Ademir Missias

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⁠Ajuda

As moedas que você gasta,
O dinheiro que você tem,
De nada tem sentido,
Se não ajudar alguém;

E quando você os acuda,
Por pouco que seja a ajuda,
O que resta então é o que fica,
Porque no outro se identifica.

Encontrarás no outro o que deste,
O que semeaste ou que plantaste.

O que fica então neste momento?
Se a moeda já não existe!
E o sentimento que persiste,
Num eterno reconhecimento.

Inserida por MIssias

⁠⁠Uma pergunta porque

Tantos com aprazimento
Se esbanjam se prodigalizam
Muitos tem sofrimento
Nem sonhos se realizam

Com champanhe balde de gelo
Vivendo na bonança
Em completo esfacelo
Sem fé com desesperança

Medo é a sobrevivência
De toda essa carência
E o sentido da vida

Seria essa a explicação
Cada um tem sua missão
Que aqui deverá ser cumprida
?

Inserida por MIssias

⁠Partida

⁠Sempre existirá uma ferida
Quando da partida
Se os lábios não se tocam
Sustento-me com recompensa,
Fugindo da tristeza,
Esperando que a saudade te induza
Ate que te seduza;
Desadormeço com a mesma trama
Pelo amor de quem se ama
A alma se repele
Reputo por toda pele
Pois foi a primeira que sentiu o desejo
E os olhos estão julgando da partida aquele beijo.

Inserida por MIssias

Minha Janela

Lanços fulgurantes da minha história
Retalhos da minha infância
Guardado na memória
Quando ainda criança

Vividos com alegria
Pequeno uma doçura
Brincadeira e fantasia
Colo de mãe muita ternura

Adolescência fragilidade
Incertezas, procura e vaidade
No mundo de tanta gente
Primordial controlar a mente

O amadurecimento necessário
Colo n’outro lado do morro
Pouca roupa no armário
Sem alguém pra pedir socorro

Sementes novas lançadas regando todo dia
Renascendo a alegria
Um quadro pintado em aquarela
Suplício fechar a janela.

Inserida por MIssias

⁠⁠Abelha procurando o alimento,
O ferrão o seu protetor,
Fabricando o mel pro sustento
Do perfume de uma flor.

O beija-flor a flor cobiçou
O pólen vai espalhando
Dele se alimentando
Da flor que se beijou

Da larva até o germe aparecer
Essa metamorfose acontecer
Em borboleta se transformar,

Da abelha, borboleta e beija-flor,
O poeta versos de amor.
Numa folha o seu saciar.

Inserida por MIssias

⁠CARPE DIEM

Antes de anoitecer
Coma o fruto ele vai apodrecer
Ainda não escureceu
Conte seu sonho se ainda não o esqueceu.

Que desânimo é esse
Se bonito ou feio
Conte a alguém e se expresse
Não abandone seu anseio

Acredite na poesia
Mais feliz será seu dia
Segure essa paixão

A solidão e obscura !
Tristeza não tem cura !
E a rosa do sertão ?

Inserida por MIssias

⁠⁠Resiliência

Contrariando minha teoria
E tudo que escrevi
Refiz minha poesia
Por causa dum bem-te-vi

Que saberes você tem
Diante da Natureza
Escreve o que convém
Nunca se tem certeza

Com resiliência e dedicação
Exemplo de superação
Construiu um belo ninho

Hoje tem a sua morada
Segura e bem arrumada
Em meio a tantos espinhos

⁠O lapso de minha consciência
Me responde com deveras clareza
De onde vim, onde estou e para onde vou e com
Enorme certeza
A respeito da minha existência.

Inserida por MIssias


O Lago ficou triste

A fúria da Natureza
Rebelou-se deixando tristeza
Quem sabia?
Sebastião não sabia!
O João não sabia !
Capitólio está de luto
Foi-se esperanças
Foi-se planos
Foi-se vidas, ninguém previa
Uma rocha se desprendia
Todos se surpreendem
Um paredão que cai
Um pedaço de cada parente se vai
E nós quem somos? expectadores curiosos da Tv
O Ibope foi grande !
Não tão grande quanto as lágrimas dos entes queridos,
Um estrondo num segundo
Resta um pedaço de rocha no fundo.

Ademir Missias

Inserida por MIssias

⁠Assim sou

Com beleza e encanto
Liberdade lindo canto
Cada um tem o seu ninho
Assim se fez o passarinho

Fez a noite fez o dia
Com poder de dominância
Deveras ignorância
O homem com sabedoria

A sabedoria roubou-lhe a identidade
Perdeu sua liberdade,
Não pode mais voar

Justiça dos animais
O homem que sabe mais
Caca-se onde morar.

Inserida por MIssias

⁠Remédio da vida

Vencer a relva da mata
Carregue o triunfo na manga
Ambular na corda bamba
Procure ser um acrobata

Matar a saudade do beijo
E curar a sua sede
Descanse numa rede
Espere passar o desejo

Lapidar a pedra bruta
Persistência, força e luta
Arroste na escuridão

Vasculhe o remédio da vida
Abolir a dor da ferida
Deixada no coração!

Ademir Missias jan/21

Inserida por MIssias

⁠Botina amarela

Na fazenda espinilho
Num lindo salpicado rosilho
Como regalo de criança
Guardarei essa linda lembrança

Uma boina de gaiteiro
Com seis anos muito faceiro
Um Galdério bem pilchado
Naquele corcel sem alguém do meu lado

Sorriso de jacaré esparramado
Um piá mais que arretado
Ganhei essa prenda singela

Trotando com estilo num embalo
Controlando o pomposo cavalo
Uma vistosa botina amarela

Inserida por MIssias

⁠Explicação

Ó linda que nasce da terra que sai das ranhuras com tanta bravura do pé desta serra,
Pedi tanto para não perder sua formosura, teu cheiro, sua textura.
Pedi para juntar-se uma a uma formando um montão, caminhar mais um pouco formando turbilhão
Pedi para guanandi, sanca d'água, imbaúba, pinhão do brejo, agarrar-te aos teus pés, para dar-te firmeza até chegar ao seu destino
Ó bebida amarga que provo todo dia
Em dias de calor e em noites frias
Quero uma explicação !
Porque tornaste tão amarga ?Levando nossas casas, meu arreio, meu cavalo
Minha tralha de montaria
Destruiu tanta beleza
Carregou nossa esperança
Nossos sonhos de criança
Ainda estamos de pé
Não levará jamais a nossa FÉ.
Leve o que no caminho achar
E não se esqueça do abraço, mas deixe minhas lágrimas no mar.

Inserida por MIssias

⁠Se assim fosse fácil

⁠A primeira martelada na pedra bruta tão sofrida
Tão importante quanto a última que a transforma em polida. Disciplina, e determinação
Iniciamos e concluimos a nossa transformação.
Substituamos o ódio e o rancor
Transformando tudo em amor
Amar o que nos rodeia
De corpo e alma
Livre foi a semeadura
Solidarizar com dor alheia.
Respeito e educação
Na luta sempre perdura
Resiliência nessa transformação

Na primeira martelada
A pedra bruta fosse ajustada,
Não e existiria perseverança
Padecida estaria a esperança.

No primeiro golpe tudo fosse resolvido
Assim eramos convencido
Não teríamos mais a dor;

Se persiste disciplina e paciência
A tolerância vence a resiliência
A furia perde para o amor.

Inserida por MIssias

⁠Mãe
Um choro no ventre surgia
Buscando a primeira carência
Na busca pela sobrevivência
No âmago ainda sorria

Um segundo choro então veio
Um grito de dor enlouquecia
Alimentado com o leite do seio
O sustento eu agradecia

Com seu carinho e doçura
Ensinou-me a educação
Controlei minha loucura
Aliviei o coração

Um castigo por meu engano
Fui muito orientado
Mudei meu cotidiano
Fez-me um afortunado

Seu esforço me incentivava
Por onde quer que andava
Sua ira me causava dor

Percorri vários caminhos
Machuquei em vários espinhos
Criei um Imo de Amor

Obrigado minha mãe

Inserida por MIssias