o valor de estar apaixonado. "

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