Ana Smacks
Tão distante e tão perto,
Mesmo assim meu amor cresce nesse tempo incerto.
Às vezes acho que não vou aguentar,
Mais Deus só dá lutas que vamos aguentar.
E mesmo que eu pense em desistir,
Você me leva a persistir, e em mim insistir.
A paz que você me traz é algo que me tira a paz,
Como explicar?
Nem precisa, você veio com todas as respostas que eu me fazia.
Eu só queria não ter nenhuma preocupação por um minuto, poder respirar e sentir o prazer que é a vida.
Eu pensei que tinha todas as respostas da vida.
Pensei que não sentiria mas aquele friozinho na barriga,
pois, nem lembrava que existia.
Mas você chegou e eu não imaginei, até que ponto iríamos.
Você me instiga, me faz querer mais, mesmo não sabendo até onde vai.
Você é um sonho que não quero acordar, me faz esquecer tudo, e ao mesmo tempo lembrar.
É revoltante ver como tantas pessoas são rápidas em julgar os outros, sem ao menos parar para refletir sobre seus próprios erros. Parece que apontar o dedo virou um hábito, mas ninguém se dá ao trabalho de olhar no espelho e ver a "trava" em seu próprio olho. Como podem criticar, condenar, e ainda se acharem no direito de dizer o que é certo ou errado, quando têm seus próprios defeitos para corrigir? Antes de julgar alguém, precisamos nos olhar, reconhecer nossas falhas e parar de agir como se fôssemos perfeitos. É tanta hipocrisia que chega a ser desesperador. Se todos fizessem isso, o mundo seria muito mais justo e acolhedor.
É foda quando a pessoa usa antidepressivos por causa de pessoas que deveriam usar e não usam.
O mundo está doente, e ninguém quer curar a si próprio sem adoecer os outros.
Me sinto tão afastada da presença de Deus, que meu medo é que se eu tentasse orar ele não me reconhecesse mais, por ter passado tanto tempo sem me ouvir.
No silêncio frio da madrugada, Ana caminhava pela cidade vazia com os fones nos ouvidos e a cabeça cheia de perguntas que não sabia responder. O céu, encoberto por nuvens pesadas, parecia sentir o mesmo peso que ela carregava no peito. Era como se até as estrelas tivessem desistido de brilhar para ela naquela noite.
Trinta e dois anos. Era isso que diziam os documentos, os espelhos, os olhares que ela cruzava pelas ruas — e ainda assim, parecia que sua alma tinha séculos. Uma existência em preto e branco, onde os tons de cor vinham apenas quando cantava. A música era a única coisa que ainda a fazia respirar fundo, mesmo que cada nota saísse carregada de dor.
Veio uma lembrança de tempos em que sentir dor parecia romântico. Agora, doía mesmo — e não havia poesia nisso.
Porque talvez, pensou Ana, o sentido da vida não fosse encontrar um propósito. Talvez fosse apenas seguir em frente mesmo, cantando para as sombras, até que alguma luz decidisse voltar.
Tem dias em que a dor se cala… mas só porque está pesada demais até pra gritar. Tenho andado por dentro de mim tentando achar saídas, mas os caminhos parecem sempre levar ao mesmo lugar: o cansaço.
A cada dia, a coragem cresce. Não a de recomeçar — essa já tentei tantas vezes — mas a de silenciar tudo de uma vez. De, enfim, descansar dessa espera, dessa ausência, dessa luta que nunca teve trégua.
Talvez a verdadeira liberdade esteja mais perto do que imagino. E talvez, dessa vez, eu finalmente tenha força pra ir até o fim.
Meu nome é silêncio em meio à saudade. Amei com tudo o que tinha, mas descobri que amar sozinha não sustenta relação. Me divorciei do amor da minha vida, e sua ausência pesa mais do que o fim em si.
Ele ainda vive em mim, mesmo que eu não viva mais nele. Cada dia sem ele é prova de que não vai voltar — não por impossibilidade, mas por falta de vontade. E isso dói mais do que a distância.
Nunca fui prioridade, nem quando estávamos juntos. Esperei migalhas como se fossem tudo. Agora, sigo entre lembranças e dores, entendendo que o amor só vale quando é escolha, presença e esforço.
Ele nunca me escolheu. E essa é minha história.
Às vezes me pergunto como seria se eu tivesse escolhido lutar por nós. O arrependimento pesa, um fardo silencioso que carrego em cada segundo do meu dia. Não há hora em que eu não deseje voltar no tempo, mesmo sabendo que o passado é um lugar que só a memória visita. Fui cega… deixei vozes alheias bagunçarem o que era nosso, permiti presenças vazias se alojarem onde só cabia você. E, com isso, tornei ainda mais distante uma volta que poderia ter sido. Hoje, tudo que resta é a saudade de ficar juntinhos no sofá, de tonchinha. Aquele sofá pequeno, que mal cabia você inteiro, e que sempre tínhamos que mudar de lado, pra que doesse dos dois lados iguais rsrs... Uma saudade que dói, dói até de forma física.