Clara Leal
Crônica
Era uma noite chuvosa,dia 30 de janeiro de mil novecentos e quarenta e cinco,estava prestes a fazer 16 anos,morava em uma casa muito grande no centro de São Paulo,como de costume depois de lavar a louça do jantar,fui para o meu quarto rezar o terço,acendi uma vela e ajoelhei,foi quando um vento forte passou por entre a minha janela e balançando as minhas cortinas de seda apagou a chama da vela e no mesmo instante ouvi um grito vindo da sala,era a minha mãe que acabara de amparar a minha irmãzinha desfalecida em seus braços,foi a pior experiência da minha vida, e eu nuca imaginei que isso poderia um dia aconteçer,principalmente em um sonho,enquanto dormia no meio das minhas orações.
Ei menina,tu és tão linda,não derrames tuas preciosas lágrimas por alguém que não te mereçe
Ei mulher tú és linda como és,não precisa mudar nada em ti, a menos que queira
Ei princesa,a vida é tão passageira não perca teu tempo se lamentando por quem não soube te dar valor
Ei flor,aprenda que a vida é sempre mais colorida quando tu sabe se dar valor
Ei guerreira lembra o quanto você ja lutou, olha e veja que não precisa parar por causa de uma derrota,pois a guerra é feita de várias delas e a vida é feita de ganhos e perdas
Ei garota,sabes que pode ficar um tempo amuada,afinal ninguém é de ferro, porém devemos sair mais fortes desses momentos de repouso
Ei rainha,nunca se sinta sozinha pois no mundo há alguém que um dia vai te amar do jeitinho que és
Ei linda,aprenda a cuidar de si mesma para que venha se sentir tão perfeita a ponto de não aceitar qualquer coisa
