Andriele Freitas
Eu sinto tanto a sua falta, que as vezes chorar não se torna o suficiente a vontade de não estar mais aqui é enlouquecedor!
Eu me sinto sozinha mesmo cheio de pessoas, isso é tão comum que muitas vezes eu me pego vendo a minha vida passando em câmera lenta!
Dizem que com o tempo as lágrimas param de cair, essa foi a maior mentira que me contaram depois que você partiu!
Eu queria poder te ver todo dia nos meus sonhos, sentar ao seu lado e ouvir você falar sobre qualquer coisa, ver a sua risada, olhar para seus olhos e então poder me sentir viva de novo!
Eu achava que existia uma fonte para as lágrimas e que elas se esgotariam com o tempo! Mas parece que elas se multiplicaram a cada dia!
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“Tem dias que pareço inteira… mas é só o céu se pintando por fora. Por dentro, sigo juntando os pedaços de quem já fui.”
Às vezes sou só silêncio tentando respirar entre lembranças. O pôr do sol me entende — ele também se despede bonito, mesmo doendo.
Transbordar.
É sobre não caber em si.
É quando a alma se alinha com o momento e tudo que existe em você… escorre em luz.
É se permitir sentir, expandir, ser.
É vestir o silêncio da floresta e ainda assim gritar presença.
É saber que quem transborda, cura. Cura a si, e toca o outro — mesmo sem intenção.
Somos feitos de luz e sombra.
Dentro de cada silêncio, mora uma escuridão que nos ensina.
Dentro de cada sorriso, uma luz que a vida acendeu.
Não há caminho verdadeiro sem tropeço,
nem alma inteira sem partes escuras.
É na sombra que a gente entende o valor da luz.
É na luz que a gente aprende a acolher a sombra.
Ser inteiro é permitir-se ser céu e tempestade.
E ainda assim, florescer.
EU mereço amor,
não aquele que pesa,
mas o que pousa leve,
feito brisa em tarde serena.
mereço olhos que veem além,
mãos que não soltam no escuro,
palavras que cuidam,
e silêncios que acolhem.
mereço ser escolhida
mesmo nos dias em que
nem eu me escolheria.
mereço o amor que fica,
mesmo quando o mundo grita.
aquele que abraça
até as partes mais esquecidas de mim.
porque eu sou feita de entrega,
de fé, de renascença.
e quem é amor,
nunca merece menos que amor.
Não é sobre perfeição,
é sobre presença.
Sobre olhar-se com calma,
com ternura e com licença.
Ver no reflexo não só um rosto,
mas a história por trás do olhar.
As lutas, os recomeços,
o jeito lindo de continuar.
Se veja com o mesmo carinho
que oferece ao mundo inteiro.
Porque seu brilho é raro,
e começa no espelho.
Olho pela janela
e o mundo respira devagar.
O vento conversa com as árvores
e o tempo parece pausar.
Há silêncio no céu cinza,
há promessa no raio de sol,
e aqui dentro,
uma alma que aprende a enxergar.
Não vejo só ruas e nuvens,
vejo memórias, vejo paz.
Vejo a vida dizendo,
com doçura: “ainda é capaz.
Me perdi entre vozes e rotinas,
em dias que passam sem me notar.
Sorrio, mas às vezes duvido
se ainda sei o que é respirar.
Carrego mundos nos ombros calados,
me esqueço nos planos que fiz pra depois.
Mas há um chamado que pulsa baixinho:
volta pra ti. Vem ser tua voz.
Preciso me encontrar no silêncio,
na curva de um sonho esquecido no chão.
Recolher pedaços, sentir minha essência,
me abraçar inteira, sem mais condição.
Você não precisa saber exatamente quem é, porque a alma é rio, não é rocha.
Ela flui, ela muda, ela aprende e se desfaz pra renascer.
Mas essa bússola interna que você tem — essa clareza de quem não quer mais ser — é o que vai te guiar sempre pra perto da tua essência.