Brené Brown
O problema não é a gordurinha nas costas! Vocês estão preocupadas com isso, mas nós não. Não estamos nem aí! (...) Parem de fantasiar sobre o que se passa em nossa cabeça. O que realmente pensamos é: Você me ama? Você se importa comigo? Você me quer? Eu sou importante para você? Sou bom o bastante?
Em nosso mundo de mídias sociais é cada vez mais difícil identificar o que é uma tentativa verdadeira de contato e o que é puro exibicionismo.
Este conceito de que o líder precisa estar “no comando” e “ter todas as respostas” é ultrapassado e paralisante. Ele causa um impacto prejudicial sobre as pessoas ao arraigar a ideia de que elas são bem menos e são inferiores.E a receita para o fracasso é: a vergonha se transforma em medo, o medo conduz a aversão ao risco; a aversão ao risco aniquila a inovação.
A vergonha corrói aquela parte de nós que acredita que somos capazes de mudar.
A autovalorização nos inspira a ser vulneráveis, a compartilhar sem medo e a perseverar. Por outro lado, a vergonha nos mantém atrofiados, tímidos e medrosos. Nas sociedades com tendência à vergonha, em que pais, líderes e administradores, consciente ou inconscientemente, estimulam as pessoas a vincularem a sua autovalorização ao que elas produzem ou à posição que ocupam, observa-se muito mais isolamento, culpa, maledicência, estagnação, favoritismo e uma total escassez de criatividade e renovação.
Essa decepção estará ligada ao que você faz, e não ao que você é. Independentemente do resultado, você já ousou grandemente, e isso, sim, está totalmente alinhado com o seu valor, com a pessoa que quer ser.
A maioria de nós sabe muito bem prestar ajuda, mas, quando se trata de vulnerabilidade, é preciso saber pedir ajuda também.
Para assumir a verdade sobre quem somos, de onde viemos, em que acreditamos e sobre a natureza imperfeita de nossa vida, precisamos estar dispostos a pegar leve nas cobranças e apreciar a beleza de nossas falhas e imperfeições; precisamos ser mais amorosos e receptivos com nós mesmos e com os outros.
Líder é alguém que assume a responsabilidade de descobrir o potencial de pessoas e situações. O termo nada tem a ver com posição, status ou quantidade de subordinados.
As mulheres se sentem exaustas, e pela primeira vez enxergam claramente que as expectativas do começo [ser doces, magras, bonitas, caladas, mães e esposas perfeitas, e não ter poder] são impossíveis de cumprir. As realizações, os elogios, e as conquistas, que são uma parte sedutora de viver segundo essas normas, começam a parecer um péssimo negócio.
As expectativas e mensagens que abastecem a vergonha nos impedem de perceber quem nós somos como pessoa.
Cultivamos o amor quando permitimos que nosso eu mais vulnerável e poderoso seja totalmente visto e conhecido e quando honramos a conexão espiritual que surge dessa ação com confiança, respeito, gentileza e afeto.
Quando vocês querem estar conosco sem reservas nos sentimos mais valorizados. Ficamos mais felizes. Acreditamos mais em nós mesmos.
Nos momentos em que os homens se mostram verdadeiramente vulneráveis, a maioria de nós entra em pânico – que se expressa como indignação e desprezo.
Vivemos em um mundo onde a maioria das pessoas ainda é adepta da crença de que a vergonha é um bom instrumento para manter as pessoas na linha.
Em resumo, viver com ousadia exige autovalorização. A vergonha envia os gremlins, que enchem nossas cabeças com mensagens limitadoras.
O assassino secreto da inovação é a vergonha. (...) Aquele medo profundo que todos temos de errar, de ser depreciados e de nos sentir menos do que o outro é o que nos impede de assumir os riscos indispensáveis para fazer nossas empresas avançarem.
Se você quer implantar uma cultura de criatividade e renovação, em que riscos concretos tem que ser assumidos tanto em nível coletivo quanto individual, comece por desenvolver nos gerentes a capacidade de estimular a vulnerabilidade em suas equipes.
Viver uma vida emocionalmente saudável tem a ver com impor limites, gastar menos tempo e energia se preocupando com pessoas sem importância e enxergar o valor de se trabalhar para ter um vínculo de maior qualidade com a família e os amigos mais próximos.
Uma vez que você descobre que sua autoestima está ligada ao que produz ou cria, é pouco provável que vá mostrar o que fez!
Você tem consciência de que é muito mais do que uma pintura, uma idéia de vanguarda, uma boa tecnica de vendas, um bom discurso ou uma boa colocação na lista dos mais vendidos.
Requer coragem dizer sim para o descanso em uma sociedade onde a exaustão é vista como símbolo de status.
Humildade: Esse sentimento reconhece que o sofrimento e as ideias de inadequação pessoal fazem parte da experiência humana em geral – algo por que todos passam, e não uma coisa que acontece somente a você.
A verdadeira aceitação só acontece quando apresentamos nosso eu autêntico e imperfeito para o mundo, o nosso senso de aceitação nunca pode ser maior do que nosso nível de autoaceitação.