Desarel
"Eu sou" é imutável, "Eu tenho" é finito. Quando entendermos a importância do "Ser", sem nos importarmos com o "Ter", poderemos ser felizes, pois o "Ter" perderemos, mas o "Ser" sempre seremos.
Eu sou a minha casa, num infinito jardim, onde a cada dia rego minhas flores e guardo as que já se foram, em mim. Minha casa, meu jardim não tem fim. Minha paz, meu amor não têm fim, assim
Plante flores no jardim da sua mente.
Quanto as ervas daninhas, deixe-as, também, porque elas jamais irão embora, apenas perderão importância.
A função da erva daninha é somente pra mostrar quanto a flor é linda.
Afinal, seus defeitos, medos, incertezas também fazem parte da sua história, são suas cicatrizes, gigantes que superou. São a vitória do bem contra o mal.
É a essência que tem de amar a essência que tem de ser amada pela essência....
Fora disso, não é essencial.
Graças a Deus que o passado passa, porque se não passar, o presente deixa de ser um presente, o futuro não terá sentido, e o tempo deixa de ser um remédio pra ser um martírio, um desperdício.
As pessoas só lhe valorizarão quando virem que você é único. Quando virem que ninguém é igual a você. Torne-se incomum, torne-se raro, não no sentido de faltar ou sumir, mas ser tão excelente, excepcional que muito poucos se igualarão a você. A sua presença maciça, conveniente, amiga, útil, será sentida na sua ausência.
Faça tudo com excelência, mesmo as tarefas mais comuns, mais simples.
Aprenda a marcar a sua existência, o seu comportamento de maneira tal, que até o silêncio lamentará a sua voz.
O ser pode-se achar evoluído a partir de quando amar a virtude mais que a beleza ou conveniência...
O ser humano estará no controle de si mesmo, quando não precisar mais controlar os outros, porque confia em si mesmo. Aí confiará nos outros.
"Por que eu andaria com as minhas próprias pernas se tenho as pernas dos outros pra andar?"
Assim pensa o aleijado emocionalmente.
Ruim é quando os outros resolvem levar suas pernas embora...
O orgulho leva ao egoísmo, o egoísmos leva à presunção, a presunção leva à empáfia, a empáfia leva à porfia, a porfia leva à separação, da separação ao isolamento, desse à solidão. Da solidão? O parar pra pensar.
As pessoas só se preocupam com a boca torta do hábito do cachimbo e não se preocupam com o câncer do hábito de fumar, por que?
É porque a preocupação maiordo ser humano é a sua aparência, não a sua saúde.
A felicidade causada por sermos gratos causa a gratidão por sermos felizes por sermos gratos. Entendeu?
Nem sempre quem cala, consente.
Às vezes quem não quer conflito, cala-se, porque se libertou da necessidade de se exaltar;
Porque não precisa provar nada a ninguém.
Outras vezes, e o mais lindo, quem cala está intercedendo por aquele que acusa injustamente, porque calar ante uma acusação injusta, é domínio próprio e sabedoria.
Aqueles que se aproximam de alguém por causa das circunstâncias, beleza física, sensualidade, poder, finanças...Têm como valores e deuses, todas essas coisas.
Esses podem até serem lindos por fora, porém são como sepulcros caiados e essa relação estará fadada à infelicidade.
Os amigos de verdade sempre ficarão felizes com a sua felicidade. Mesmo que estejam sofrendo, mesmo infelizes; porque quem lhe ama verdadeiramente, receberá a sua felicidade como a sua própria. Porém, quem não lhe ama, mal conseguirá disfarçar o descontentamento pelo seu sucesso.
Porque o amor une os amigos, são duas criaturas unidas pelo amor, e, por extensão, a dor de um é a dor do outro, a alegria de um é a alegria do outro.
Um dos maiores embates que travamos é na área da confiança, em função de tantas vezes o ser humano ter sido traído, abandonado. Esquece-se, porém, ele, o homem, que pra se confiar em alguém, torna-se imperioso confiar em si próprio. Como poderia a flor exalar seu perfume tão magnífico, se não confiasse que o sol brilharia?! Antes de tudo, sigamos firmes, a passos largos, confiantes que o sol brilhará e seremos iluminados e aquecidos pelos seus raios, pois quem enviou o sol, Deus, é sempre fiel.
Pena que, muitas vezes, só percebemos o quão pueris são nossas frustrações, quando perdemos o que realmente importa.
Por isso que há muito tempo aprendi a importância de ser grato, sempre relevando o que tem relevância e abandonando à insignificância o que é insignificante.
É por se acharem importantes demais, que vejo normalmente pessoas reclamando da felicidade e vendo defeitos na perfeição; Esses não contemplam mais o sol, não sentem mais o vento em seus cabelos, não ouvem mais os pássaros. São vazios, frios, brutos como as pedras. Pesados como elas.
Que em silêncio profundo, tenhamos coragem de encarar o abismo de nossa cegueira.
Que em silêncio profundo reconheçamos as trevas que nos assombram, que assombram a nossa alma, buscando o autoexame que traga aos nossos olhos, à nossa mente, a luz que possa nos despertar, nos libertar das masmorras do pecado, do egoísmo, do orgulho, do mal.
O problema é a dor... O medo da dor, da mágoa. E ele vem quando amamos alguém. Tem a dor do abandono, da perda, do desamparo, da decepção. Dor. O ser humano sente medo por causa da dor.
Por isso as relações superficiais, sem envolvimento, autossabotadas.
Mas, por que o medo?! Essa é a chave, a causa. Esse é o caminho.
As crianças têm medo.
Adultos crianças, também.