Auto Aceitação
"O sol e a tempestade caminham juntos, não como opostos, mas como partes inseparáveis do mesmo tecido. Não é sobre esperar o alívio ou temer o caos, mas sobre aprender a existir entre eles, encontrando significado no intervalo."
Os fantamas que nos amedrontam
são frutos de uma mente transtornada
pelos desejos insaciáveis que estamos
reconstruindo na busca constante
por aceitação.
Os estoicos buscam a constância, a estabilidade e a tranquilidade (...) Como podemos incorporar "eustatheia" (...)? Bem, não é uma questão de sorte. Não é eliminando influências externas ou se refugiando no silêncio e na solidão. É, na verdade, uma questão de filtrar o mundo externo calibrando-o pelo nosso julgamento. Isso é o que nossa razão pode fazer - tomar a natureza deformada, confusa e assoberbante dos acontecimentos externos e torná-los ordenados.
O homem, muitas vezes, revela-se relutante em aceitar o que escapa à sua compreensão. A disposição para negar o desconhecido é uma constante na natureza humana. Diante do incompreensível, surgem as barreiras da incredulidade. A mente, por vezes, resiste à complexidade que foge ao alcance do entendimento imediato. A negação torna-se um escudo contra a perplexidade, uma resposta ao desafio do desconhecido. No entanto, é na busca pelo entendimento que se encontra a chave para transcender as fronteiras do conhecido. Aceitar o mistério é dar espaço à evolução do pensamento e à expansão da compreensão.
Algum dia, de repente, por nada concreto, simplesmente desistimos do controle, deixamos estar, deixamos nos levar, paramos de nos importar, cansamo-nos de acertar, aprendemos a errar sem desmoronar.
Habitue-se a lidar com as pessoas da mesma maneira que elas lidam com você.
Permita que suas perspectivas se ampliem, junto àqueles que buscam voar alto.
Não subestime-se, enquanto valoriza aos outros, ao ponto de colocar-se sempre em último lugar.
Se a sua própria autoestima não floresce, como poderá encantar o olhar alheio?
Desperte para a jornada da vida, ame e honre sua porção da essência divina, com gratidão e aceitação.
A morte me espera na esquina (Alessandra Bione)
A morte me espera na esquina, paciente.
Como um amante resignado que espera que seu amor se apronte para um encontro fortuito, ela espera.
Não olha o relógio ou o telefone, mas aguarda olhando o céu azul. E quando chove, sente os pingos latentes escorrerem-lhe sobre a pele em direção ao chão.
Enquanto corro de um lado para o outro inquieta, ela aguarda tranquila.
Algumas vezes, enquanto sigo errante em sua direção, nossos olhares se encontram e ela sorri.
Em meio ao turbilhão que é a vida, uma parte de mim anseia borbulhante o momento em que ela me estenderá a mão e não poderei ignorar seu chamado.
Ela, então, solene e determinada, me levará amorosamente ao encontro de meu destino traçado desde os tempos imemoriais.
Escrito onde o tempo não existe por que quem escreveu não se submete.
A morte me espera na esquina.
Lembrando-me ao longe que a cada dia estamos mais perto de nós encontrar.
E se der tempo, deixarei um bilhete aos que ficam que dirá:
Vou na frente. E atrás de quem foi antes de mim. Saltitante em direção ao mistério inexorável que a todos nós espera. Chorem o até breve, celebrem o até aqui.
A morte me espera na esquina.
Ora, dona Morte, aguarde só mais um pouco. Já, já calçarei meus sapatos lilases de salto anabela e, quase correndo, ou me arrastando, finalmente, estaremos juntas para o o pré evento de meu dia mais feliz.
Alessandra Bione (19/12/23)
Com o tempo a gente descobre que mais importante que os outros gostarem da gente, é a gente aceitar-se como é e gostar de si mesma.
Construa sua própria verdade. A prática do autoconhecimento desencoraja a abnegação destrutiva e promove uma maior compreensão e aceitação de si mesmo, conduzindo a uma existência mais plena e gratificante.
A vida é uma roda da fortuna.
Uma hora estamos no topo, noutra, nos rastejamos no chão.
Mas se tudo fosse linha reta, como reconheceríamos o sabor da vitória?
Como entenderíamos o que é força, se não fôssemos quebrados antes?
A verdade é que as quedas nos ensinam mais do que qualquer sucesso passageiro.
Elas nos moldam. Nos lapidam.
Nos obrigam a encarar quem realmente somos, sem filtros, sem maquiagem.
Ser humilde não tem nada a ver com dinheiro.
Tem a ver com postura diante da vida.
É saber reconhecer o próprio erro sem justificar,
é ter coragem de dizer “não sei” sem medo de parecer menor.
Porque ninguém é pequeno por ser honesto com o que ainda não aprendeu.
Pequeno é quem finge saber tudo por medo de ser humano.
Humildade é tratar o TODO como um só.
Sem dividir por crença, cor, classe ou ideologia.
É saber que sempre existirá alguém mais talentoso, mais sábio, mais preparado –
e ainda assim não se diminuir por isso.
Porque ser extraordinário começa quando você para de se comparar e começa a se assumir.
A vida tem fases. Tem pausas. Tem desertos.
E não dá pra pular nenhuma parte sem pagar o preço.
Então respire.
Sinta.
Caia.
Levante.
Experiencie.
A vitória não é o fim da dor.
É a consciência de que você passou por ela inteiro.
E isso sim… é grandioso.
Autoria: Diane Leite
Nos aceitar é o suficiente nesse momento. Não precisamos ser compreendidos, apenas respeitados. Se você só aceita o que compreende, somos excluídos do seu meio.
A Pele Entre Sombras
Em passos hesitantes, um novo caminho trilho,
Desvendando em mim desejos, rompendo o lençol.
Com garotas, a troca de um toque macio,
E no abraço trans, um novo arrepio.
A fé antiga, um laço que já não prende,
Em liberdade, a alma busca e se entende.
O dogma outrora forte, um nó desfeito, a verdade emerge em mim,
Um ser em descoberta, enfim.
Sombras da infância, memórias em recuo,
A sede de vida luta contra um fluxo escuro.
Em cada carícia, a lembrança a ferir,
Um corpo renascendo, aprendendo a sentir... a dor persistir.
A descoberta pulsa, um ritmo crescente,
Em cada toque, um saber que me presenteia.
Aceito quem sou, sem véu ou disfarce,
Na dança da vida, meu corpo é a minha arte.
(a.c) -> 30/04/2025
A vida começa a ficar leve quando você se livra do fardo das expectativas e joga fora o peso das decepções.
Não vale a pena conservar isso, vai por mim. Siga em frente. Compre uma caixa de bombons, alugue o filme que mais gosta (mesmo que já tenha assistido trocentas vezes) e se curta, enrolado no cobertor, esparramado no sofá.
Assista vídeos engraçados no Youtube. Compre um livrinho de pinturas e uma caixa de lápis de cor. Faça mais palavras cruzadas. Escute mais músicas. E quando se sentir sozinho, olhe pra cima. Tem Alguém lá pronto pra te ouvir. Uma pena que você só se lembre disso quando 'a coisa aperta'. Bata um papo com Ele. Esqueça os rótulos e as fórmulas prontas. Conte como foi seu dia. Fale sobre seus sonhos. Desabafe seus medos. Chore. Descarregue. Ele guarda segredos como ninguém.
Se cuide, mas não se torture. Pare de olhar capas de revista.
A sociedade tá tão preocupada com dieta e vida fitness, que ainda não se atentou pro verdadeiro peso que precisa eliminar. Imagino eu que você deve carregar um tanto de 'tralha emocional' que já devia ter ido pro lixão. Isso pesa pra caramba 'na balança', sabia?
Não fique apreensivo. Não se compare com ninguém. Só você tem o seu DNA.
Compre mais gibis. Colecione alguma coisa. Leia mais livros. Peça uma pizza só pra você e encha de catchup e mostarda. Beba refrigerante na garrafa.
Pare de pensar nos outros! Pare com esse medo bobo da solidão e com essa luta por aceitação.
Quem te ama de verdade não vai te abandonar.
Quanto aos que sumirem... é um favor que lhe fazem.
