Ate o Mel mais Puro em um Recipiente

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Se eu não puder dividir o meu guarda chuva com meus amigos, eu desfruto de um banho de chuva com eles.

Quando me senti uma carta fora do baralho foi porque um era o sete de copas, outro um ás de espadas, tinha até um rei de paus e eu, era só uma carta de amor, que bom.

Quando sentires um vazio no coração, procure preenchê-lo com o amor de Deus, e doe bastante desse amor, pois quanto mais se dá dele mais se recebe.

"A morte é uma loteria onde ninguém quer ser premiado, mas cada um sabe que um dia receberá esse prêmio na vida, mas enquanto essa sorte não nos chegue vamos viver cada dia intensamente, sem culpa e sem arrependimentos."

César Ribeiro

"Quando acaba a esperança de um indivíduo, começa a decadência de sua alma".

Quem um dia entendeu que é filho, nunca se torna um evangélico.

Me sinto como um homem com medo de leões, mas que no fundo sempre foi um leão que pensava ser um homem.

NÓS DOIS

Chão humilde. Então,
riscou-o a sombra de um vôo.
"Sou céu!" disse o chão.

Guilherme de Almeida
DE ALMEIDA, G. Poesia Vária. São Paulo: Editora Cultrix, 1963

Inclinei os olhos a uma das vertentes, e contemplei, durante um tempo largo, ao longe, através de um nevoeiro, uma coisa única. Imagina tu, leitor, uma redução dos séculos, e um desfilar de todos eles, as raças todas, todas as paixões, o tumulto dos Impérios, a guerra dos apetites e dos ódios, a destruição recíproca dos seres e das coisas. Tal era o espetáculo, acerbo e curioso espetáculo. A história do homem e da Terra tinha assim uma intensidade que lhe não podiam dar nem a imaginação nem a ciência, porque a ciência é mais lenta e a imaginação mais vaga, enquanto que o que eu ali via era a condensação viva de todos os tempos. Para descrevê-la seria preciso fixar o relâmpago. Os séculos desfilavam num turbilhão, e, não obstante, porque os olhos do delírio são outros, eu via tudo o que passava diante de mim,— flagelos e delícias, — desde essa coisa que se chama glória até essa outra que se chama miséria, e via o amor multiplicando a miséria, e via a miséria agravando a debilidade. Aí vinham a cobiça que devora, a cólera que inflama, a inveja que baba, e a enxada e a pena, úmidas de suor, e a ambição, a fome, a vaidade, a melancolia, a riqueza, o amor, e todos agitavam o homem, como um chocalho, até destruí-lo, como um farrapo. Eram as formas várias de um mal, que ora mordia a víscera, ora mordia o pensamento, e passeava eternamente as suas vestes de arlequim, em derredor da espécie humana. A dor cedia alguma vez, mas cedia à indiferença, que era um sono sem sonhos, ou ao prazer, que era uma dor bastarda. Então o homem, flagelado e rebelde, corria diante da fatalidade das coisas, atrás de uma figura nebulosa e esquiva, feita de retalhos, um retalho de impalpável, outro de improvável, outro de invisível, cosidos todos a ponto precário, com a agulha da imaginação; e essa figura, — nada menos que a quimera da felicidade, — ou lhe fugia perpetuamente, ou deixava-se apanhar pela fralda, e o homem a cingia ao peito, e então ela ria, como um escárnio, e sumia-se, como uma ilusão.

Machado de Assis

Nota: Trecho de Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), Capítulo VII

Talvez você não perceba, mas está escrito bem ali nas entrelinhas, entre um verso e outro que sim, eu ainda gosto de você.

A realidade pode ser apenas um ponto de vista.

Chega um determinado momento na vida que o presente torna-se historias do passado.

“E este João tinha sua veste de pelos de camelo e um cinto de couro em torno de seus lombos e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre.”

MT 3, 4.




Quem na sociedade moderna ousaria se vestir como João?!
Desde pequenos somos ensinados primeiramente a não pensar, a não questionar determinadas coisas, nos preocuparmos apenas com a superficialidade, e, por consequência, acabamos esquecendo de ver a profundeza das coisas.
O homem é um ser criado para habitar em comunidade, isso é incontestável. Mas será que precisamos mesmo viver um ditadura social, onde para receber aceitação temos ser iguais/normais, quando essa mesma sociedade não sabe definir tais qualidades?!
Eu digo que não!
Se não possuímos a ousadia de sermos excêntricos na mesma proporção de João, podemos ao menos aceitar de mentes abertas as diversidades presentes em nosso meio. A vida é curta demais para perdemos tanto tempo apenas com a superfície daquilo que vemos.

Que a loucura seja um estado de liberdade, que ser louco seja antes de qualquer coisa um ato de ser você e seus desejos mais insanos sejam tão seus quando o seu jeito de amar. Que o amor seja louco, o amor próprio.

O maior desastre do homem é pensar como religioso e agir como um político

Poema nos meus 43 anos

Terminar sozinho
no túmulo de um quarto
sem cigarros
nem bebida—
careca como uma lâmpada,
barrigudo,
grisalho,
e feliz por ter um quarto.
…de manhã

eles estão lá fora
ganhando dinheiro:
juízes, carpinteiros,
encanadores , médicos,
jornaleiros, guardas,
barbeiros, lavadores de carro,
dentistas, floristas,
garçonetes, cozinheiros,
motoristas de táxi…
e você se vira
para o lado pra pegar o sol
nas costas e não
direto nos olhos.

Um dos segredos da felicidade é não se importar como a sociedade te vê.

Há tanta diferença entre as alegrias espirituais e as terrenas quanto entre um banquete saboreado e outro pintado na parede.

Talvez eu nao seja a melhor pessoa, mas procuro ser uma pessoa melhor. Talvez eu nao seja um amor para ninguém, mas procuro ser um amor para alguém. Talvez eu nao esteja feliz, mas procuro fazer outra pessoa feliz, talvez eu apenas seja um sonhador que acredita na felicidade e no amor!
Sergio Fornasari

Não se cria o novo em cima de velhas estruturas.
Não se planta um jardim sobre um campo de ervas daninhas.