Ambrose Bierce

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Antipatia: Sentimento inspirado pelo amigo do nosso amigo.

O conhecimento é a pequena porção da ignorância que arrumamos e classificamos.

Economia: aquisição do barril de uísque de que não precisamos pelo preço da carne de vaca que não nos podemos dar ao luxo de comprar.

O saber é um gênero da ignorância humana que distingue o homem estudioso.

Admiração. O nosso reconhecimento cortês de que outra pessoa se assemelha a nós.

Hospitalidade: virtude que nos obriga a alimentarmos e alojarmos certas pessoas que não precisam de alimentos nem de alojamento.

Cristão. Alguém que acredita que o Novo Testamento seja um livro inspirado por Deus, admiravelmente adaptado às necessidades espirituais do seu próximo.

O casamento é uma cerimónia em que dois se tornam num, um torna-se nada e nada torna-se suportável.

Nada é mais lógico do que a perseguição. A tolerância religiosa é uma espécie de falta de fé.

Eloquência é a arte de persuadir oralmente os tolos de que o branco é a cor que parece ser. Inclui o dom de fazer qualquer cor parecer branca.

Raciocinar: pesarmos as probabilidades na balança do desejo.

A morte não é o fim. Resta sempre a luta pelo espólio.

Paciência: uma forma menor de desespero, mascarada de virtude.

Ousadia. Uma das qualidades mais notáveis de um homem em segurança.

Epitáfio é uma inscrição num túmulo que mostra que as virtudes adquiridas pela morte têm efeito retroativo.

A política é a condução dos negócios públicos para proveito dos particulares.

Definição de cérebro: um aparelho com o qual pensamos que pensamos.

Citação: ato de repetir de maneira errada as palavras alheias.

O pessimismo é uma filosofia imposta às convicções do observador pelo desalentador predomínio do otimista.

Amor , insanidade temporária curável com o casamento .

A guerra é desatar com os dentes um nó político que não se pode desatar com a língua.

Louco(adjetivo): afetado por um alto grau de independência intelectual.

Desgraça: o tipo de graça que nunca vem só.

Destino: aquilo que autoriza os crimes do tirano e serve de desculpa para os fracassos do idiota.

Dia: um período de vinte e quatro horas, geralmente mal gastas.