Antonio Almas

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É nesta cumplicidade entre as minhas palavras e os teus sentidos que se criam mundos, personagens e fantasias!

Inserida por SoulMoon

Mãe Natureza

A neblina afaga os cumes das montanhas com o seu gélido hálito, a chuva precipita-se dos céus sobre a terra sedenta, a floresta recebe esta dádiva, absorvendo cada gota que cai no seu âmago enquanto o vento agita as suas copas, é um bailado, em que o ciclo da vida se envolve numa dança intima entre os elementos. Não haverá Primavera sem um Inverno, não haverá flor sem que a planta mate a sede que o Verão quente lhe infringiu, Esta cadeia de acontecimentos é controlada pelo equilibro da Mãe Natureza, que em toda a sua imensidão nos oferece em cada estação a beleza destes momentos.

Gosto de ficar sentado, sempre que sinto o astro molhado, a ver a chuva cair, é como alento, como ter a certeza que uma Primavera está porvir.

Inserida por SoulMoon

Passo a passo construo o percurso de uma vida, sabendo que as pegadas são as recordações que ficam da minha passagem por aqui.

Inserida por SoulMoon

Divago por esta sala imensa, onde o espaço vazio propaga os ecos e as memórias são fios de luz que iluminam o meu pensamento.

Inserida por SoulMoon

Pergunto-me se os meus passos alteram o relevo do caminho, ou se simplesmente se moldam às pedras que pisam!

Inserida por SoulMoon

Ser capaz de ler os escritos da alma, é poder entender melhor o que nos envolve, o que nos aporta a calma.

Inserida por SoulMoon

Saber ler é apossar-se das palavras como se fossem nossas, é vesti-las e senti-las tocar-nos a pele.

Inserida por SoulMoon

Hoje poderia falar-te de tantas coisas profundas, dizer-te daquilo que sonho quando tenho os meus olhos abertos, daquilo que sinto quando tenho os meus sentidos despertos. Hoje podia perder-me nas descrições de tantas e tantas emoções, poderia tentar convencer-te que o céu não é apenas negro quando é de noite, que a Estrela da Tarde é um planeta e que apesar da dor a vida é sempre bela. Não, hoje não quero perder-me entre palavras, deambular pelas conversas banais, ou por outros discursos mais intelectuais, não me apetece filosofar, sequer sonhar, prefiro apenas ficar calado, encostado aos braços do meu silêncio, no conforto confinado deste momento, em que apenas olho, em que apenas contemplo, o brilho claro de um sorriso, o detalhe quase imperceptível dum reflexo, ou, tão somente o contorno suave duma silhueta que no chão da rua projecta a sombra do teu intelecto.

Há dias assim, em que prefiro não ser nada, para preencher-te com tudo aquilo que gosto de observar em ti.

Inserida por SoulMoon

Espero, sentado na cadeira do tempo pelo futuro que há-de trazer-me as recordações do passado.

Inserida por SoulMoon

É na imensidão do sonho que damos asas à nossa imaginação, onde aprendemos a divagar por toda a nossa emoção.

Inserida por SoulMoon

Estar atento ao que o vento nos diz, é saber escutar a voz dos escritos, o murmúrio das palavras que não nos temos dito.

Inserida por SoulMoon

Na voz do vento escuto os poemas carregados de sentimentos, abraço a música que se propaga no meu pensamento.

Inserida por SoulMoon

Ficar em silêncio é deixar estar quieto o tempo, sentar-se e esperar, pelo momento de regressar.

Inserida por SoulMoon

Reflicto sobre a essência dos sentidos, as ligações cósmicas que nos levam a deduzir sensações, que nos aproximam de certas almas e provocam nelas avalanches de emoções. Percebo que há uma rede de conexões que são fios invisíveis que nos unem, que nos ligam numa torrente saborosa de sentimentos. Esta ligação não acontece sempre, não acontece com toda a gente, apenas com aqueles que como nós partilham duma capacidade sensorial diferente. Aqueles, como nós, que presentem numa palavra a fonte que a jorrou, que deduzem numa frase o intuito para que foi escrita. Afinal, no principio foi a palavra que nos juntou, que nos abraçou num afago terno, que nos fundiu numa corrente tórrida, que fez diluir-nos em oceanos de prazer. O prazer de ler, mas também a capacidade de o sentir na pele, de provocar o corpo que reage ao estímulo da verbalização dos sentidos.

Recebo em mim o retorno das emoções que dissemino, percebo que não estou sozinho, que lá fora há muito mais seres que percebem nas palavras aquilo que digo com a alma, este é o reflexo duma alma colectiva que se estilhaçou em mil pedaços no início dos tempos e que agora se reencontra em cada grão de areia desta praia celeste.

Inserida por SoulMoon

A dimensão da vida é aquela que desejamos dar-lhe. Viver com os sonhos e voar com as realidades que criamos é ser capaz de concretizar os nossos ideais.

Inserida por SoulMoon

Se fechardes os olhos, mergulhardes no silêncio, podereis encontrar-vos na imensa sala da Alma. Lá, a vida é simples como deveria de ser e a paz é simplesmente o abraço que vos envolverá.

É fundamental sentir para ser, de outra forma seria insuportavelmente entediante, porque o vazio é tão esmagador que nos faria sucumbir.

Inserida por SoulMoon

A solidão permite-nos mergulhar no nosso intimo e percorrer os abismos do nosso vazio, só assim saberemos compreender-nos melhor.

Inserida por SoulMoon

O vazio, apesar de assustador, será sempre um espaço a preencher com amor.

Inserida por SoulMoon

Ventos na sombra


Ventos na sombra empurram a luz,
suaves segredos que teu corpo seduz.
Momentos, instantes de puro prazer,
vontade, desejo de apenas te ter.

Dançam os corpos na Noite vazia,
silêncios despidos que a alma temia.
Passos certeiros de meu corpo se elevam,
entregues a ti quando minhas mãos te levam.

Gritos contidos e...nvoltos em magia,
almas perdidas que a Noite vigia.
Formas diversas se agitam no ar,
ondas imensas se levantam no mar.

No instante mais longo do tempo,
minha vida te entrego num simples lamento.
Abraças o corpo que em ti se abandona,
mulher, menina ou simples amazona.

in Reflexos d'Alma

Inserida por SoulMoon

Por mais que a alma nos exija que sonhemos, a realidade nos demanda que actuemos.

Inserida por SoulMoon

Os aromas trazem consigo as essência, reflexos de momentos que guardamos na alma.

A Alma é como um pássaro, de asas abertas no céu azul, seguindo a deriva do vento. Há-de pousar, em qualquer lugar, e deixar-se ficar com a vontade de quem jamais quererá partir.

Inserida por SoulMoon