Chap

Encontrados 7 pensamentos de Chap

Vai voar. Cê tem a chance, cara. Vai lá sentir o abraço da terra que nunca te viu antes. Pra quando chegar, contar tudo; contar se é em inglês o latido do cachorro irlandês, se dói muito cair de bike no Japão. Quando puder, mande uma carta....Ver mais
Foto: Vai voar. Cê tem a chance, cara. Vai lá sentir o abraço da terra que nunca te viu antes. Pra quando chegar, contar tudo; contar se é em inglês o latido do cachorro irlandês, se dói muito cair de bike no Japão. Quando puder, mande uma carta. E-mail não vale. Quero saber como são as cartas da Rússia e se sua letra muda quando está com frio...
... Porque um dia eu vou viajar, mas enquanto eu não for, vai por mim. Cê tem asa, cara.

Aprender é a palavra mais linda do dicionário. Aprender é um lugar cheio de lâmpadas e interruptores. Esses, disponíveis para apagar uma luz que, se acesa, fica cada vez mais forte...
...Aprender é pular, bater a cabeça e não morrer.

"Ando meio triste em relação ao futuro. Sempre fui desses de fé inabalável, mas tá difícil compreender tanto ódio. Por que você virou ‘isso’? Como foi capaz de, em poucos anos, se tornar alguém tão desconhecido?"

Estamos fracos de paixão. Temos a horrível tendência de querermos nos aproximar apenas daquilo que dá recompensa.

Quem diz que nunca sentiu-se sufocado pela saudade está MENTINDO ou não é da mesma raça que a minha.

Não perco mais ninguém por orgulho.
Aqui não há dessas vaidades.

Ela é assim: linda. E sobrava tanto que quando eu encostava nela, me sentia lindo também. E aqui falo de beleza que sai dos poros, não nas capas. Ela era justa. Podia gritar, podia chorar, podia implicar e morrer de ciúmes; mas eu morreria ao lado de uma justa. Só que não deu. Num desses dias esquisitos, sumimos. Ela foi pra lá. E eu vim parar aqui.

Palavra não é revólver, mas mata tanto quanto.

Inserida por carlinharios

"Nunca acreditei no ‘pra sempre’, mas te exclamei até meu ponto final."

Não é grosseria quando você aprende a traduzir olhos que frequentemente desviam dos seus; mãos que não param de gesticular. Beijo não se pede. Roube-a num assalto passional. Silencie a timidez com desejo e mão na nuca.
Saiba que a única parede que impede isso acontecer é a sua hesitação. Beijo é calor, não um favor.

Ela tinha algo e eu não sabia que algo era. Eu sabia é que a espera era amarga. Que guardar amor é frio; é inverno. Então eu contei tudo. Depois do beijo roubado e do tapa recebido, eu contei tudo. Disse que aquela paixão gritava. Que ou a beijava, ou a terra toda pararia de girar. Ou eu beijava, ou o sentido de tudo se esvairia. Mesmo que fossem apenas milésimos de dor; são esses que levam anos da gente.
Quando percebeu minhas intensidades, meu coração acelerado e a ansiedade que só paixões causam, ela se entregou. Disse que em mim tinha algo que ela sempre gostou e não sabia o que era.
Na verdade, até hoje não temos certeza do que é, mas sabemos o que está. Deixamos o tempo e os formatos de lado. Nosso roteiro é desses guiado por vôos altos, não por vaidades da tradição. Não somos algo, mas estamos e estamos muito.
Nunca contei nada, mas a real é que desconfio qual era aquele algo que ela tinha e ainda tem. Era a intensidade e a liberdade. Era esse calafrio quente que só sonhos livres causam na gente.
Ela chegou com asa na alma.

Inserida por carlinharios

Joguei meus relógios fora. Nem tudo se resume ao agora. Assim que o tempo me deu um tempo, caí de cabeça no tudo de ontem; no tanto do amanhã.

Inserida por carlinharios

Hoje eu achei um pé de um sapato seu. Tava numa caixa em cima do guarda-roupa. Lembrei de você de uma forma boa. De um jeito aliviado. Imaginei direitinho os pés que tanto violaram meus acordos de paz. Os mesmos que ganharam uma bolha naquela viagem. Fomos pra praia e nenhum de nós levou chinelo. No mesmo dia que te dei banho gelado depois das seis caipirinhas. No dia em que, três horas antes, eu falei pela primeira vez que te amava.

Olhei seu sapato e lembrei que, de fato, você era dessas que faz o cara sorrir. Um presente bom da vida. Mas foi a vivência que me fez entender: no fluxo de caminhar, o tropeço é inevitável. Ralados ou com pés torcidos, precisamos continuar.

O foda é que - de uma hora pra outra - a mulher forte e honesta morreu em você. O tempo engoliu nossos sonhos e, de grão em grão, o respeito sumiu. Logo em nós, que pregávamos tanto. Aí meu orgulho mandou reagir. Reagi e tive dias em que acordar e encarar a vida era o verdadeiro pesadelo. Pés e rumos entraram em colapso.

Nesses tempos, caminhei por aí. Sem sua mão junto da minha, fiz bolhas mais doloridas que as suas. Doíam por dentro. Demorei pra aceitar que eu não seria aquele a te fazer sambar em dia triste. Demorei pra entender que nossas personalidades não cedem. Não se bicam e não se aceitam.

Já cicatrizando, descobri: toda demora tem hora pra acabar. Hoje, procurando um lugar no guarda-roupa para armazenar novos sonhos, acabei achando seu pé de sapato. Lembrei de você de uma forma boa. Eu estava aliviado e quis seu bem.

você
não
me deu
nada
além dos
melhores
beijos
da
minha
vida

e agora?

como é
que
fica?

Ela lembrou como ele beijava o pescoço. Lembrou o que ele dizia às terças; antes do bar de sempre. Lembrou daqueles banheiros que rendem, até hoje, belas memórias. No torpedo: ‘Tô com saudade.’ Ele ria e ela via que era de verdade. Era daquelas paixões fortes. Ela dizia ter medo de ficar sozinha e que baratas não mereciam lugar no mundo. Ela lembrou que sentia o maior amor do mundo.

Ele lembrou como ela pedia mais e mais forte. Lembrou o que ela dizia às quintas; aquelas em que ele dava carona pra ela na faculdade. Aquele carro rende, até hoje, histórias quentes de dois corpos que se ama(va)m. No olhar ele deixava claro: ‘Eu poderia ficar aqui pra sempre’. E ela ria; via que era de verdade. Era daquelas paixões que descem e sobem ladeiras. Ele dizia ter medo de acontecer algo se ela continuasse andando nas ruas de maneira tão distraída. Lembrou do quanto poderia ser horrível perder, de qualquer forma, aquela mulher.

Mas a grande verdade é que aquele casal louco lembrou de muitas outras coisas, só que o telefone não tocou. Nem lá. Nem cá. Eles não se falaram. Continuaram infelizes, não sei se para sempre, mas até agora. O não dito está matando aqueles dois que não deixaram pra depois o tal orgulho.

Têm sido tempos horríveis; de alma que sangra e saudade que devasta. E pensar que basta só um deles dizer:

- Oi.

Inserida por carlinharios

Ela é maluca por ele. Ele é maluco por ela. Mas ambos estão parados em frente à janela tentando entender porque acordaram longe um do outro. Longe outro do um. Não desgrudam dos celulares e nesse exato instante consideram saudade o pior de todos os males.

Inserida por carlinharios