Bianca Mendes

Meu suor faz mais pelo mundo do que seus deuses.

Tem calma, moço. Respira. Não há tempo para urgências. Me bebe com calma, sem engasgar.

Sabe por que rezo chamando o anjo da guarda todo dia antes de dormir? Por que meu anjo da guarda é safado.

Ah, quem me dera te abraçar e te nascer em mim. Assim, de fora pra dentro.

Se vai se jogar, moço, se vai cair, caia da sua própria altura. Você é assim tão grande moço, que enquanto o chão não beija seu abraço, você voa.

Se eu fizesse um eletroencefalograma hoje o médico ficaria surdo. Minha cabeça está cheia de gritos.

Quando criança, eu era feminista. Depois cresci.

Só leio até o fim os livros que não gosto. Todos os outros ficam por acabar, vivos, pulsantes, na estante.

Me deseje outra coisa, poeta. É que não dá pra ser feliz e ter paz ao mesmo tempo. Não dá! Não dá! Eu quero é outra coisa.

Não sei medir dor. Quando o caso é amor, toda dor é extrema.

Estou capaz de grandes sonhos. Grandes mesmo! Daqueles que duram uma noite inteira, sabe?

Julgar-me é inútil. já estou sentenciada à pena de morte. Estamos todos.

Meu prato preferido é um poema que me consome. Meu prato preferido, querido, é quando comida rima com fome.

Se Morfeu te levar de novo eu fico brava. Se ele te levar de novo, rompo com ele e não durmo nunca mais.

E quando começo a ficar muito perfeita cometo logo um pecado, pra não cair na tentação.

Qual um lobo numa matilha eu me julgava igual por ser muito parecida. Não podia estar mais absurda: enquanto todos latiam, eu uivava.

A modéstia é o mais alto estágio de vanglória que uma pessoa pode atingir. É quando quase se obriga o outro a enaltece-la, e enaltece-la...

Por favor, não faça como todos, não desista de mim.

Isso dói. Dói muito. Por favor, faça isso passar!

E no dia que te conheci decifrei sua alma através do teu sorriso. E eu pude sentir que havia conhecido a pessoa que amaria pelo resto da minha vida.

É incrível como algumas pessoas confundem timidez com ingenuidade.

Cansei desses “pra sempre” de uma semana.

Eu amo Fulano, que gosta de Sicrana, que está afim de Beltrano, que tem um lance com a vizinha… E quem acaba trancada no quarto, acabada e na pior, sou eu, por ser a única a amar.

— Por que você mudou tanto?
— Não mudei, só deixei de ser idiota. Apenas.

É como se pra viver, eu precisasse de você. Precisar ouvir sua voz antes de dormir… Ver o seu rosto, e lembrar dos nossos diálogos, até mesmo daqueles que eu inventei na minha cabeça.